Onde investir em 2026? Santander aposta em construtoras de baixa renda
Santander vê oportunidade em ações cíclicas domésticas em 2026 e aponta potencial de crescimento para Cyrela e Direcional.
Reprodução Santander
Após a forte liquidação das ações cíclicas domésticas em dezembro, o Santander afirma que o início de 2026 pode marcar uma virada positiva para esses papéis.
Em relatório divulgado na última semana de 2025, o banco destaca que a dissipação dos ruídos políticos e a redução da pressão sobre o câmbio tendem a criar um ambiente mais favorável para a Bolsa brasileira, abrindo espaço para recuperação de ativos ligados ao ciclo econômico interno.
Construtoras do Minha Casa, Minha Vida ganham destaque
Entre os setores mais impactados pela queda recente, o Santander chama atenção para as construtoras voltadas ao segmento de baixa renda, especialmente as empresas ligadas ao programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo o banco, a demanda resiliente por habitação popular segue como um dos principais vetores de crescimento, mesmo diante de um cenário macroeconômico ainda desafiador.
Cyrela e Direcional no foco do banco
Diante dessa leitura, o Santander aumentou em 1 ponto percentual a exposição às ações da Cyrela (CYRE3) e da Direcional (DIRR3) em seu portfólio recomendado. Ambas seguem com classificação outperform, o equivalente a desempenho acima da média do mercado, de acordo com o relatório dos analistas.
Ajustes de portfólio refletem maior seletividade
Ao mesmo tempo, o banco reduziu em 2 pontos percentuais a posição em Mercado Livre, mantendo a estratégia de priorizar empresas que demonstram capacidade de adaptação e crescimento mesmo em períodos de maior incerteza econômica. Para o Santander, a seleção criteriosa de ativos será determinante para capturar oportunidades ao longo de 2026.
Fluxos, câmbio e juros no radar para 2026
O Santander aponta ainda que os fluxos extraordinários de dividendos no fim do ano pressionaram o dólar frente ao real, movimento que tende a perder força após a virada do calendário. A expectativa do banco inclui aumento do fluxo estrangeiro para ações brasileiras e mercados emergentes em janeiro, além do início de um ciclo de afrouxamento monetário pelo Banco Central, fatores que podem beneficiar ações cíclicas domésticas no próximo ano.