Quanto rende R$ 20 mil por mês na poupança?

Saiba quanto R$ 20 mil podem render por mês na poupança em 2025 e se essa é uma opção vantajosa para o seu investimento.

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Última atualização:  07 de nov, 2025 às 15:35
Mulher colocando dinheiro em um cofre em forma de porquinho sobre a mesa, simbolizando quanto rende 20 mil na poupança.

Investir R$ 20 mil na poupança pode parecer uma escolha segura para muitas pessoas que buscam a preservação de seu capital com um risco baixo. No entanto, será que a poupança ainda vale a pena em 2025? Como funciona o rendimento desse investimento tão tradicional e qual é a real rentabilidade de R$ 20 mil aplicados nela?

A seguir, o Melhor Investimento explica esses pontos e as vantagens e desvantagens desse tipo de aplicação, além de comparar a poupança com outras alternativas que podem oferecer maior rentabilidade.

Ainda vale a pena investir na poupança?

Com a Selic em 15% ao ano em novembro de 2025, a economia brasileira segue em um cenário de juros altos e inflação moderada. Isso levanta a dúvida: será que a poupança ainda é um bom investimento?

A poupança continua sendo uma aplicação de fácil acesso, sem taxas de administração e coberta pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que garante segurança até R$ 250 mil por CPF e instituição.

No entanto, seu rendimento segue defasado em relação a outras alternativas, principalmente quando o objetivo é fazer o dinheiro crescer acima da inflação.

Com os juros elevados, a poupança entrega um rendimento de 0,5% ao mês + TR, enquanto outras opções de renda fixa acompanham diretamente a taxa Selic ou o CDI, proporcionando retornos significativamente maiores.

Como funciona a rentabilidade da poupança?

A rentabilidade da poupança está diretamente ligada à taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira e influencia praticamente todas as outras modalidades de investimento de renda fixa no país.

Essa relação é definida pelo Banco Central do Brasil (BCB), e a forma de cálculo atual foi estabelecida pela Lei nº 12.703/2012, que determinou duas regras distintas conforme o patamar da Selic.

Veja como funciona:

  • Quando a Selic é menor ou igual a 8,5% ao ano:
    O rendimento da poupança é equivalente a 70% da Selic + TR (Taxa Referencial).
    Esse modelo foi criado para evitar que a poupança ficasse excessivamente vantajosa em períodos de juros baixos, o que poderia prejudicar o mercado de crédito.
  • Quando a Selic é superior a 8,5% ao ano:
    A remuneração passa a ser fixa em 0,5% ao mês + TR, o que equivale a aproximadamente 6,17% ao ano, desconsiderando a TR.
    Essa é a chamada “nova regra da poupança”, em vigor desde 2012, e é aplicada sempre que a taxa básica de juros ultrapassa o limite de 8,5%.

Atualmente, em novembro de 2025, a Selic está em 15% ao ano, o que significa que a poupança segue a segunda regra.

Assim, o investidor recebe 0,5% ao mês de rendimento fixo, somado à Taxa Referencial (TR), que permanece próxima de zero desde 2018, oscilando apenas em centésimos, o que tem impacto quase nulo na rentabilidade final.

Essa estrutura faz da poupança um investimento previsível e de baixo risco, ideal para quem busca segurança e liquidez imediata.

Porém, ao mesmo tempo, limita o potencial de ganho, especialmente em períodos de Selic alta, já que outros investimentos atrelados ao CDI ou à própria Selic conseguem acompanhar de forma mais direta o aumento dos juros.

Afinal, R$ 20 mil rendem quanto na poupança?

Na prática, significa que R$ 20.000 aplicados na poupança renderiam cerca de R$ 100 por mês, considerando apenas o rendimento fixo de 0,5% ao mês.

Ao longo de 12 meses, o ganho acumulado seria em torno de R$ 1.200, resultando em um total aproximado de R$ 21.200 ao final de um ano, sem contar a variação mínima da TR.

Apesar de ser uma opção segura e simples, o retorno da poupança é baixo em comparação a outras aplicações, especialmente quando a taxa Selic está elevada.

Nesse cenário, alternativas como CDBs que pagam 100% do CDI ou Tesouro Selic tendem a oferecer uma rentabilidade mais atrativa, mantendo a mesma segurança.

A inflação corrói o rendimento da poupança?

Sim. A inflação é o principal inimigo do poder de compra. Se a inflação anual for superior ou igual ao rendimento da poupança, o ganho real do investidor é nulo, ou até negativo.

Em 2025, o mercado projeta uma inflação (IPCA) próxima de 4,8% ao ano, enquanto a poupança rende cerca de 6,17% a.a.. Ou seja, o ganho real é muito pequeno, e pode ser facilmente superado por aplicações que rendem acima do CDI.

