Taxa de desemprego cai para 5,2% e atinge menor nível desde 2012, aponta IBGE

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro, o menor patamar desde 2012, segundo o IBGE.

imagem do autor
30 de dez, 2025 às 13:30
Pessoa colocando a biometria próximo à carteira de trabalho e previdência social no buffet de fotos, com foco na carteira azul do documento oficial. Foto: divulgação/Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,2% no trimestre encerrado em novembro, alcançando o menor patamar desde 2012, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado reforça o cenário de aquecimento do mercado de trabalho brasileiro, que também registrou recorde histórico no número de pessoas ocupadas, indicando maior dinamismo da economia e ampliação das oportunidades de emprego no país.

Aproveite para ler:

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a taxa de desemprego medida entre os meses de setembro e novembro ficou em 5,2%. O índice representa a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica comparável, em 2012, consolidando uma trajetória de melhora consistente no mercado de trabalho brasileiro.

O levantamento mostra que, no período, 5,6 milhões de pessoas estavam sem trabalho, número considerado o mais baixo já registrado pela PNAD Contínua. A redução da taxa de desemprego reflete a combinação de aumento da ocupação e menor pressão sobre o contingente de trabalhadores em busca de uma vaga.

Número de desempregados cai ao menor patamar já registrado

A queda da taxa de desemprego foi acompanhada por uma diminuição expressiva no número absoluto de desocupados. Segundo o IBGE, o total de pessoas sem trabalho no trimestre encerrado em novembro foi o menor desde o início da série histórica da pesquisa.

Esse movimento indica não apenas uma melhora pontual, mas um avanço estrutural do mercado de trabalho, especialmente quando comparado a períodos anteriores de crise econômica. A retração no número de desempregados também contribui para a ampliação da renda das famílias e para o fortalecimento do consumo interno.

Ocupação bate recorde e alcança 103,2 milhões de pessoas

Além da redução da taxa de desemprego, o IBGE destacou um novo recorde no contingente de trabalhadores ocupados no Brasil. No trimestre até novembro, 103,2 milhões de pessoas estavam trabalhando, o maior número já observado pela PNAD Contínua.

O crescimento da ocupação mostra que o mercado foi capaz de absorver mais trabalhadores, seja por meio da criação de novas vagas formais, seja pelo avanço do trabalho informal e por conta própria. Esse desempenho reforça a recuperação gradual da economia brasileira após períodos de desaceleração.

Nível de ocupação também atinge máximo histórico

Outro indicador relevante divulgado pelo IBGE foi o nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas com 14 anos ou mais que estavam trabalhando. Esse percentual chegou a 59,0%, o maior de toda a série histórica da PNAD Contínua.

O avanço do nível de ocupação indica que uma parcela cada vez maior da população em idade de trabalhar está inserida no mercado, o que contribui para a redução da taxa de desemprego e para a ampliação da base produtiva do país. Esse dado é considerado fundamental para avaliar a sustentabilidade do crescimento econômico.

Contexto histórico reforça a recuperação do mercado de trabalho

A melhora atual contrasta fortemente com o período mais crítico da série histórica. O maior número de pessoas desempregadas foi registrado no trimestre encerrado em março de 2021, durante o auge da pandemia de covid-19, quando 14,9 milhões de brasileiros estavam sem trabalho.

Desde então, a combinação de retomada da atividade econômica, políticas de estímulo e reabertura dos setores produtivos contribuiu para a recuperação gradual do emprego. A atual taxa de desemprego reflete esse processo de reconstrução do mercado de trabalho, embora especialistas ressaltem que ainda existem desafios, como a qualidade das vagas e a renda média dos trabalhadores.

Por que a taxa de desemprego caiu

Segundo analistas, a redução da taxa de desemprego está ligada a fatores como o crescimento da economia, a maior demanda por serviços, a expansão de setores como comércio e indústria e a estabilização do cenário macroeconômico. Além disso, o aumento da população ocupada ajuda a reduzir a pressão sobre o mercado de trabalho.

Apesar do resultado positivo, economistas alertam que a manutenção desse nível de desemprego dependerá da continuidade do crescimento econômico, do controle da inflação e da capacidade do país de gerar empregos formais e sustentáveis ao longo do tempo.

Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: 

Instagram | Facebook