Tesouro Direto hoje: taxas estáveis e mercado focado no Copom
O Tesouro Direto segue estável, com pequenas variações nas taxas de rentabilidade dos títulos. O mercado aguarda ansiosamente a reunião do Copom em maio, que pode ajustar a Selic e influenciar diretamente os investimentos em títulos do governo.

O mercado de Tesouro Direto permanece em um cenário de estabilidade, com taxas de retorno dos títulos do governo brasileiro apresentando pequenas variações. Em comparação com o dia anterior, os papéis prefixados e os indexados à inflação, como o Tesouro IPCA+ e os Tesouros Prefixados, operam praticamente no mesmo nível. As expectativas dos investidores continuam focadas na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para maio, quando se espera um ajuste nas taxas de juros.
Tesouro Direto
Nesta quinta-feira, 24 de abril de 2025, o Tesouro Direto se manteve estável, sem grandes variações nas taxas de rentabilidade. A principal movimentação foi observada nos títulos Tesouro IPCA+ com vencimentos mais longos, como os de 2029 e 2040. Com a expectativa de uma alta na Selic, o mercado reflete sua confiança nas decisões do Copom, que devem impactar diretamente as taxas futuras do Tesouro Direto.
- Tesouro IPCA+ 2029: 7,63% ao ano
- Tesouro IPCA+ 2040: 7,50% ao ano
- Tesouro IPCA+ 2050: 7,25% ao ano
Esses papéis mantêm-se atraentes para investidores que buscam proteger seu capital da inflação a longo prazo, ainda que a desvalorização recente de 1% no Tesouro IPCA+ 2050 tenha gerado alguns alertas. O valor unitário desse título caiu de R$ 781,37 para R$ 772,58, o que demonstra uma relação inversa entre as taxas de juros e os preços dos papéis no mercado secundário.
Expectativa de aumento da Selic
A decisão do Copom em maio é uma das maiores expectativas do mercado financeiro neste momento. As especulações indicam que a Selic será elevada em 0,50 ponto percentual, o que poderia influenciar diretamente as taxas dos títulos do Tesouro Direto. No entanto, para a reunião de junho, o cenário parece mais propenso a uma manutenção da taxa de juros, sinalizando uma possível pausa na atual trajetória de alta.
O Tesouro Direto, que oferece alternativas tanto para investidores conservadores quanto para os mais arrojados, será fortemente impactado por qualquer movimentação na Selic. Títulos como o Tesouro Prefixado 2028 e o Tesouro Prefixado 2032, que apresentam rentabilidade de 13,69% e 14,34%, respectivamente, são opções seguidas de perto pelos investidores, uma vez que sua rentabilidade é mais atraente quando a taxa básica de juros sobe.
Desempenho dos Treasuries e influência no mercado brasileiro
O impacto das taxas dos Treasuries, os títulos do governo dos Estados Unidos, também é sentido no Brasil. Hoje, os Treasuries de 10 anos recuaram para 4,32%, enquanto os de 20 e 30 anos apresentaram taxas de 4,80% e 4,78%, respectivamente. Esses movimentos internacionais influenciam diretamente os investidores brasileiros, que ajustam suas expectativas em relação à rentabilidade do Tesouro Direto.
Os Treasuries são um termômetro importante para a rentabilidade de ativos globais, e a sua flutuação afeta o comportamento de investidores, levando-os a buscar alternativas no mercado local, como os títulos do Tesouro Direto.
Taxas atualizadas do Tesouro Direto
Os investidores podem consultar as taxas mais recentes do Tesouro Direto, que permanecem relativamente estáveis nesta quinta-feira. Confira as taxas de rentabilidade atualizadas:
Títulos Prefixados:
- Tesouro Prefixado 2028: 13,69% ao ano
- Tesouro Prefixado 2032: 14,34% ao ano
- Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035: 14,50% ao ano
Títulos Pós-fixados:
- Tesouro Selic 2028: SELIC + 0,0643%
- Tesouro Selic 2031: SELIC + 0,1116%
Títulos Indexados à Inflação:
- Tesouro IPCA+ 2029: IPCA + 7,63%
- Tesouro IPCA+ 2040: IPCA + 7,50%
- Tesouro IPCA+ 2050: IPCA + 7,25%
Essas taxas demonstram a solidez do Tesouro Direto como uma alternativa de investimento segura, especialmente para aqueles que buscam rentabilidade atrelada à inflação ou garantias prefixadas.
Por que o Tesouro Direto é uma boa opção mesmo com pequenas variações nas taxas
Investir no Tesouro Direto, mesmo com pequenas variações nas taxas, continua sendo uma excelente opção para quem busca segurança e previsibilidade. As flutuações observadas são naturais no mercado de renda fixa e podem representar uma oportunidade para investidores de longo prazo que buscam proteger seu patrimônio contra a inflação, como no caso dos títulos indexados ao IPCA.
Além disso, o Tesouro Direto oferece a vantagem de ser uma plataforma de fácil acesso, permitindo que qualquer investidor, mesmo os iniciantes, possa diversificar sua carteira com títulos de alta liquidez e baixo risco. Com o aumento das expectativas em torno da política monetária e a possível elevação da Selic, os títulos do Tesouro Direto podem se tornar ainda mais atrativos nos próximos meses.