9 Fundos imobiliários para investir em novembro de 2025

O mercado de fundos imobiliários (FIIs) entra em outubro de 2025 com um clima de otimismo cauteloso. Depois de meses de valorização constante, o IFIX encerrou setembro em máxima histórica (3.589,44 pontos) e o investidor começa a enxergar novas oportunidades em meio às expectativas de queda gradual da taxa de juros.

Com esse cenário de reprecificação de ativos e ajustes de portfólio, o foco está em fundos com bons fundamentos, distribuições consistentes e potencial de valorização patrimonial.

A seguir, conheça 9 fundos imobiliários que se destacam em outubro de 2025, com um breve resumo das teses e oportunidades observadas em cada um deles por quatro das principais casas de investimento do mercado nacional.

Principais segmentos em destaque

O destaque em outubro fica para os FIIs de tijolo. A classe de ativos vêm registrando uma performance robusta em 2025. De acordo com o índice RBIX, da Rio Bravo, esses fundos acumulam alta de 15,4% no ano, acima dos 14,5% observados nos FIIs de papel.

Dentro do universo dos “tijolos”, alguns segmentos têm se destacado:

• Os fundos rurais lideram o movimento, com avanço de 23,75% até setembro, segundo a Quantum Finance;
• Shoppings também apresentam resultado expressivo, com alta de 18,33%
• No mesmo passo, o segmento logístico, voltado a galpões, acumula valorização de 17,84% no mesmo período.

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1. RBRR11 

Presente nas carteiras XP, Genial e BTG, o RBRR11 é um fundo focado em recebíveis imobiliários de perfil high grade que, em geral, busca alocar em títulos com garantias reais e risco controlado. Seu portfólio costuma oferecer regularidade de rendimentos, algo valorizado por casas de análise mais conservadoras.

Os analistas do BTG ressaltam, entre outros pontos, a diversificação da carteira do fundo, e as garantias de alta qualidade em regiões premium. Do ponto de vista de valor real, o FII tem se mostrado uma oportunidade atrativa, segundo a equipe da XP. 

“Negociando com um desconto de 8,1% em relação ao valor patrimonial (VM/VP de 0,92x) e apresentando um dividend yield anualizado de 11,4%, acreditamos que o RBRR11 segue como uma excelente oportunidade de investimento”, destaca a recomendação XP. 

2. KNCR11 

O KNCR11 é um dos maiores fundos de CRIs do mercado e tem foco em crédito imobiliário de baixo risco. Seu histórico de liquidez elevada e distribuição consistente de rendimentos o coloca como um dos principais representantes do segmento.

Segundo a XP, o fundo se justifica como boa escolha por reunir uma gestão considerada de alto nível e uma carteira de crédito bem diversificada, com exposição reduzida a riscos. Já o BTG chama atenção para a forte presença do fundo no mercado de recebíveis e para sua elevada liquidez, que o coloca entre os ativos mais negociados do setor.

3. MCCI11

Presente nas carteiras XP e BTG, o MCCI11 é um fundo dedicado a recebíveis imobiliários, com forte atuação em operações estruturadas e CRIs high grade (67% do patrimônio) . 

A capacidade da Mauá Capital em estruturar e originar operações continua sendo um dos principais motivos para que grandes casas mantenham o fundo entre suas escolhas preferenciais — ponto reforçado por ambas as corretoras. 

Os analistas também ressaltam outros diferenciais, como a presença de devedores com perfil de crédito sólido, a elevada liquidez das cotas, o carrego considerado atrativo das operações, e o atual preço descontado.  

4. BRCO11

O BRCO11 se destaca no segmento de ativos logísticos, com empreendimentos bem localizados e voltados para locatários de grande porte. Sua gestão é reconhecida pelo foco em contratos de longo prazo e imóveis de padrão institucional.

A XP destaca que o BRCO11 se apoia em uma gestão qualificada alinhada às melhores práticas ASG, em um portfólio de alto padrão com localização estratégica e em um valuation ainda atrativo, que abre espaço para valorização no futuro.

