Os fundos de ações podem ser uma boa alternativa para os investidores que procuram uma aplicação mais simples. Isso porque as principais decisões são tomadas por um gestor profissional, fazendo com que o investidor não precise atuar diretamente nas operações no pregão da bolsa de valores.

Mas é importante pensar muito bem antes de apostar nos fundos de ações. O ideal é analisar as opções conforme o seu perfil como investidor.

Para ajudar, falaremos um pouco mais sobre esse tipo de investimento e como ele funciona. Continue a leitura.

O que são fundos de ações?

São aplicações escolhidas por gestores e precisam se adequar ao objetivo de cada investidor. A ideia é adquirir ações disponíveis no mercado para compra e venda.

No fundo, de ações, o investidor tem como principal objetivo, superar o índice de referência, pois é isso que faz com que esses ativos tenham um bom rendimento.

A política de investimentos dessa modalidade precisa ser muito bem definida para que a estratégia funcione.

Esse é um tipo de aplicação mais democrático por atingir investidores iniciantes e os mais experientes. Isso ocorre porque é possível começar com pouco dinheiro.

Para um ativo ser considerado um fundo de ações, é necessário haver um investimento de, pelo menos, 67% das cotas em ações.

Como funcionam os fundos de ações?

Vários investidores se unem para a compra de cotas dos fundos de ações. Assim, os valores são somados e o total deve ser aplicado em lotes de ações. Como isso acontece faz parte da estratégia do gestor, sendo o responsável por administrar as aplicações.

A rentabilidade das ações é definida segundo o seu desempenho diário. Elas são vinculadas a algum índice do mercado e é por meio dele que se torna possível saber se o rendimento está bom ou não.

O valor das cotas pode sofrer mudanças de maneira brusca por conta das alterações no preço das ações no mercado financeiro.

Como citamos, os fundos de ações devem ser administrados por um gestor, com sua remuneração paga por meio das taxas cobradas com a aquisição da aplicação.

É muito importante que o investidor avalie bem todas as cobranças na hora de comprar fundos de ações. Afinal de contas, quanto maior for o valor, menor pode ser sua rentabilidade.

Tipos de fundos de ações

Existem diversas subdivisões nos fundos de ações e isso acontece porque tudo depende da estratégia utilizada ou do tipo de ativo escolhido. Sendo assim, veja um pouco mais sobre cada um deles:

Valor/Crescimento

Como o nome diz, este tipo de fundo de ação visa utilizar a estratégia de valor. Nesse caso, o investidor adquire ações que estejam com o valor mais baixo que o esperado. Além disso, há a estratégia de crescimento, que visa encontrar opções com histórico de aumento nos lucros.

Dividendos

A ideia aqui é buscar fundos que tenham consistência na distribuição de dividendos entre os acionistas. O intuito do investidor é focar suas aplicações em empresas com uma taxa de retorno mais elevada.

Setoriais

Os fundos de ações setoriais são aqueles direcionados a um determinado setor do mercado. Nesse caso, o investidor tem em vista fazer aplicações em empresas de um mesmo nicho, seja da indústria, do varejo, comércio, entre outros.

Mas é preciso ressaltar que essa estratégia deve ser justificada, com o apontamento das razões pela escolha de um ou outro setor específico.

Small Caps

Esses fundos de ações são focados em empresas de menor porte, aquelas que têm um valor de mercado mais baixo. Por essa razão, sua liquidez é reduzida em comparação com as companhias maiores e mais negociadas.

Específicos

Os fundos de ações específicos são todos os que se utilizam de estratégias com características únicas. 

O exemplo mais comum nesse caso são os fundos fechados, que só permitem a entrada de novos investidores de tempos em tempos. Além disso, não é possível fazer os resgates das cotas antes do prazo determinado.

Investimento no exterior

Nesse caso o investidor pode aplicar seu dinheiro em ativos fora do país. Mas para que isso aconteça legalmente é necessário que a aplicação tenha o nome de “investimento no exterior”.

Fundos Mútuos de Privatização (FMP)

Nessa opção o investidor pode fazer aplicações em empresas estatais, desde que elas estejam no processo de desestatização. 

O ponto interessante é que ele foi criado para permitir que o trabalhador possa investir com seus recursos disponíveis na sua conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Livres

Essas ações são as que oferecem maior liberdade ao investidor, pois não existe a necessidade de manter uma estratégia específica. O valor aplicado e disponível em caixa pode ser destinado a qualquer ativo, mas isto precisa estar regulamentado.

