Tesouro Direto: vendas batem recorde em julho com preferência por títulos Selic
Em julho, o Tesouro Direto registrou R$ 7,26 bilhões em vendas, recorde para o mês, com os títulos Selic liderando a preferência dos investidores.

As vendas do Tesouro Direto a pessoas físicas atingiram um novo recorde para o mês de julho, refletindo o interesse crescente de investidores brasileiros em títulos públicos. No mês passado, foram comercializados R$ 7,26 bilhões em papéis, valor 25,9% superior ao registrado em junho e 12,9% maior do que o mesmo período do ano anterior. Apesar do recorde mensal, o maior volume de vendas no programa ainda ocorreu em março deste ano, quando foram vendidos R$ 11,6 bilhões em títulos.
Títulos mais procurados pelos investidores do Tesouro Direto
Com a taxa Selic em 15%, o maior patamar desde 2006, os títulos atrelados à Selic continuaram a liderar as preferências. Esses ativos representaram quase 53% das vendas em julho, reforçando a segurança e a rentabilidade imediata que atraem investidores conservadores.
Além disso, os títulos indexados ao IPCA, impulsionados pela inflação ainda elevada, representaram 36,2% do total, enquanto os prefixados responderam por 10,9% das transações. A escolha por esses ativos reflete a busca dos investidores por proteção contra a inflação e previsibilidade no retorno financeiro.
Vencimentos curtos e médios concentram maior interesse
O comportamento dos investidores também revela preferência por títulos de curto e médio prazo. Entre as transações realizadas em julho:
- Títulos com vencimento de até 5 anos representaram 39,4% das vendas;
- Ativos com prazo entre 5 e 10 anos corresponderam a 40%;
- Papéis com vencimento superior a 10 anos responderam por 20,5%.
Essa tendência indica que muitos investidores buscam liquidez e segurança, aproveitando a alta da Selic para obter rendimento consistente no curto prazo.
Número de investidores segue em crescimento
O total de pessoas cadastradas no Tesouro Direto alcançou 32.988.974, com a inclusão de 253.621 novos participantes em julho. Em relação aos últimos 12 meses, o aumento foi de 12,6%, consolidando o Tesouro Direto como um dos principais investimentos para pessoas físicas no Brasil.
O crescimento do programa é reforçado pelo perfil dos investidores: a maioria das transações envolve valores pequenos, com 79,3% das operações de até R$ 5 mil, mostrando a forte participação de pequenos poupadores. O valor médio por operação foi de R$ 7.494,38, demonstrando que tanto investidores iniciantes quanto mais experientes estão ativos no programa.
Por que o Tesouro Direto atrai cada vez mais investidores
O interesse crescente pelo Tesouro Direto em julho está diretamente ligado a fatores econômicos, como a taxa Selic elevada e a necessidade de proteção contra a inflação. Títulos atrelados à Selic oferecem rentabilidade diária, enquanto os indexados ao IPCA proporcionam segurança em relação à perda do poder de compra.
Além disso, a facilidade de acesso, baixo valor inicial para investir e liquidez garantida pelo Tesouro Nacional fazem com que o programa continue atraindo pequenos e médios investidores em todo o país. Com a expansão do cadastro e o aumento do número de transações, o Tesouro Direto se consolida como um dos pilares do investimento seguro no Brasil.
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