5. BTLG11

O BTLG11 é um fundo de logística com ativos modernos e boa diversificação regional. Administrado pela BTG e com 33 imóveis, o FII se tornou referência no segmento pela qualidade dos ativos e pela busca por contratos atípicos, que trazem visibilidade de receita.

Em setembro, o fundo recebeu R$ 21,9 milhões relativos à última parcela da venda de dois ativos, operação que gerou um lucro de R$ 8,7 milhões. Além disso, outro movimento relevante no período foi a finalização da compra dos ativos do SARE11, em uma transação de R$ 448,6 milhões.

“Avaliamos essa operação como positiva para o fundo, especialmente sob a ótica quantitativa”, destacou a equipe da BTG. 

6. KNSC11

O Kinea Securities é um fundo de recebíveis da Kinea voltado para CRIs com diferentes indexadores e bom nível de proteção contratual.  Atualmente, 104,5% do patrimônio está alocado em 93 CRIs, 0,1% em cotas de FIIs, 0,7% em LCI e 4,9% em caixa. 

A recomendação para o fundo se apoia, segundo a Genial, na solidez dos devedores e na ampla diversificação da carteira, que combina exposições relevantes ao CDI e ao IPCA. Para a corretora, no atual cenário dos juros, “o fundo se mostra particularmente uma ótima opção apresentando uma postura mais defensiva”.  

7. XPCI11

O XPCI11 é um fundo de recebíveis gerido pela XP, com carteira diversificada e foco em CRIs corporativos e lastros com boa garantia. O fundo costuma buscar equilíbrio entre risco e retorno por meio de operações com diferentes indexações.

Entre os pontos destacados pela equipe da XP em sua recomendação estão o preço de negociação considerado atrativo — com VM/VP de 0,94x — e o carrego convidativo, que apresenta rentabilidade implícita líquida de taxas equivalente a IPCA + 8,8% ao ano, além de um yield anualizado de 13,3%.

8. TRXF11

Presente nas carteiras de recomendação da BB e da BTG, o TRXF11 atua majoritariamente no modelo de renda urbana, investindo em imóveis ocupados por empresas de grande porte, especialmente do varejo. 

Atualmente, o fundo reúne cerca de R$ 3,2 bilhões em patrimônio líquido, alocados em um portfólio de 74 imóveis distribuídos por 12 estados brasileiros.

“Considerando que o fundo segue investindo em ativos com potencial de valorização e reciclagem, bem como apresenta um resultado recorrente estável oriundos dos contratos de locação, entendemos que o TRXF11 se consolida como um fundo tanto para o investidor que busca renda quanto para quem busca valorização patrimonial” destacou a BB investimentos.  

9. PVBI11

Também presente em duas carteiras recomendadas, o PVBI11 (VBI Prime Properties) foca na aquisição de imóveis de alto padrão construtivo. O fundo concentra seus ativos no segmento de lajes corporativas e comerciais, priorizando aqueles situados nas regiões premium da cidade de São Paulo.

O BTG Pactual fundamenta sua recomendação no portfólio de alta qualidade do Fundo, destacando seus ativos localizados em regiões resilientes e de alta demanda, além da excelente qualidade creditícia de seus locatários.  

A XP, por sua vez, reconhece que o PVBI11 enfrenta desafios de curto prazo devido à sua vacância elevada. No entanto, a corretora acredita que o preço atual de negociação reflete um pessimismo exagerado do mercado em relação à qualidade do portfólio.

Avalie antes de investir: critério de seleção

Antes de investir, confirme métricas atualizadas (cotação, P/VP e dividendos) e avalie seu perfil, liquidez e horizonte. Esta seleção foi elaborada com base nas carteiras recomendadas de FIIs divulgadas por XP, Genial, BTG e BB Investimentos para outubro de 2025.

Foram incluídos apenas os fundos que aparecem em mais de uma dessas recomendações, reunindo assim os ativos em que há maior convergência entre as casas analisadas.

Resumo da seleção

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