Qual a diferença para o investimento direto em ações?

Existem muitos desafios nos investimentos em aplicações de renda variável. Por essa razão, muitos interessados têm dúvidas sobre o assunto e uma delas é a diferença entre os fundos de ações e o investimento direto nas ações.

A verdade é que o principal ponto que as difere é que, nos fundos de investimentos, todo o processo fica sob a responsabilidade de um gestor. Em resumo, esse profissional é quem define quais são os ativos e as estratégias utilizadas.

Outro ponto de grande relevância é o perfil do investidor. No caso das ações, é preciso que o interessado tenha um perfil mais arrojado, pois o risco é maior. Em contrapartida, o retorno esperado também é mais elevado.

Os fundos de investimentos tendem a ser escolhidos por quem tem um pouco menos de conhecimento no mercado, já que se trata de uma modalidade mais segura por contar com a gestão de um profissional.

Para quem é indicado o fundo de ações?

Os fundos de investimentos são indicados para investidores que não têm um capital muito elevado para começar no mercado de ações.

Essa é uma boa opção para aqueles que procuram uma maior flexibilidade no resgate às aplicações. Isso porque existe a alternativa de sacar o valor desejado. Em resumo, se você é um investidor que não sabe exatamente quando precisará do dinheiro, opte pelos fundos de ações.

Outra característica relevante de quem investirá em fundos é a falta de tempo e conhecimento no mercado de ações. Afinal de contas, estamos falando de uma modalidade gerida por um profissional.

Quais são os rendimentos?

Os fundos de ações são selecionados pelos gestores, que definem qual investimento fará parte do grupo e qual fica de fora. Essa seleção é feita consoante a estratégia escolhida e pelos objetivos definidos.

Os investimentos que o fundo de ações carrega são essenciais para seu rendimento. Em alguns casos, os fundos podem ter metas de lucratividade, utilizando algum índice como referência. Nesses casos, para ter bons resultados, é preciso superá-lo.

A verdade é que não é possível definir exatamente qual o rendimento dos fundos de ações, uma vez que eles variam conforme o desempenho do dia a dia. Além disso, boa parte deles pode sofrer com as oscilações do mercado acionário.

Quais são os custos, as taxas, tributação e benchmark dos fundos de ações?

Custos

Como citamos anteriormente, os fundos de ações são administrados por gestores e isso tem um custo. Sendo assim, existem taxas que servem para arcar com o pagamento deste serviço.

A maioria dos ativos conta com uma taxa de administração, definida sobre o patrimônio do investidor. Ela é descontada diariamente, mesmo que seu percentual seja anual.

Outra despesa é a taxa de performance, mas ela se baseia em resultados positivos das aplicações. Assim, sua cobrança acontece quando há um bom desempenho e serve como uma bonificação ao administrador dos investimentos.

Tributação

Os fundos de ações contam com a tributação do Imposto de Renda (IR) e com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

IR: nesse caso a tributação é feita em cima dos rendimentos. Assim, há a alíquota de 15% sobre o percentual de rentabilidade. Já o pagamento é feito no momento do resgate.

IOF: essa cobrança só ocorre quando o investidor faz o resgate em um período inferior a 30 dias, contados a partir do momento em que é efetuada a aplicação. Já a alíquota pode variar de 0% a 96%.

Benchmark

O benchmark pode ser considerado uma régua na hora de escolher os melhores fundos de investimentos para compor a carteira. Ele serve para o gestor poder comprar e vender ações utilizando um parâmetro.

O índice Dow Jones é um exemplo de benchmark, sendo muito utilizado por investidores pessoas físicas. Mas existem diversos outros exemplos, tanto em renda fixa, quanto em renda variável. São eles:

