Quais fundos imobiliários mais pagaram dividendos em 2024?
Fundos imobiliários que se destacaram em 2024 pela distribuição de dividendos. Confira a lista e tome decisões de investimento assertivas em 2025.

O ano de 2024 foi desafiador para os investidores em fundos imobiliários. O IFIX, principal índice do setor, acumulou uma das piores performances de sua história, refletindo um cenário macroeconômico adverso e a volatilidade do mercado. Apesar disso, alguns fundos imobiliários conseguiram se destacar pela distribuição de dividendos, garantindo retornos significativos aos cotistas.
Entre os destaques, aparecem o Urca Prime Renda FII (URPR11), o Hectare CE FII (HCTR11) e o Devant Recebíveis Imobiliários FII (DEVA11), que registraram dividend yields expressivos ao longo do ano. Esses fundos, focados em ativos de renda fixa, aproveitaram o ambiente de juros elevados para oferecer retornos acima da média.
A seguir, vamos apresentar o ranking dos fundos imobiliários que mais pagaram dividendos em 2024, com base no levantamento da Quantum Finance. Entender esses dados é essencial para otimizar seus investimentos em 2025, ajudando a construir uma carteira equilibrada e alinhada ao cenário econômico futuro.
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Top 10 fundos imobiliários que mais pagaram dividendos em 2024
Segundo pesquisa da Quantum Finance, os FIIs voltados para renda fixa dominaram o ranking dos maiores pagadores de dividendos em 2024. Confira os 10 fundos com os maiores dividend yields:
Nome do Ativo | Ticker | Classe de Ativo |
PÁTRIA PRIME OFFICES FII | HGPO11 | Imóvel |
HECTARE CE FII | HCTR11 | Renda Fixa |
DEVANT RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII | DEVA11 | Renda Fixa |
AUTONOMY EDIFÍCIOS CORPORATIVOS FII | AIEC11 | Imóvel |
URCA PRIME RENDA FII | URPR11 | Renda Fixa |
KILIMA VOLKANO RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII | KIVO11 | Renda Fixa |
CARTESIA RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII | CACR11 | Renda Fixa |
LIFE CAPITAL PARTNERS FII | LIFE11 | Multiclasse |
KINEA OPORTUNIDADES REAL ESTATE FII | KORE11 | Imóvel |
BLUEMACAW LOGÍSTICA FII | BLMG11 | Imóvel |
1. PÁTRIA PRIME OFFICES FII (HGPO11)
- Dividend Yield: 79,34%
- Patrimônio Líquido: R$ 272,7 milhões
- Gestor: Pátria Investimentos
- Administrador: BTG Pactual
- Destaque: Focado em imóveis comerciais de alto padrão, o HGPO11 se beneficia de contratos de longo prazo, que proporcionam uma maior estabilidade na distribuição de dividendos.
- Risco e Potencial: A forte valorização das regiões onde os ativos estão localizados e a solidez dos inquilinos de seus imóveis de alto padrão fazem com que o fundo seja uma excelente escolha para quem busca renda passiva com baixo risco.
- Estratégia: centrada em imóveis com alta demanda em localizações prime, mantendo um portfólio com baixo risco de vacância.
2. HECTARE CE FII (HCTR11)
- Dividend Yield: 22,84%
- Patrimônio Líquido: R$ 2,4 bilhões
- Gestor: Hectare Capital
- Administrador: Vórtx DTVM
- Destaque: O HCTR11 é uma opção robusta para investidores que buscam exposição a recebíveis imobiliários, oferecendo um DY atraente com um patrimônio significativo de R$ 2,4 bilhões.
- Risco e Potencial: A diversificação do portfólio e a consistência na distribuição de dividendos tornam o HCTR11 uma excelente alternativa para quem deseja combinar segurança e rentabilidade em um único ativo.
- Estratégia: O fundo possui uma gestão focada em ativos lastreados por crédito imobiliário, oferecendo uma boa relação risco-retorno com ênfase na mitigação de riscos.
