Quanto rende R$ 20 mil por mês na poupança?
Saiba quanto R$ 20 mil podem render por mês na poupança em 2025 e se essa é uma opção vantajosa para o seu investimento.
Investir R$ 20 mil na poupança pode parecer uma escolha segura para muitas pessoas que buscam a preservação de seu capital com um risco baixo. No entanto, será que a poupança ainda vale a pena em 2025? Como funciona o rendimento desse investimento tão tradicional e qual é a real rentabilidade de R$ 20 mil aplicados nela?
A seguir, o Melhor Investimento explica esses pontos e as vantagens e desvantagens desse tipo de aplicação, além de comparar a poupança com outras alternativas que podem oferecer maior rentabilidade.
Ainda vale a pena investir na poupança?
Com a Selic em 15% ao ano em novembro de 2025, a economia brasileira segue em um cenário de juros altos e inflação moderada. Isso levanta a dúvida: será que a poupança ainda é um bom investimento?
A poupança continua sendo uma aplicação de fácil acesso, sem taxas de administração e coberta pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que garante segurança até R$ 250 mil por CPF e instituição.
No entanto, seu rendimento segue defasado em relação a outras alternativas, principalmente quando o objetivo é fazer o dinheiro crescer acima da inflação.
Com os juros elevados, a poupança entrega um rendimento de 0,5% ao mês + TR, enquanto outras opções de renda fixa acompanham diretamente a taxa Selic ou o CDI, proporcionando retornos significativamente maiores.
Como funciona a rentabilidade da poupança?
A rentabilidade da poupança está diretamente ligada à taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira e influencia praticamente todas as outras modalidades de investimento de renda fixa no país.
Essa relação é definida pelo Banco Central do Brasil (BCB), e a forma de cálculo atual foi estabelecida pela Lei nº 12.703/2012, que determinou duas regras distintas conforme o patamar da Selic.
Veja como funciona:
- Quando a Selic é menor ou igual a 8,5% ao ano:
O rendimento da poupança é equivalente a 70% da Selic + TR (Taxa Referencial).
Esse modelo foi criado para evitar que a poupança ficasse excessivamente vantajosa em períodos de juros baixos, o que poderia prejudicar o mercado de crédito. - Quando a Selic é superior a 8,5% ao ano:
A remuneração passa a ser fixa em 0,5% ao mês + TR, o que equivale a aproximadamente 6,17% ao ano, desconsiderando a TR.
Essa é a chamada “nova regra da poupança”, em vigor desde 2012, e é aplicada sempre que a taxa básica de juros ultrapassa o limite de 8,5%.
Atualmente, em novembro de 2025, a Selic está em 15% ao ano, o que significa que a poupança segue a segunda regra.
Assim, o investidor recebe 0,5% ao mês de rendimento fixo, somado à Taxa Referencial (TR), que permanece próxima de zero desde 2018, oscilando apenas em centésimos, o que tem impacto quase nulo na rentabilidade final.
Essa estrutura faz da poupança um investimento previsível e de baixo risco, ideal para quem busca segurança e liquidez imediata.
Porém, ao mesmo tempo, limita o potencial de ganho, especialmente em períodos de Selic alta, já que outros investimentos atrelados ao CDI ou à própria Selic conseguem acompanhar de forma mais direta o aumento dos juros.
Afinal, R$ 20 mil rendem quanto na poupança?
Na prática, significa que R$ 20.000 aplicados na poupança renderiam cerca de R$ 100 por mês, considerando apenas o rendimento fixo de 0,5% ao mês.
Ao longo de 12 meses, o ganho acumulado seria em torno de R$ 1.200, resultando em um total aproximado de R$ 21.200 ao final de um ano, sem contar a variação mínima da TR.
Apesar de ser uma opção segura e simples, o retorno da poupança é baixo em comparação a outras aplicações, especialmente quando a taxa Selic está elevada.
Nesse cenário, alternativas como CDBs que pagam 100% do CDI ou Tesouro Selic tendem a oferecer uma rentabilidade mais atrativa, mantendo a mesma segurança.
A inflação corrói o rendimento da poupança?
Sim. A inflação é o principal inimigo do poder de compra. Se a inflação anual for superior ou igual ao rendimento da poupança, o ganho real do investidor é nulo, ou até negativo.
Em 2025, o mercado projeta uma inflação (IPCA) próxima de 4,8% ao ano, enquanto a poupança rende cerca de 6,17% a.a.. Ou seja, o ganho real é muito pequeno, e pode ser facilmente superado por aplicações que rendem acima do CDI.