  • Certificado de Depósitos Interbancário (CDI): é considerado um benchmark em aplicações de renda fixa. Trata-se de um índice de referência que representa a taxa média praticada nas operações de títulos bancários;
  • Taxa Selic: essa é a taxa básica de juros da economia brasileira. É utilizada como um dos principais benchmarks em investimentos de renda fixa, como Tesouro Direto, por exemplo;
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): é o indicador número um da inflação brasileira. Serve como índice de investimentos de renda fixa ou variável;
  • Ibovespa: é uma carteira teórica composta pelas principais ações da bolsa de valores no Brasil. Pode ser utilizada como parâmetro para a compra e venda de papéis;
  • Índice de Fundos Imobiliários (IFIX): este índice é voltado para investimentos no ramo de imóveis. É utilizado para simular o retorno médio destas aplicações;
  • Ptax: ideal para investidores com aplicações em fundos cambiais. Afinal de contas, trata-se de uma taxa de câmbio de referência para mostrar a variação do dólar perante a moeda brasileira;
  • IDA: serve como termômetro para os investidores avaliarem como as empresas privadas estão em relação a empréstimos;
  • S&P 500: esse índice leva esse nome porque tem 500 ações na Bolsa de Valores de Nova York ou na NASDAQ.

Como a alocação de ativos é feita nos fundos de ações?

Investir nos fundos de ações tem seus riscos e alocação de ativos tem como principal objetivo trazer equilíbrio em relação ao retorno financeiro. 

Com ela é possível montar a carteira considerando os objetivos do investidor, os prazos, as variáveis, entre outras questões. Nos fundos de ações, a alocação deve ser feita da seguinte forma:

Definição dos percentuais a serem investidos

O primeiro passo consiste em definir o percentual das aplicações conforme o perfil de investidor. Isso significa que um investidor mais conservador deve optar pela renda fixa. Já os mais arrojados podem recorrer à renda variável.

Defina quais serão os ativos

Em seguida, é imprescindível decidir quais serão os ativos de cada classe. O ideal é sempre diversificar, pois isso diminui o risco de grandes perdas.

Evite movimentos

Após tomar as decisões mais importantes na alocação de ativos nos fundos de ações, o investidor ainda precisa ter atenção com alguns detalhes.

O principal deles é continuar monitorando sua carteira, mas sem conduzir movimentações na aplicação. Afinal de contas, isto pode atrapalhar o rendimento e reduzir a lucratividade.

O que é gestão ativa e passiva de fundos de ações?

Bom, falemos um pouco sobre a gestão ativa e passiva dos fundos de ações e mostrar quais são as principais diferenças entre elas. Veja:

Gestão ativa

Basicamente, a gestão ativa é aquela que proporciona uma liberdade maior ao gestor, com a oportunidade de realizar uma seleção mais abrangente de quais aplicações farão parte da carteira do investidor. Lembrando que o principal objetivo é que o rendimento fique acima do índice utilizado como parâmetro.

O grande trabalho do profissional na gestão ativa é fazer uma análise do mercado aprofundadamente, com o intuito de encontrar investimentos com rendimento mais elevado para compor o fundo de ações.

A taxa administrativa costuma ser mais alta, uma vez que o trabalho do gestor é mais abrangente. Em alguns casos, pode haver a taxa de performance, que pode render bons valores se houver uma superação do benchmark.

Gestão passiva

A gestão passiva tem em vista ter um rendimento que siga seu índice de referência. Dessa forma, o gestor visa acompanhar as variações do benchmark. Por essa razão, essa é uma opção mais atrativa aos investidores mais conservadores ou moderados.

Por conta do risco mais baixo, a taxa de administração tem valor menor. Isso acontece também porque nesse caso não há necessidade de uma pesquisa mais abrangente sobre os ativos.

Na gestão passiva o retorno é mais previsível, o que acaba atraindo investidores que desejam diversificar sua carteira sem correr grandes riscos.

Principais diferenças entre gestão ativa e passiva

Entender as diferenças entre ambas é essencial para quem deseja saber qual a melhor opção para o rendimento desejado.

A gestão ativa oferece uma maior liberdade na hora de definir quais são os ativos que vão compor a carteira do investidor. No caso da passiva isso não acontece porque o gestor precisa acompanhar o índice utilizado como referência.

Outra grande diferença é a previsibilidade, maior no caso da passiva. Isso faz com que a taxa de administração seja menor. Em contrapartida, a ativa apresenta cobrança mais alta e possibilidade de pagamento da taxa de performance.

Por fim, a rentabilidade também tem distinções, pois a passiva apresenta ganhos próximos ao benchmark, enquanto a gestão ativa pode ultrapassar essa régua, oferecendo valores mais altos.

Quais são as vantagens e os riscos?