Poupança vs. outras opções de investimento

Apesar de ser a escolha mais tradicional, a poupança não é a única forma de aplicar R$ 20 mil. Existem diversas alternativas que oferecem rendimentos mais atrativos e que podem ser mais vantajosas dependendo dos objetivos financeiros do investidor.

CDBs (Certificados de Depósito Bancário)

Os CDBs continuam sendo uma das opções mais procuradas. Com o CDI em 13,71% ao ano, há produtos que pagam de 100% a 120% do CDI, o que representa rentabilidade entre 13,7% e 16,4% ao ano, bem acima dos 6,17% da poupança.

Além disso, os CDBs também contam com garantia do FGC até R$ 250 mil, o que reforça a segurança da aplicação.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Os FIIs são uma alternativa interessante para quem busca renda mensal isenta de IR. Em 2025, a média de dividendos dos principais fundos está entre 0,7% e 1,1% ao mês, o que equivale a 8,7% a 13,9% ao ano, com variação de acordo com o fundo e o segmento.

Tesouro Direto

O Tesouro Selic 2027, título de renda fixa com liquidez diária, acompanha a Selic e atualmente rende cerca de 13,5% ao ano, com segurança total do Tesouro Nacional.

Para quem busca proteção contra inflação, o Tesouro IPCA+ é uma excelente alternativa, já que garante juros reais acima da inflação, mantendo o poder de compra.

A poupança é um bom investimento para R$ 20 mil?

Aplicar R$ 20 mil na poupança pode parecer uma escolha segura, principalmente para quem busca liquidez imediata e ausência de riscos, mas nem sempre é a opção mais vantajosa do ponto de vista financeiro.

Rentabilidade da poupança em 2025

Com a Selic em 15% ao ano (novembro de 2025), a poupança rende 0,5% ao mês + TR, o que equivale a aproximadamente 6,17% ao ano, considerando que a Taxa Referencial (TR) segue próxima de zero.

Esse rendimento é bem inferior ao CDI, que reflete mais diretamente a Selic e serve como referência para outros investimentos de renda fixa.

Na prática, isso significa que, enquanto a poupança rende pouco mais de 6% ao ano, um investimento atrelado ao CDI (100%) pode render em torno de 13% ao ano, praticamente o dobro do retorno.

Quando ainda vale a pena usar a poupança?

Apesar de ter perdido atratividade, a poupança ainda tem seu espaço. Ela é isenta de Imposto de Renda, não cobra taxas, e o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento, o que a torna prática para emergências ou metas de curtíssimo prazo.

Portanto, a poupança pode ser útil para quem prefere simplicidade e acesso rápido ao dinheiro, mas não deve ser a principal escolha para quem busca rentabilidade real e proteção contra a inflação.

Comparativo com outras aplicações seguras

Deixar R$ 20 mil na poupança é seguro, mas o investidor abre mão de ganhos expressivos. Um CDB com liquidez diária que paga 100% do CDI, por exemplo, pode gerar um rendimento superior a R$ 2.300 ao ano, contra cerca de R$ 1.200 na poupança.

Outra alternativa interessante é o Tesouro Selic, título público federal considerado um dos investimentos mais seguros do país.

Ele acompanha a taxa Selic e, portanto, tende a superar o rendimento da poupança com folga. Além disso, possui liquidez diária e é garantido pelo Tesouro Nacional, o que reforça sua segurança.

Em tempos de juros altos, como o atual, a poupança fica para trás em rentabilidade. Para quem tem R$ 20 mil disponíveis, é mais vantajoso considerar opções seguras e com melhor retorno, como CDBs, Tesouro Selic ou fundos DI.

Essas alternativas preservam o capital, mantêm liquidez e ajudam o investidor a fazer o dinheiro render mais, sem abrir mão da segurança.

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As informações apresentadas neste conteúdo têm caráter educacional e informativo. Os rendimentos e percentuais mencionados são estimativas com base nas condições de mercado de novembro de 2025 e podem sofrer alterações conforme a variação da taxa Selic, CDI e demais indicadores econômicos. Antes de investir, é importante avaliar seu perfil de investidor, seus objetivos financeiros e consultar um especialista para identificar as melhores opções de acordo com suas necessidades. Rentabilidade passada não garante resultados futuros.

Carolina Gandra

Jornalista do portal Melhor Investimento, especializada em criptomoedas, ações, tecnologia, mercado internacional e tendências financeiras. Transforma temas complexos como blockchain, inteligência artificial e estratégias de mercado em conteúdos acessíveis e envolventes. Com análises atuais e visão estratégica, ajuda leitores a decifrar o futuro dos investimentos e identificar oportunidades no mercado financeiro.