O seguro de vida é um dos produtos mais reconhecidos do mercado financeiro quando pensamos em planejamento familiar. Afinal, tem o objetivo de garantir o sustento e padrão de vida dos beneficiários em caso de morte ou acidentes graves do segurado.

Além disso, encontramos diversas opções de personalização da cobertura, como acidentes e doenças. No entanto, para entender se o produto faz sentido para facilitar os seus objetivos, é importante conhecer as características principais.

Neste conteúdo, explicamos as vantagens do seguro de vida, para quem ele é indicado e quais são os cuidados na hora de contratar. Continue a leitura e tire as suas dúvidas sobre esse produto financeiro!

O que é seguro de vida?

Seguro de vida é um pacote de serviços que, como principal cobertura, garante o pagamento de uma indenização em caso de morte involuntária. Os recursos são destinados às pessoas beneficiárias do segurado. Por isso, é bastante utilizado para proteção de familiares.

As coberturas abrangem os riscos protegidos no contrato ou apólice. Em resumo, caso o evento previsto aconteça, nasce o direito ao pagamento da indenização pela fornecedora de serviços.

No seguro de vida, podemos encontrar cobertura para diversas situações:

  • morte involuntária;
  • invalidez;
  • doenças graves;
  • acidentes pessoais.

O objetivo é a proteção contra eventos que causem um elevado prejuízo financeiro para o segurado ou para os beneficiários. Morte e invalidez, por exemplo, ocasionam a perda de renda do grupo familiar. Já as doenças graves e acidentes pessoais podem gerar despesas médicas e sequelas também com custos expressivos.

Como o seguro de vida funciona?

O seguro de vida exige o pagamento de um valor mensal, semestral ou anual pelo segurado, que se chama prêmio. É o preço destinado à seguradora — que terá a obrigação de assumir os riscos previstos, ou seja, a cobertura do contrato.

Esse evento coberto pelo seguro se chama sinistro. Em caso de sinistro, torna-se possível solicitar o pagamento da indenização à seguradora, que será destinada aos beneficiários ou ao segurado, a depender da situação (morte, invalidez, acidente etc.).

Por fim, uma questão importante é o período de carência. Alguns seguros exigem uma quantidade mínima de prêmios pagos para que a indenização seja acionável. É comum variar de alguns meses até um ano. Só após, as indenizações serão exigíveis.

Quais são os tipos de seguro de vida?

Os seguros de vida podem ser individuais ou coletivos. Na modalidade individual, só existe um segurado no contrato, enquanto na coletiva há um grupo de pessoas, como funcionários de uma empresa, membros de uma classe profissional ou integrantes de cooperativas, entre outras opções.

Seguro vitalício

Dentro das modalidades, um primeiro tipo de seguro de vida é o vitalício. Nele, o contrato permanece ativo até que o segurado decida encerrar o vínculo com a seguradora. Em síntese, enquanto houver o pagamento do prêmio, a fornecedora se compromete a pagar a indenização.

Seguro temporário

O seguro temporário apresenta data de começo e final preestabelecidas. É utilizado para necessidades passageiras, como se proteger em situações de trabalho perigosas ou passar o período em que os filhos estão pequenos.

Seguro resgatável

Uma terceira modalidade é o seguro em que, após certo período, será possível retornar os prêmios acumulados. Nessa modalidade, é comum a cobrança de uma taxa de carregamento para custear os serviços da seguradora.

A devolução no seguro recarregável é geralmente oferecida com juros e correção monetária. É uma possibilidade, por exemplo, para conquistar uma renda extra na aposentadoria.

Quando ele pode ser resgatado?

O resgate do seguro de vida depende da modalidade escolhida. Alguns seguros oferecem a possibilidade de resgate dos prêmios pagos, funcionando de modo similar a um investimento.

Há duas possibilidades para isso ser feito. A primeira é ultrapassar a data prevista no contrato. A segunda é optar pelo pagamento de multa proporcional ao tempo que falta para as retiradas, desde que essa possibilidade esteja disponível.

Nos casos sem resgate, o prêmio é destinado à seguradora, e o direito é restrito às indenizações nas situações cobertas pelo contrato. Por isso, os seguros de vida sem resgate costumam ter preços mais em conta.

Vantagens de ter um seguro de vida?

Seguro de vida
Imagem: Envato elements

A opção por um seguro depende da relação entre os benefícios do produto e às necessidades do contratante. Podemos citar sete benefícios relevantes.