3. DEVANT RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII (DEVA11)
- Dividend Yield: 20,93%
- Patrimônio Líquido: R$ 1,3 bilhão
- Gestor: Devant Asset Management
- Administrador: BTG Pactual
- Destaque: Considerado um dos principais fundos de recebíveis imobiliários, o DEVA11 combina alta rentabilidade com a segurança dos ativos lastreados em crédito imobiliário.
- Risco e Potencial: Sua sólida base de patrimônio e foco em garantias robustas oferece previsibilidade de fluxo de caixa e estabilidade nos dividendos.
- Estratégia: A gestão do fundo busca otimizar os retornos por meio da aquisição de ativos de alta qualidade e com boas garantias.
4. AUTONOMY EDIFÍCIOS CORPORATIVOS FII (AIEC11)
- Dividend Yield: 20,66%
- Patrimônio Líquido: R$ 359,7 milhões
- Gestor: Autonomy Investimentos
- Administrador: BTG Pactual
- Destaque: Este fundo foca em lajes corporativas, com uma estratégia de aquisição de imóveis bem localizados que valorizam ao longo do tempo.
- Risco e Potencial: A exposição a lajes corporativas implica uma maior sensibilidade ao ciclo econômico, mas, ao mesmo tempo, oferece boas oportunidades de valorização do patrimônio.
- Estratégia: A gestão é focada em imóveis estratégicos que asseguram uma boa rentabilidade, mesmo em períodos de mercado mais desafiadores.
5. URCA PRIME RENDA FII (URPR11)
- Dividend Yield: 20,20%
- Patrimônio Líquido: R$ 1,16 bilhão
- Gestor: Urca Capital Partners
- Administrador: BRL Trust DTVM
- Destaque: O URPR11 é um fundo de renda fixa com foco em crédito imobiliário, oferecendo uma alternativa de investimento com fluxo de caixa previsível.
- Risco e Potencial: Apesar de ser um fundo de renda fixa, a exposição a ativos imobiliários de qualidade e sua boa gestão mitigam os riscos associados.
- Estratégia: Com um portfólio diversificado, o fundo busca otimizar a rentabilidade, focando em títulos com boas garantias e potencial de rentabilidade atrativa.
6. KILIMA VOLKANO RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII (KIVO11)
- Dividend Yield: 19,57%
- Patrimônio Líquido: R$ 194,5 milhões
- Gestor: Kilima Gestão de Recursos
- Administrador: Vórtx DTVM
- Destaque: O KIVO11 se destaca pela gestão focada em recebíveis imobiliários de qualidade, garantindo previsibilidade e consistência nos dividendos.
- Risco e Potencial: Sua estratégia de investimentos em ativos lastreados e a mitigação de risco por meio de uma gestão ativa fazem deste fundo uma opção sólida para investidores conservadores.
- Estratégia: A gestão busca garantir altos rendimentos com controle rigoroso do risco, proporcionando segurança na distribuição dos dividendos.
7. CARTESIA RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS FII (CACR11)
- Dividend Yield: 18,69%
- Patrimônio Líquido: R$ 458,5 milhões
- Gestor: Cartesia Gestão de Recursos
- Administrador: BTG Pactual
- Destaque: O CACR11 aposta em uma gestão ativa, buscando a diversificação do portfólio e a maximização de rentabilidade para seus investidores.
- Risco e Potencial: A diversificação e a abordagem flexível da gestão tornam o CACR11 uma excelente alternativa para investidores que buscam rentabilidade estável com o mínimo de risco possível.
- Estratégia: A gestão do fundo é conhecida por sua habilidade em tomar decisões estratégicas que equilibram risco e retorno.
8. LIFE CAPITAL PARTNERS FII (LIFE11)
- Dividend Yield: 18,41%
- Patrimônio Líquido: R$ 337 milhões
- Gestor: Life Capital Partners
- Administrador: Vórtx DTVM
- Destaque: O LIFE11 é um fundo multiclasse, o que permite uma alocação mais flexível e diversificada no mercado imobiliário.
- Risco e Potencial: A diversificação em diferentes segmentos imobiliários proporciona uma proteção contra oscilações de mercado, permitindo ao fundo apresentar rentabilidade constante.
- Estratégia: A gestão do fundo busca equilibrar os diferentes tipos de ativos para alcançar um bom retorno ajustado ao risco, com a estabilidade de uma carteira bem diversificada.
