LFT (Tesouro Selic): o que é e como investir neste título
Se existe um título muito conhecido no mercado de investimentos, é o LFT. As Letras Financeiras do Tesouro são mais conhecidas como Tesouro Selic e são ideais para quem tem perfil conservador. Aliás, esse é o papel com menor risco do mercado. Integrando a classe de títulos públicos do Tesouro Direto, esse produto financeiro é […]
Se existe um título muito conhecido no mercado de investimentos, é o LFT. As Letras Financeiras do Tesouro são mais conhecidas como Tesouro Selic e são ideais para quem tem perfil conservador. Aliás, esse é o papel com menor risco do mercado.
Integrando a classe de títulos públicos do Tesouro Direto, esse produto financeiro é o mais seguro, porque nunca gera perdas em caso de resgate antecipado. Além disso, ele tem sua rentabilidade definida pela Selic, a taxa básica de juros da economia.
A questão é: essas características fazem esse investimento ser interessante para você? Para tomar a sua decisão, é necessário entender como funciona esse papel. Neste post, vamos explicá-lo e apresentar seus principais detalhes. Então, que tal conferir?
O que é um LFT?
LFT é um título público do Tesouro Direto que oferece uma rentabilidade igual à da taxa Selic. Ou seja, quanto mais elevados estiverem os juros de referência do mercado, mais você vai ganhar com o passar do tempo. O contrário também acontece. Devido a essa característica, a Letra Financeira do Tesouro também é informalmente conhecida como Tesouro Selic.
Esse é um investimento que integra a renda fixa, sendo que o papel é emitido pelo Tesouro Nacional. O dinheiro captado pelo governo federal serve para financiar atividades de infraestrutura, saúde, educação etc.
Mais do que saber o que é Tesouro Direto, também é necessário compreender as características das LFTs. De toda forma, esse é um produto financeiro que atende a diferentes tipos de perfil de investidor. Isso porque é altamente conservador e permite resgate antecipado sem perdas.
Qual a diferença entre LTN e LFT?
A diferença entre LTN e LFT é a rentabilidade. Enquanto a Letra do Tesouro Nacional tem um rendimento prefixado, a Letra Financeira do Tesouro varia de acordo com a Selic. Por isso, no primeiro caso, é definida uma taxa fixa em contrato e é isso que você ganhará, qualquer que seja o movimento do mercado. Já no caso de resgate antecipado, pode haver perdas.
Ou seja, na LTN pode ficar definido que você ganhará 4,5% ao ano. Se você mantiver o dinheiro aplicado até a data de vencimento, você receberá esse percentual.
Por outro lado, se fizer um resgate antecipado, sofrerá o efeito da marcação a mercado. Isso significa que você tem a chance de ganhar um pouco mais ou levemente abaixo do que o esperado de forma proporcional.
Na Letra Financeira do Tesouro, também há o impacto da marcação a mercado. A diferença é que a correção diária é feita pela Selic e nunca existiu uma taxa básica de juros negativa. Portanto, não são registradas perdas em caso de resgate antecipado.
Além disso, tanto LFT quanto LTN são títulos públicos conservadores. Por isso, o risco é bastante baixo e ambos são emitidos pelo Tesouro Nacional.
Como funciona o Tesouro Selic?
O Tesouro Selic funciona como um empréstimo ao governo, sendo que você recebe o capital inicial acrescido de juros, em contrapartida na data de vencimento. A rentabilidade é pós-fixada, sendo atrelada à variação da taxa básica de juros.
Como é a rentabilidade no Tesouro Selic
A rentabilidade no Tesouro Selic é pós-fixada, sendo vinculada à Selic. Portanto, na data de vencimento, você receberá a variação da taxa básica de juros. Ou seja, você nunca tem certeza de qual será a alíquota recebida, mas sabe que a remuneração será positiva.
Aqui, vale a pena lembrar que a taxa Selic é revista a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Portanto, ela pode aumentar ou diminuir conforme a necessidade da economia.
De modo geral, o governo aumenta a Selic quando há necessidade de controlar a inflação. Por sua vez, essa taxa é reduzida quando o objetivo é incentivar o consumo e estimular a economia.
Como é a liquidez da LFT
A liquidez da LFT é elevada, sendo que você pode fazer o resgate a qualquer momento. Não existe prazo de carência a cumprir. Ou seja, é possível sacar o dinheiro quando quiser, apenas é preciso cumprir 2 dias de operação.
Esse é o motivo pelo qual o Tesouro Selic é o produto financeiro mais indicado para colocar em prática a importância de ter uma reserva de emergência. Ainda tem a possibilidade de resgate antecipado sem perdas. Então, tudo contribui para essa finalidade.
Quais são os custos e a tributação da LFT
Os custos e a tributação da LFT se referem ao Imposto de Renda (IR) e ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No primeiro caso, segue-se a tabela regressiva, que vai de 22,5% (até 180 dias) a 15% (acima de 720 dias).
Por sua vez, o IOF só incide no caso de resgates antes de 30 dias. Assim, a alíquota aplicada varia de 96% (1 dia) a 3% (29 dias).
Em relação à taxa de corretagem, a maioria das corretoras de valores isenta essa cobrança. Ainda tem uma taxa da B3, a bolsa de valores brasileira, que faz a manutenção do sistema do Tesouro Direto. A alíquota é de 0,2% do saldo total das aplicações, mas as operações que totalizam menos de R$ 10 mil deixam de ser cobradas.