Não precisar acumular capital

O seguro de vida protege os beneficiários no curto prazo. Por exemplo, uma pessoa que ainda não acumulou um patrimônio suficiente para pagar despesas familiares em caso de falecimento pode oferecer essa proteção mais rapidamente.

Minimizar os danos em situações delicadas

A indenização não substitui o familiar em caso de morte nem a perda da capacidade produtiva em casos de invalidez. Porém, impede que, junto a esse evento traumático, quem depende do segurado acumule problemas financeiros.

Contar com benefícios tributários

Os seguros de vida não resgatáveis são isentos do Imposto de Renda, enquanto os resgatáveis só geram o pagamento pelos rendimentos. Além disso, no caso de falecimento, não será cobrado o ITCMD.

Ser ágil na disponibilização dos recursos

A indenização do seguro de vida não é incluída no inventário, mas paga diretamente aos beneficiários da apólice. É um procedimento ágil em que, especialmente em comparação com as medidas legais necessárias para receber a herança.

Proteger os familiares

O seguro concede mais tranquilidade e equilíbrio ao garantir a proteção contra riscos graves, especialmente para os familiares. Assim, o resultado não está necessariamente atrelado a efetivamente acionar à indenização, mas também à sensação de segurança proporcionada ao longo da vida.

Encontrar margem para personalização

O interessado pode buscar diferentes fornecedores e tipos de seguros. Por exemplo, uma pessoa pode buscar a cobertura por acidentes pessoais, enquanto outra preferir a modalidade com proteção em caso de doenças graves. O prêmio e a cobertura são ajustáveis às necessidades do contratante, dentro de certos limites.

Seguro de vida é investimento?

O seguro de vida cria uma situação em que abrimos mão de algo em troca de um benefício. Na linguagem comum, pode ser chamado de investimento.

Contudo, se usarmos o termo de forma mais específica, um seguro de vida é diferente dos títulos de crédito, ações, fundos etc. Na verdade, pode ser mais bem definido como um pacote de serviços ou produto financeiro.

Aliás, a lógica da contratação do seguro é inversa à dos investimentos. Em um investimento, assumimos riscos para receber uma remuneração, representada pela rentabilidade — pode ser mais provável ou menos provável, mas ainda assim sempre existe algum risco assumido.

Já no seguro oferecemos uma remuneração em troca de transferir os riscos para um terceiro. Temos o risco de deixar os familiares sem recursos. Logo, pagamos o prêmio para que a seguradora assuma as consequências financeiras desse sinistro, se vier a acontecer.

Um meio-termo entre os dois é o seguro de vida com resgate. Nesse caso, os recursos acumulam para que o contratante possa receber com juros e correção ao final do tempo determinado. Logo, em parte, o produto se assemelha a um investimento.

Estratégias para escolher o seguro de vida adequado

Escolher um seguro de vida adequado exige uma pesquisa cuidadosa sobre as opções disponíveis no mercado e uma análise das particularidades de cada família. Embora esse processo possa ser complexo e levar tempo, algumas estratégias básicas podem servir como um guia inicial para facilitar a decisão.

  • Entenda suas necessidades e objetivos financeiros: o primeiro passo para escolher o seguro de vida ideal é avaliar suas necessidades e metas. Pergunte a si mesmo: qual é o valor necessário para que minha família mantenha o padrão de vida em caso de minha ausência? 
  • Compare seguradoras e planos: pesquise e analise as opções oferecidas por diferentes seguradoras. Cada empresa possui condições, coberturas e preços distintos. Usar  ferramentas de comparação online é uma boa dica para essa etapa. Também considere a reputação da seguradora, as avaliações de clientes e a qualidade do atendimento.
  • Consulte um especialista em seguros: se possível, busque a orientação de um profissional especializado. Ele pode ajudar a esclarecer dúvidas, analisar sua situação financeira e sugerir a cobertura mais adequada às suas necessidades. Essa orientação é essencial para evitar apólices sub ou superdimensionadas e garantir que você e sua família estejam bem protegidos.

O que considerar antes de contratar um seguro de vida?

Seguro de vida
Imagem: Envato Elements

As decisões que envolvem o seguro de vida demandam atenção às necessidades pessoais e recursos disponíveis. Confira algumas dicas para realizar uma contratação mais adequada ao seu perfil.

Entenda a cobertura do seguro de vida

O ponto de partida é entender as coberturas oferecidas. Assim, você terá clareza sobre quais riscos podem ser mitigados e julgar o custo-benefício de pagar por essa proteção.

Nesse sentido, avalie sempre o valor e os percentuais de cobertura. Por exemplo, em caso de invalidez e doenças, essa ponderação ajuda a estimar quanto das perdas serão efetivamente indenizadas.

