O que são Títulos Públicos?
Investir em títulos públicos pode ser uma ótima opção para quem busca um investimento de baixo risco e com uma rentabilidade interessante em Renda Fixa. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como investir nessa modalidade e quais são as melhores estratégias para obter uma rentabilidade satisfatória. Mas nem todo título é público. De […]

Investir em títulos públicos pode ser uma ótima opção para quem busca um investimento de baixo risco e com uma rentabilidade interessante em Renda Fixa. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como investir nessa modalidade e quais são as melhores estratégias para obter uma rentabilidade satisfatória.
Mas nem todo título é público. De modo geral, os títulos são divididos em dois, públicos e privados. Sendo o público referente aos emitidos pelo governo e o privado, por empresas. No caso de um título privado, o objetivo é que a empresa, por meio dos capitais investidos, consiga financiar seus projetos.
Continue a leitura deste artigo e descubra como funciona o investimento em títulos públicos, quais são os tipos de títulos disponíveis e quais são as taxas e custos desse investimento. Acompanhe!
O que são títulos públicos?
Para saber como aplicar, é muito importante entender o que são e como funcionam os títulos públicos. Basicamente, trata-se de investimentos de renda fixa, ligados à dívida pública do Brasil. O Tesouro Nacional é o responsável por sua emissão.
Quando um investidor faz a aquisição desses títulos, acaba emprestando dinheiro ao país. Isso acontece porque os cofres públicos arrecadam fundos por meio deles. O valor aplicado mais juros é pago no semestre ou quando há o vencimento do ativo.
Quais são os tipos de títulos públicos?
Já que ficou mais claro como funcionam e o que são os títulos públicos, agora você precisa conhecer os tipos disponíveis. A ideia é entender como é feita a remuneração de cada um. Veja:
Tesouro Selic (LFT)
Esse título recebe o nome de Tesouro Selic porque sua rentabilidade está atrelada à taxa Selic, sendo a taxa básica de juros brasileira. O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) é o responsável por defini-la.
O índice da taxa Selic é variável, afinal de contas, o Copom faz a definição a cada um mês e meio, espaço de tempo em que se reúnem.
Por conta dessa variação, não é possível ter clareza com relação ao valor no resgate dos títulos.
Tesouro Prefixado (LTN)
O Tesouro Prefixado tem sua rentabilidade, sendo fixa, definida logo em sua compra. Um dos pontos positivos é a oportunidade de saber qual será seu retorno quando a aplicação chegar no seu vencimento.
É importante ressaltar que, para receber o valor acordado, o investidor deve fazer o resgate no prazo combinado. Em caso de antecipação, o rendimento pode sofrer mudanças, pois será pago segundo o mercado.
Tesouro Prefixado com juros semestrais (NTN-F)
Ele também conta com uma taxa pré-definida. Além da taxa, o investidor recebe os juros semestrais. Esse título é semelhante ao Tesouro Prefixado, mas conta com algumas diferenças.
No NTN-F, o investidor não é obrigado a esperar os seis meses para ter acesso aos seus rendimentos.
Tesouro RendA+ (NTN-B, série 1)
Essa é a modalidade de título público com menos tempo no mercado. Nesse caso, o pagamento do valor aplicado, somado ao retorno, acontece em 240 meses (20 anos).
O Tesouro RendA + é uma boa alternativa para quem quer fazer o planejamento da aposentadoria. Afinal de contas, seu rendimento é a longo prazo, sendo permitido marcar o vencimento do resgate a partir de 20 anos.
Vale ressaltar que o valor recebido é corrigido pela inflação.
Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)
No Tesouro IPCA o pagamento dos juros só acontece quando há o vencimento da aplicação.
Outra informação importante sobre essa aplicação é que ela tem o modelo híbrido. Em resumo, funciona da seguinte forma: metade de sua renda vem de uma parcela prefixada e a outra parte é pós-fixada.
A prefixada é informada no ato da aquisição e a pós segue as variações da inflação, seguindo o Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA).
Tesouro IPCA+ com juros semestrais (NTN-B)
Esse título público também conta com um rendimento híbrido, mas seus juros são pagos semestralmente.
Basicamente, o investidor pode receber valores semestralmente. Nesse caso, o valor principal é corrigido pela inflação.
Quais são os custos e taxas dos títulos públicos?
O investimento em títulos públicos conta com alguns custos, comuns em transações do mercado financeiro. Veja alguns deles:
Imposto de Renda
O imposto de renda é cobrado regressivamente. Sua alíquota mínima é de 15% em prazos acima de 720 dias e a máxima é de 22,5% para prazos de 180 dias.
IOF
A cobrança de IOF só acontece se a aplicação não ultrapassar 30 dias. Nesse caso, a taxa também é regressiva, começando com 96% para um dia de aplicação. Quando a aplicação conta com 29 dias, a alíquota é de 3%.
Taxa de administração
Todo o processo para gerir títulos públicos tem custos. Dessa forma, a taxa de administração é cobrada pelas corretoras para cobrir essas despesas. Não é possível definir um valor, pois isso varia de cada empresa.
Taxa de custódia
Os títulos emitidos pelo Tesouro Direto têm a taxa de custódia, que é obrigatória. A cobrança é feita pela BM&F Bovespa e é de 0,20% ao ano.
Quais são as vantagens e os riscos de investir nos títulos públicos?
Todo investimento possui vantagens e riscos e, no caso dos títulos públicos, isso não é diferente. Saiba mais:
Vantagens
A principal vantagem nesse tipo de aplicação é o baixo risco. Afinal de contas, falamos de um investimento com seus rendimentos prefixados. Isso faz com que o investidor tenha mais segurança na hora de comprar seus ativos.
Outro ponto importante é o custo-benefício, pois nessa modalidade é possível começar com um investimento mínimo de R$ 30. Assim, essa é uma boa opção para perfis moderados e conservadores.
Por fim, a liquidez pode ser considerada um grande benefício. O resgate tem prazos curtos e após ser solicitado, o investidor pode receber o dinheiro em até um dia útil.
Riscos
A grande desvantagem desse tipo de investimento é os rendimentos serem mais baixos, se comparados àqueles mais arrojados. Sendo assim, essa não é uma boa alternativa para investidores mais ousados.
Outra questão que deve ser considerada é a taxa de custódia, que é obrigatória. Além disso, há a cobrança de impostos, como o caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
Como investir em um Título Público?
Títulos Públicos são aplicações consideradas de risco baixo e, na maioria dos casos, geram liquidez diária. Portanto, são vistos como uma oportunidade de Reserva de Emergência e bem característicos de um perfil conservador de investidor.
Além disso, são garantidos pelo Tesouro Nacional — secretaria do Governo Federal encarregada de administrar os recursos financeiros que entram nos cofres públicos e permitem flexibilidade nas rentabilidades.
Para retirar o valor do rendimento determinado na compra do título, é necessário esperar a data do vencimento. Caso contrário, a rentabilidade pode alterar, para mais ou para menos, e a base para essa remuneração é a Selic — taxa básica de juros.
Uma forma de investir em títulos públicos de maneira mais democrática, com muitas opções de rentabilidade e rápida, é pelo Tesouro Direto — Programa do Tesouro Nacional elaborado em parceria com a Bolsa de Valores brasileira. É uma plataforma totalmente on-line para pessoas físicas poderem comprar títulos públicos federais a preços acessíveis.
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