Qual é o prazo de resgate das Letras Financeiras do Tesouro
O prazo de resgate das Letras Financeiras do Tesouro é D+0 ou D+1. Ou seja, ocorrem no mesmo dia útil ou no seguinte. Isso depende do horário em que o saque for solicitado.
Caso o resgate seja solicitado até as 13h de um dia útil, o valor entra na conta da corretora de valores no mesmo dia. Se for depois desse horário, em finais de semana ou feriados, é depositado no próximo dia útil.
Qual é o investimento inicial do Tesouro Selic
O investimento inicial do Tesouro Selic é a partir de R$ 30, desde que o valor corresponda a 1% do título. Ou seja, se o lote total custar R$ 3 mil, o valor mínimo será de R$ 30. Caso esteja acima disso, o valor será ajustado para equivaler a 1% do título. Se estiver abaixo, custará R$ 30.
Quais são as vantagens da LFT?
- É possível fazer o resgate a qualquer momento, sem cumprir prazo de carência.
- É um título altamente seguro, sendo emitido pelo Tesouro Nacional.
- A rentabilidade é previsível, sendo que varia conforme a Selic.
- É a melhor opção para construir uma reserva de emergência.
- O recolhimento do IR é feito na fonte. Ou seja, você declara, mas não precisa pagar nada a mais.
- É possível investir a partir de R$ 30.
- O risco da LFT é baixo.
Quais são as desvantagens da LFT?
- A rentabilidade pode ser baixa, quando comparada a outros produtos financeiros.
- Há cobrança de IR.
- É possível ter perdas no resgate devido à tributação, se ele ocorrer em um prazo curto.
- Há incidência de taxa de custódia para aplicações acima de R$ 10 mil.
Quais são os riscos das Letras Financeiras do Tesouro?
- Risco de crédito.
- Risco de mercado.
1. Risco de crédito das Letras Financeiras do Tesouro
O risco de crédito se refere ao emissor. Nesse caso, a LFT é bastante segura, porque quem assegura o papel é a União. Assim, se for necessário, basta emitir papel-moeda para realizar o pagamento dos investidores. Além disso, o Brasil não tem histórico de calote da dívida pública, o que é um ponto positivo.
2. Risco de mercado das Letras Financeiras do Tesouro
Também chamado de risco sistêmico, implica duas possíveis situações. Uma delas é a catástrofe econômica, isto é, de uma piora muito grande na economia do país. Nesse caso, o título do Tesouro Selic passaria a valer muito pouco devido à alta inflação. Ou seja, haveria perda do poder de compra.
A segunda é o período prolongado de juros com alta da inflação. Isso geraria uma rentabilidade real negativa, o que significa que seu dinheiro vale menos. Portanto, também se perde o poder de compra.
Quando e como investir em Tesouro Selic?
Você pode investir em Tesouro Selic quando quiser, especialmente em períodos de alta da Selic ou no caso de formação da reserva de emergência. Assim, é indicado para quem busca segurança e liquidez. Para fazer a aplicação financeira, é necessário ter uma conta em uma corretora de valores confiável e ter acesso à plataforma do Tesouro Direto.
Passo a passo para investir em Tesouro Selic
Abra uma conta em uma corretora de valores confiável e com um time de assessores de investimento, como a InvestSmart.
Faça seu teste de suitability para verificar seu perfil de investidor.
- Analise seus objetivos financeiros, como reserva de emergência ou construção de patrimônio.
- Faça seu login na plataforma do Tesouro Direto.
- Verifique os títulos de Letras Financeiras do Tesouro disponíveis.
- Escolha aquele que atender às suas necessidades de investimento.
- Insira o valor que deseja aportar e verifique um possível ajuste da plataforma.
- Confirme a operação e aguarde a validação.
Seguindo esses passos, você conseguirá investir no Tesouro Selic com segurança. Ainda é possível contar com um assessor de investimentos, que fará toda a diferença na construção do seu patrimônio. Afinal, a LFT pode consolidar a sua carteira ou ser o primeiro passo para alcançar esse objetivo.
E você, quer ampliar seu conhecimento no mercado financeiro? Veja este guia do investimento a longo prazo e em quais ativos investir.
Resumindo
O que é um LFT?
Um LFT é um título público do Tesouro Direto emitido pelo Tesouro Nacional. Ele também é chamado de Tesouro Selic. Por isso, sua rentabilidade é pós-fixada e está vinculada à taxa básica de juros. A sigla significa Letra Financeira do Tesouro.
Qual a diferença entre LTN e LFT?
A diferença entre LTN e LFT é a rentabilidade. Na Letra do Tesouro Nacional, ela é prefixada, sendo que o resgate antecipado sofre marcação a mercado. Já na Letra Financeira do Tesouro, ela é pós-fixada e varia conforme a Selic. Nesse caso, não há riscos de perdas no saque antes do vencimento, porque há atualização diária feita com base na taxa básica de juros.
Qual o risco da LFT?
O risco da LFT é o de crédito e o de mercado. O primeiro se refere à possibilidade de não pagamento do emissor, mas essa chance é praticamente nula. Isso porque a União pode gerar mais papel-moeda, se necessário. O segundo se refere a situações de crise ou de alta prolongada dos juros com aumento da inflação. Isso geraria perda do poder de compra.