9. KINEA OPORTUNIDADES REAL ESTATE FII (KORE11)
- Dividend Yield (DY): 17,96%
- Patrimônio Líquido: R$ 1,02 bilhão
- Gestor: Kinea Investimentos
- Administrador: Intrag
- Destaque: Focado em imóveis comerciais, o KORE11 visa a valorização do patrimônio por meio da aquisição de ativos bem localizados, com forte potencial de valorização.
- Risco e Potencial: O segmento de imóveis comerciais é altamente sensível ao ciclo econômico, mas a localização estratégica dos ativos oferece um bom potencial de rentabilidade a longo prazo.
- Estratégia: A gestão busca manter uma carteira de imóveis de alta qualidade, com rentabilidade sustentada ao longo do tempo.
10. BLUEMACAW LOGÍSTICA FII (BLMG11)
- Dividend Yield (DY): 17,01%
- Patrimônio Líquido: R$ 303,3 milhões
- Gestor: Bluemacaw Gestora de Recursos
- Administrador: Vórtx DTVM
- Destaque: O BLMG11 é especializado em galpões logísticos, um segmento em forte crescimento no Brasil devido à expansão do e-commerce e da logística.
- Risco e Potencial: A demanda crescente por logística no Brasil proporciona um grande potencial de valorização para o setor, tornando o BLMG11 uma excelente opção para quem busca capturar esse crescimento.
- Estratégia: A gestão do fundo é focada em imóveis logísticos com alta demanda, aproveitando a expansão do setor e mantendo uma boa rentabilidade para os investidores.
Como a alta da Selic impacta os fundos imobiliários?
A elevação da taxa Selic afeta de maneira distinta os diferentes tipos de fundos imobiliários. Os fundos de tijolo, que investem em ativos reais como shoppings, escritórios e galpões, tendem a sofrer maior impacto negativo. Por outro lado, os fundos de papel se beneficiam, pois aplicam em títulos de renda fixa atrelados a ativos imobiliários, que podem gerar retornos mais atrativos em um cenário de juros altos.
- Saiba mais no artigo: Quais investimentos se beneficiam com a alta da Taxa Selic?
Quantas pessoas investem em fundos imobiliários no Brasil?
Em 2024, o Brasil alcançou a marca de 2,677 milhões de investidores em fundos imobiliários, o que representa mais de 1% da população. O crescimento tem sido consistente nos últimos anos, com um aumento expressivo em 2023. Além disso, o perfil dos investidores está mudando, com uma participação maior de investidores não residentes.
Os fundos imobiliários são uma boa opção de investimento para 2025?

Para quem planeja investir em FIIs em 2025, a recomendação é cautela. O cenário econômico prevê uma inflação acima da meta, crescimento modesto do PIB e uma Selic em alta, o que pode tornar o mercado imobiliário mais desafiador.
Naturalmente, a expectativa de juros elevados pode levar a uma migração de capital para investimentos de renda fixa. Com a Selic em tendência de alta, o investidor interessado de FIIs precisará se adaptar.
Entre os setores, shoppings, renda urbana, logística e lajes corporativas têm demonstrado desempenho operacional consistente. Investidores com visão de longo prazo podem aproveitar preços competitivos e aquisições abaixo do custo de reposição.
Fundos de papel como opção para 2025 (pós-fixados e atrelados ao CDI)
Segundo analistas do mercado, diante do cenário de incertezas, os fundos de papel surgem como uma alternativa mais segura. Esses ativos investem em títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras Hipotecárias (LH) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que acompanham o CDI ou são indexados à inflação.
Carteiras pós-fixadas devem oferecer retornos alinhados ao CDI, reduzindo a volatilidade do portfólio. Já os fundos indexados ao IPCA continuam apresentando retornos reais competitivos.
Os Fundos de papel atrelados ao CDI são mais indicados para o curto prazo, enquanto aqueles indexados ao IPCA podem ser boas apostas no longo prazo”, conclui.
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Nota: este artigo tem viés informativo e não configura recomendação de compra ou venda de ativos. Para uma orientação personalizada, busque um assessor de investimentos profissional.