A importância de ter uma reserva de emergência
A pandemia do coronavírus vem afetando a vida de muita gente e instaurou um cenário de grande incerteza no mundo. Isso abalou a economia em escala global e fez diversas pessoas enfrentarem momentos difíceis. No entanto, quem já tinha um planejamento financeiro para situações emergenciais, encara o período com um pouco mais de tranquilidade. Imprevistos […]
A pandemia do coronavírus vem afetando a vida de muita gente e instaurou um cenário de grande incerteza no mundo. Isso abalou a economia em escala global e fez diversas pessoas enfrentarem momentos difíceis. No entanto, quem já tinha um planejamento financeiro para situações emergenciais, encara o período com um pouco mais de tranquilidade.
Imprevistos são a coisa mais normal de acontecer, não há como evitar e muito menos estar blindado a esse tipo de situação. É por isso que ter uma reserva de emergência funciona como uma forma de amenizar os danos.
O que é a reserva de emergência?
A reserva de emergência é uma quantidade de dinheiro guardado para momentos de urgência, como perda de emprego, necessidade de reparos na casa, problemas de saúde, entre outros. Esse montante é o que pode ajudar o indivíduo a superar esses períodos sem renda ou de gastos excedentes.
Por exemplo, imagine que você precisa de um procedimento cirúrgico de emergência e o seu plano de saúde ainda está em período de carência. Não há como esperar e é preciso pagar pela cirurgia e a anestesia. Ambos são gastos altos e se você não tiver uma reserva financeira para situações inesperadas como essa, pode precisar adquirir empréstimos com juros altos e uma dívida futura que é capaz de virar uma bola de neve.
Como criar uma reserva de emergência?
O principal motivo de ter uma reserva de emergência é a segurança futura que ela proporciona. Mesmo para as pessoas que possuem investimentos financeiros, o primeiro passo, antes de buscar por rentabilidade e diversificação da carteira, deve ser construir um estoque de capital para os imprevistos.
Existem alguns pontos importantes no momento da criação de uma reserva de emergência. São eles:
- Organização – Ela é indispensável em qualquer tipo de planejamento, principalmente quando é referente ao futuro. É preciso organizar as suas contas e entender duas coisas: quanto você ganha (valor descontado dos impostos) e quanto você gasta (incluindo todo dinheiro que sai – luz, aluguel, alimentação, cartão de crédito, etc). Depois de colocar na ponta do lápis todo dinheiro que entra e sai, fica simples planejar as finanças e cortar despesas desnecessárias.
- Definição do valor a ser poupado – Agora que você já sabe os seus custos mensais corretamente, é hora de estipular uma meta do valor a ser guardado todo mês. É fundamental que o valor seja realista, ou seja, possa ser alcançado.
- Aplicação – Nessa etapa, todo conhecimento é bem-vindo! Investir demanda lucidez e consciência, por isso definir o seu perfil e objetivo é o passo mais importante. Escolha por uma aplicação que esteja adequada as suas condições e preferências.
- Foco – Por último, e não menos importante, mantenha-se firme e forte nesse objetivo. Tenha determinação e persistência nas aplicações. Só assim será possível construir uma reserva de emergência sólida.
Quanto devo ter de reserva?
Cada indivíduo terá um tamanho de reserva referente ao patrimônio que possui, dessa forma, esse é um ponto particular e que varia de pessoa para pessoa, de acordo com o seu padrão de vida. Não existe regra para o período de cobertura dos gastos, mas recomenda-se pensar ao menos em 6 meses de despesas se você não tem tantas responsabilidades com terceiros. Assim teríamos o seguinte cenário: supondo que uma pessoa possui R$ 4 mil de despesa mensal e queira uma quantia equivalente a 6 meses de gastos, chegamos ao total de R$ 24 mil de reserva de emergência.
Como investir na reserva de emergência?
O investidor deve optar por aplicações que apresentem uma volatilidade menor, além de estar atento a sua liquidez. No primeiro caso, referente a volatilidade do investimento financeiro, o investidor deve buscar as operações com menores oscilações. Dessa forma, ele diminui as chances de ter surpresas negativas no momento de retirada do capital. Já em relação à liquidez, ela se faz necessária, porque o investimento deve apresentar uma flexibilidade na hora de recolher o montante, ou seja, permitir a retirada a qualquer momento.
Qual investimento devo escolher?
Partindo dos princípios anteriores, de liquidez e baixa volatilidade, existem alguns investimentos em renda fixa que se enquadram como alternativas para aplicar o montante da reserva de emergência. São eles:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário) que possua liquidez diária e rendimento de mais de 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
- Tesouro Direto Selic – título público que autoriza o investidor a resgatar a aplicação diariamente e o dinheiro cai na conta no dia seguinte.
- Fundos de investimento que tenham prazos de resgate curtos, como D+0 (resgate no mesmo dia) e D+1 (resgate um dia útil após o pedido).
Conclusão
Não há nada melhor do que respirar aliviado após ter tido condições de lidar com os imprevistos. Mas, infelizmente, o brasileiro é conhecido por não ter a cultura de poupar dinheiro e quando pensamos nos jovens, isso acontece menos ainda. São poucos os que possuem um planejamento para eventualidades ou para o futuro. Por isso, como vimos nesse artigo, é crucial estar atento aos momentos difíceis que podem surgir e ter uma reserva de emergência.