TOP FIIs para dividendos: os maiores DY de 2025
Os melhores do ano! Veja quais FIIs encheram o bolso dos investidores em 2025 e quais só parecem bons no papel.
Foto; Canva. Montagem: MI
Apesar de um 2025 marcado por juros ainda elevados, os fundos imobiliários que mais pagaram dividendos chamaram atenção pelo volume distribuído aos cotistas; em alguns casos, por motivos exepcionais.
Para identificar quais fundos pagaram mais dividendos no ano, utilizamos o Dividend Yield acumulado nos últimos 12 meses, critério geral do mercado para medir a performance recente de distribuição de proventos.
O levantamento revela números interessantes, alguns deles reflexo de eventos extraordinários, mais do que de uma renda recorrente. Por isso, a avaliação precisa ser cuidadosa. Acompanhe:
Ranking dos FIIs com maior DY em 2025
| Fundo | DY 12m | P/VP | Liquidez diária | PL | Variação 12m |
|---|---|---|---|---|---|
| BBFI11 | 6.100% | 0,01 | 200,6 mil | R$ 88,6 mi | -93,08% |
| CFHI11 | 435,24% | 0,07 | 300,7 mil | R$ 23,5 mi | 66,67% |
| FAMB11 | 97,85% | 0,58 | 132,7 mil | R$ 224,7 mi | 78,88% |
| SNLG11 | 81,61% | 2,98 | 133 mil | R$ 1,27 mi | -22,58% |
| CFII11 | 40,29% | 0,63 | 225,5 mil | R$ 104,2 mi | 21,27% |
| BTAG11 | 34,75% | 1,02 | 453,5 mil | R$ 304,4 mi | -77,73% |
| KORE11 | 22,03% | 0,64 | 2,39 mi | R$ 1,02 bi | 6,02% |
| CACR11 | 21,98% | 0,98 | 1,45 mi | R$ 363,5 mi | -4,93% |
| URPR11 | 21,24% | 0,32 | 985,7 mil | R$ 1,18 bi | -36,45% |
| KOPA11 | 21,11% | 0,81 | 359,8 mil | R$ 283,7 mi | 23,46% |
Interpretando o ranking: o que esses números realmente significam?
BBFI11 (6.100% de DY): um número que não reflete renda
O líder do ranking tem um DY fora da realidade. O percentual explosivo é consequência de:
- queda agressiva da cota (-93%),
- pagamentos não recorrentes,
- baixa previsibilidade operacional.
O BBFI11 é um caso didático: mostra por que DY não pode ser analisado isoladamente.
CFHI11 e CFII11: fundos pequenos com eventos extraordinários
- PL reduzido, que amplifica o impacto de distribuições maiores;
- carteiras específicas, que podem ter vendido ativos e distribuído resultados;
- DY alto, mas com risco elevado e pouca previsibilidade.
AMB11 e SNLG11: retornos expressivos, porém com premissas próprias
O FAMB11 se destaca por:
- retorno de quase 100% em dividendos,
- forte valorização da cota no ano (78%),
- um histórico de volatilidade e dependência de eventos jurídicos e locatícios.
Já o SNLG11 apresenta DY alto, mas:
- PL extremamente pequeno,
- queda da cota no ano,
- risco elevado por concentração.
BTAG11: o FIAGRO da lista com forte oscilação
O fundo agro apresenta:
- distribuição elevada (34%),
- desvalorização intensa da cota (-77%), indicando potencial distorção do DY,
- cenário desafiador do crédito agro em 2025.
O número chama atenção, mas exige contexto.
Os “grandes e líquidos”: KORE11, CACR11, URPR11 e KOPA11
Aqui está o grupo mais relevante para o investidor de longo prazo.
Esses fundos têm:
- PL robusto, acima de R$ 1 bilhão em alguns casos,
- liquidez muito superior à média do ranking,
- DY elevado (21%–22%), porém sem distorções extremas.
Entre eles:
- KORE11 e CACR11 representam fundos de crédito com operações diversificadas.
- URPR11 sofreu com reprecificação do mercado de crédito, mas mantém distribuição alta.
- KOPA11, ligado ao agronegócio, combina DY alto com valorização positiva (23%).
Veja também:
Vale a pena investir em fundos imobiliários em 2026?
A valorização de +17,71% do IFIX no acumulado de 2025 reforça que os fundos imobiliários continuam competitivos frente à renda fixa e ao Tesouro Direto, especialmente por três fatores:
1. Rendimento recorrente e isenção de IR para pessoa física
A distribuição de dividendos isentos é um dos principais atrativos; e continua a diferenciar o produto de outros investimentos.
2. Diversificação acessível
Com aportes a partir de R$ 10 ou R$ 100, o investidor acessa:
- escritórios,
- galpões,
- shoppings,
- crédito imobiliário,
- agronegócio.
Diversificação que seria impossível individualmente.
3. Bom desempenho em cenários de inflação controlada e juros em queda
Com as expectativas de desaceleração da Selic para 2026, FIIs tendem a:
- aumentar o valor das cotas,
- melhorar rendimento real,
- acelerar o ciclo de valorização de portfólio.
Assim, mesmo com distorções em alguns números, a classe segue estratégica para quem busca renda mensal e diversificação de médio e longo prazo.
FAQ: Perguntas frequentes sobre FIIs e dividendos
Quais FIIs pagam mais de 1% ao mês?
FIIs de crédito, agronegócio e fundos menores tendem a pagar mais, mas isso geralmente vem com risco elevado. DY acima de 1% ao mês deve ser analisado com cautela.
DY alto é sempre bom?
Não. Pode indicar:
- queda acentuada da cota,
- eventos não recorrentes,
- baixa liquidez ou risco elevado.
É seguro investir em FIIs com DY muito alto?
A segurança depende da qualidade dos ativos, gestão, inadimplência e previsibilidade da renda, não do DY isolado.
Quais os melhores FIIs para renda em 2026?
Historicamente, os fundos de crédito diversificados e de grande porte apresentam maior consistência de distribuição. KORE11, CACR11, URPR11 e KOPA11 estão nesse grupo.
Como o DY dos FIIs é calculado?
É a divisão entre dividendos distribuídos nos últimos 12 meses e o preço atual da cota.
Nota: Este artigo possui caráter exclusivamente jornalístico e não deve ser interpretado como recomendação de compra ou venda de ativos.
Achou este conteúdo útil? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: