Brasil registra taxa de desemprego de 6,2% em outubro, diz IBGE
O Brasil atingiu uma marca histórica com a taxa de desemprego caindo para 6,2% em outubro de 2024, o menor índice desde 2012, segundo dados do IBGE.
O Brasil alcançou mês de outubro, a taxa de desemprego em 6,2%, o nível mais baixo desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Este desempenho foi registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representa uma melhora significativa em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2023. O número de pessoas ocupadas também atingiu um novo recorde, com 103,6 milhões de trabalhadores no mercado, refletindo uma recuperação robusta no setor de empregos no país.
O que aconteceu com o desemprego no Brasil?
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,2% no trimestre encerrado em outubro de 2024, o que representa uma queda de 0,6 ponto percentual em comparação com o trimestre de maio a julho de 2024 (6,8%) e de 1,4 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023 (7,6%). Este é o menor nível de desocupação desde o início da série histórica da PNAD Contínua, que começou em 2012.
Além disso, a população desocupada foi reduzida em 591 mil pessoas no trimestre, totalizando 6,8 milhões de brasileiros sem emprego. Em comparação com o ano passado, o número de desocupados caiu 17,2%, o que equivale a uma redução de 1,4 milhão de pessoas. Esses números indicam uma forte recuperação do mercado de trabalho e refletem uma série de fatores econômicos positivos.
Aumento no número de pessoas ocupadas
Outro dado importante que o IBGE divulgou foi o recorde na população ocupada, que chegou a 103,6 milhões de pessoas em outubro. Este foi um aumento de 1,5% (mais 1,6 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas) no ano. A taxa de ocupação, que representa o percentual de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, também alcançou o maior nível da série histórica, subindo para 58,7%.
Esse aumento na ocupação pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo a recuperação da economia após os impactos da pandemia e a criação de novas vagas no setor privado. A expansão de setores como o comércio e a indústria, além da retomada das atividades econômicas, impulsionaram esse crescimento no número de empregos.
O setor privado e a formalização do trabalho
O setor privado foi um dos principais motores dessa recuperação, com destaque para o número de empregados com carteira assinada, que atingiu 39 milhões de pessoas. Esse aumento foi de 1,2% (mais 479 mil pessoas) no trimestre e de 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano. O crescimento de empregos formais é um sinal positivo, pois indica que o mercado de trabalho está gerando mais oportunidades com direitos trabalhistas garantidos, como o FGTS e a aposentadoria.
Por outro lado, o número de trabalhadores informais também registrou um aumento de 1,4 milhão de pessoas no ano, chegando a 40,3 milhões. Isso reflete um cenário de recuperação, mas também de desafios, já que parte da população ocupada ainda está em situações de vulnerabilidade.
Subutilização e outros indicadores positivos
A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas que estão desempregadas, mas também aquelas que trabalham menos horas do que gostariam, caiu para 15,4%. Esse número é o mais baixo para um trimestre encerrado em outubro desde 2014 e representa uma melhora na qualidade dos postos de trabalho gerados.
Outro dado relevante foi a queda na população subutilizada, que também diminuiu 10,8% em comparação ao ano passado, totalizando 17,8 milhões de pessoas. Esse grupo inclui tanto os desempregados quanto aqueles que estão subocupados devido à falta de horas de trabalho, o que também aponta para uma melhora no aproveitamento da força de trabalho.
Rendimento e massa salarial
No quesito rendimento, o Brasil também apresentou uma melhora. O rendimento real habitual subiu para R$ 3.255, marcando um aumento de 3,9% em comparação com o ano passado. Isso reflete o crescimento no número de trabalhadores formalizados e a valorização do trabalho, principalmente no setor privado. A massa salarial também registrou um crescimento significativo de 7,7% no ano, totalizando R$ 332,6 bilhões, o que indica um aumento na geração de renda no país.