Avalie os riscos excluídos

Dentro das coberturas, é muito importante prestar atenção aos riscos excluídos. Práticas perigosas, acidentes com uso de álcool e doenças preexistentes são alguns exemplos de circunstâncias que não geram a indenização.

Busque as alternativas de mercado

O seguro de vida não é o único produto financeiro que concede a proteção familiar em caso de acidentes, morte e doenças. Há diversos exemplos de como se planejar para esses imprevistos:

  • aplicar em previdência privada;
  • criar uma reserva de emergência;
  • fazer doações em vida para herdeiros.

Caso você esteja à procura de boas oportunidades adequadas ao seu perfil, uma boa prática é procurar uma assessoria de investimentos. Os especialistas podem facilitar o seu planejamento financeiro e mostrar as vantagens e desvantagens dos produtos disponíveis no mercado.

A Invest Smart, por exemplo, está no mercado desde 2013 e foi eleita a melhor assessoria de investimentos do Brasil pela XP. Nela, você conta com atendimento personalizado e tem acesso facilitado aos investimentos. Logo, terá o suporte para montar uma carteira adequada para os seus objetivos.

Patrimônio acumulado

O seguro de vida terá uma avaliação diferente conforme o patrimônio acumulado. Quem ainda não conta com recursos próprios para sustentar a família costuma ter mais interesse em obter uma proteção no curto prazo.

Por outro lado, quem conta com recursos terá mais margem para avaliar as alternativas, montando uma estratégia de investimentos.

Tipo de seguro

A oferta de seguros de vida resgatáveis ganhou espaço nos últimos anos. Por isso, você pode ter de decidir entre contar ou não com essa opção. O ideal é considerar o pacote de serviços, ou seja, a proteção contra riscos e a aplicação financeira.

O seguro de vida pode oferecer boas condições para mitigar riscos e manter o equilíbrio financeiro da família. Além disso, nada impede que você busque também alternativas para investir com qualidade e fazer o seu patrimônio crescer.

E quanto custa um seguro de vida?

Como se pode imaginar, o valor de um seguro de vida varia bastante, haja visto que ele é determinado por uma série de fatores, incluindo a idade do contratante, as coberturas escolhidas, o tipo de seguro e a seguradora.

Para ter uma ideia dos preços praticados no mercado de seguros de vida em 2024, é importante considerar a ampla variação nos valores, que refletem as diferentes coberturas e benefícios oferecidos. Existem planos acessíveis com mensalidades a partir de R$ 21, ideais para quem busca uma proteção básica.

Por outro lado, opções mais completas e personalizadas podem superar a casa dos R$ 300, oferecendo coberturas adicionais e maior segurança para os segurados e suas famílias. Essa diversidade de preços permite que cada pessoa escolha uma apólice compatível com suas necessidades e orçamento.

Exemplos de preços de seguro de vida

  • Cobertura básica: seguros a partir de R$ 21/mês, geralmente oferecem proteção limitada, como indenização por morte natural ou acidental.
  • Cobertura intermediária: custos em torno de R$ 100/mês, podendo incluir proteção para invalidez, doenças graves e assistência funeral.
  • Cobertura completa: valores que podem ultrapassar R$ 300/mês, com benefícios adicionais como renda temporária, diária por internação hospitalar e suporte financeiro em situações específicas.

Aspectos que influenciam no preço do seguro

Diversos fatores contribuem para essa diferença de valores. Em primeira análise, quanto mais jovem o segurado, menor tende a ser o custo do seguro, pois os riscos associados para a seguradora são reduzidos.

Mais ainda cabe pensar em variáveis como o estilo de vida. O tabagismo é um caso clássico deste aspecto. Fumantes, por exemplo, podem pagar até 50% mais do que não fumantes da mesma idade, devido aos riscos aumentados associados ao hábito. 

Da mesma forma, pessoas com condições médicas pré-existentes, como hipertensão ou diabetes, ou que praticam esportes radicais, geralmente enfrentam apólices mais caras por conta do maior risco envolvido.

Há também diferenças consideráveis entre os serviços oferecidos para homens e mulheres. Em geral, homens costumam a pagar mais do que mulheres, já que dados estatísticos mostram um risco maior para público masculino. Tal perspectiva é atrelada a hábitos de cuidados com a saúde, atividades profissionais exercidas, entre outros aspectos. 

No entanto, muitas apólices voltadas para mulheres incluem coberturas específicas, como proteção contra doenças exclusivas do sexo feminino, como o câncer de mama, garantindo suporte financeiro para tratamentos especializados.

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