Assim como todas as outras aplicações, os fundos de ações têm suas vantagens e desvantagens. Nós da Melhor Investimentos falaremos um pouco mais sobre cada uma delas, acompanhe:

Vantagens

Uma das principais vantagens em investir nos fundos de ações é a possibilidade de diversificar a carteira sem precisar de valores muito elevados. Além disso, o investidor fica livre de expor seu patrimônio a grandes riscos.

Outro ponto positivo é a possibilidade de contar com uma gestão profissional, cujo objetivo é encontrar as melhores opções de investimentos do mercado acionário.

A falta de burocracia é outro benefício de investir em fundos de ações. O gestor fica responsável pela parte administrativa, que consiste nas principais decisões da aplicação e no recolhimento dos tributos obrigatórios.

Desvantagens

Agora falemos sobre as desvantagens e os riscos do investimento nos fundos de ações. Um dos principais pontos negativos é o pagamento da taxa administrativa, necessário para bancar a remuneração do gestor de ativos. Já os riscos podem ser divididos em três:

  • Risco de crédito: está ligado aos ativos que compõem o fundo;
  • Risco de mercado: relacionado às variáveis do mercado que afetam os ativos do fundo de ações;
  • Risco de liquidez: ligado diretamente aos prazos e carências para resgate do dinheiro aplicado.

O investidor também precisa estar ciente que não existe a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) nessa modalidade.

O que avaliar antes de escolher o fundo de ações?

Escolher o fundo de ações é uma tarefa que necessita de muita atenção. Por isso, veja quais são os principais pontos a serem considerados nesta decisão:

Assessoria de investimentos

Para investir nos fundos de investimentos é muito importante contar com uma assessoria. Por isso, o ideal é encontrar uma empresa que tenha experiência no mercado de investimentos.

Outro fator relevante é o atendimento oferecido pela assessoria. Ele precisa ser feito de forma personalizada e sempre considerando o perfil de cada cliente.

Custos

Como informado anteriormente, o investimento em fundos de ações apresenta algumas despesas obrigatórias, entre taxas e tributos. Essa é uma questão que precisa de toda atenção do investidor, afinal, quanto maiores os gastos, menor pode ser o rendimento.

Avalie a performance

Os fundos de ações são investimentos de renda variável, dessa forma, não é possível prever os ganhos. Com isso, é imprescindível avaliar o desempenho do investimento para reduzir os riscos.

Procure analisar o comportamento e o histórico conforme o índice de referência.

Riscos

A tolerância ao risco que o investidor tem precisa ser considerada na hora de escolher o fundo de ações. Busque uma oportunidade que seja compatível com o seu perfil.

Liquidez

A liquidez também é um ponto essencial na escolha do fundo de ações. Quanto maior ela for, mais fácil é transformar o investimento em rendimento.

Confira prazos e valores mínimos

Verifique o prazo de carência para resgate das cotas. Essa informação é ainda mais importante para investidores que pretendem resgatar o dinheiro mais rapidamente.

Análise também qual o valor mínimo para retirar o dinheiro. Normalmente os fundos de ações definem uma quantia inicial para saque.

Diversificação

Por fim, procure uma carteira diversificada e que não seja composta por fundos de uma única modalidade. Esse tipo de atitude permite ter uma carteira mais rentável sem arriscar demais.

Vale a pena investir em fundo de ações?

Sim. O investimento em fundos de ações é uma boa opção para aqueles que querem começar sem muito dinheiro e com a oportunidade de ter uma carteira mais diversificada.

O retorno também é muito positivo e a possibilidade de contar com uma assessoria especializada torna tudo ainda mais fácil. Com o acompanhamento de um gestor é possível ter resultados muito positivos.

Como investir em fundos de ações?

Para finalizar, explicaremos como investir em fundos de ações e quais os primeiros passos para isso.

A primeira etapa consiste em encontrar uma assessoria para ajudar na gestão das aplicações. Busque por uma que tenha expertise no assunto e um atendimento personalizado, oferecendo as melhores oportunidades do mercado. 

Assim, ao encontrar a solução ideal, basta estudar as carteiras disponíveis para encontrar a que desperte seu interesse. O último passo é fazer a aquisição das cotas do fundo de ações escolhido para compor sua carteira.

Neste conteúdo você pôde conhecer um pouco mais sobre o que são fundos de ações e seus principais tipos. Além disso, aprendeu também sobre o que é benchmark e qual seu impacto na hora de montar sua carteira de investimentos.

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Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.