Poupança vs. outras opções de investimento
Apesar de ser a escolha mais tradicional, a poupança não é a única forma de aplicar R$ 20 mil. Existem diversas alternativas que oferecem rendimentos mais atrativos e que podem ser mais vantajosas dependendo dos objetivos financeiros do investidor.
CDBs (Certificados de Depósito Bancário)
Os CDBs continuam sendo uma das opções mais procuradas. Com o CDI em 13,71% ao ano, há produtos que pagam de 100% a 120% do CDI, o que representa rentabilidade entre 13,7% e 16,4% ao ano, bem acima dos 6,17% da poupança.
Além disso, os CDBs também contam com garantia do FGC até R$ 250 mil, o que reforça a segurança da aplicação.
Fundos Imobiliários (FIIs)
Os FIIs são uma alternativa interessante para quem busca renda mensal isenta de IR. Em 2025, a média de dividendos dos principais fundos está entre 0,7% e 1,1% ao mês, o que equivale a 8,7% a 13,9% ao ano, com variação de acordo com o fundo e o segmento.
Tesouro Direto
O Tesouro Selic 2027, título de renda fixa com liquidez diária, acompanha a Selic e atualmente rende cerca de 13,5% ao ano, com segurança total do Tesouro Nacional.
Para quem busca proteção contra inflação, o Tesouro IPCA+ é uma excelente alternativa, já que garante juros reais acima da inflação, mantendo o poder de compra.
A poupança é um bom investimento para R$ 20 mil?
Aplicar R$ 20 mil na poupança pode parecer uma escolha segura, principalmente para quem busca liquidez imediata e ausência de riscos, mas nem sempre é a opção mais vantajosa do ponto de vista financeiro.
Rentabilidade da poupança em 2025
Com a Selic em 15% ao ano (novembro de 2025), a poupança rende 0,5% ao mês + TR, o que equivale a aproximadamente 6,17% ao ano, considerando que a Taxa Referencial (TR) segue próxima de zero.
Esse rendimento é bem inferior ao CDI, que reflete mais diretamente a Selic e serve como referência para outros investimentos de renda fixa.
Na prática, isso significa que, enquanto a poupança rende pouco mais de 6% ao ano, um investimento atrelado ao CDI (100%) pode render em torno de 13% ao ano, praticamente o dobro do retorno.
Quando ainda vale a pena usar a poupança?
Apesar de ter perdido atratividade, a poupança ainda tem seu espaço. Ela é isenta de Imposto de Renda, não cobra taxas, e o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento, o que a torna prática para emergências ou metas de curtíssimo prazo.
Portanto, a poupança pode ser útil para quem prefere simplicidade e acesso rápido ao dinheiro, mas não deve ser a principal escolha para quem busca rentabilidade real e proteção contra a inflação.
Comparativo com outras aplicações seguras
Deixar R$ 20 mil na poupança é seguro, mas o investidor abre mão de ganhos expressivos. Um CDB com liquidez diária que paga 100% do CDI, por exemplo, pode gerar um rendimento superior a R$ 2.300 ao ano, contra cerca de R$ 1.200 na poupança.
Outra alternativa interessante é o Tesouro Selic, título público federal considerado um dos investimentos mais seguros do país.
Ele acompanha a taxa Selic e, portanto, tende a superar o rendimento da poupança com folga. Além disso, possui liquidez diária e é garantido pelo Tesouro Nacional, o que reforça sua segurança.
Em tempos de juros altos, como o atual, a poupança fica para trás em rentabilidade. Para quem tem R$ 20 mil disponíveis, é mais vantajoso considerar opções seguras e com melhor retorno, como CDBs, Tesouro Selic ou fundos DI.
Essas alternativas preservam o capital, mantêm liquidez e ajudam o investidor a fazer o dinheiro render mais, sem abrir mão da segurança.
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As informações apresentadas neste conteúdo têm caráter educacional e informativo. Os rendimentos e percentuais mencionados são estimativas com base nas condições de mercado de novembro de 2025 e podem sofrer alterações conforme a variação da taxa Selic, CDI e demais indicadores econômicos. Antes de investir, é importante avaliar seu perfil de investidor, seus objetivos financeiros e consultar um especialista para identificar as melhores opções de acordo com suas necessidades. Rentabilidade passada não garante resultados futuros.