QBTC11: conheça o primeiro ETF 100% Bitcoin da América Latina
Quer investir em Bitcoin pela Bolsa? Entenda tudo sobre o QBTC11, seus benefícios, riscos e se ele é ideal para sua carteira.

Investir em Bitcoin já foi um universo restrito aos entusiastas de tecnologia e criptoativos, mas com a popularização das criptomoedas, novas formas de acesso surgiram, como o QBTC11, o primeiro ETF de Bitcoin da América Latina. Ele oferece uma maneira segura, regulamentada e acessível de investir na criptomoeda mais famosa do mundo, sem a necessidade de carteiras digitais ou plataformas estrangeiras.
Se você quer entender como funciona o QBTC11 e busca alternativas para diversificar seus investimentos com exposição ao Bitcoin, este artigo é para você. Vamos explicar sua estrutura, vantagens, riscos e tudo mais que você precisa saber para decidir se vale a pena investir.
O que é o QBTC11?
O QBTC11 é um ETF (Exchange Traded Fund), ou fundo de índice, que busca refletir o desempenho do Bitcoin, por meio de uma estratégia de gestão passiva. Isso significa que o fundo não tenta superar o mercado, mas sim acompanhar o índice de referência da criptomoeda, o CME CF Bitcoin Reference Rate um índice amplamente reconhecido, publicado pelo grupo Chicago Mercantile Exchange (CME).
O ETF é gerido pela QR Asset Management, uma gestora brasileira especializada em ativos digitais. O fundo está listado na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, sob o código QBTC11.
Como funciona o QBTC11?
Na prática, o QBTC11 investe o seu patrimônio em Bitcoin ou em fundos que compram diretamente a criptomoeda. A pequena parcela restante fica em caixa, em dólares e reais, para manter a liquidez do fundo e facilitar operações.
A ideia é permitir que o investidor brasileiro tenha exposição direta ao preço do Bitcoin sem precisar, de fato, comprar e guardar a moeda digital. Isso elimina a necessidade de lidar com exchanges de criptoativos, carteiras digitais (wallets) e os riscos associados à segurança desses ativos.
Por que o QBTC11 foi criado?
O objetivo do QBTC11 é democratizar o acesso ao Bitcoin e torná-lo um ativo disponível para qualquer investidor que já esteja familiarizado com o ambiente da Bolsa de Valores.
O fundo também atende à crescente demanda por alternativas de investimento que ofereçam exposição a ativos globais e disruptivos, como é o caso das criptomoedas.
A criação do QBTC11 também responde à necessidade de uma opção regulada e segura de investimento em Bitcoin. Afinal, apesar de o mercado cripto ter avançado bastante, ainda há muitas incertezas quanto à segurança, fraudes, e a complexidade envolvida nas transações com criptoativos.
O QBTC11 paga dividendos?
Uma dúvida muito comum entre investidores iniciantes (e até experientes) que estão se aproximando do mundo dos ETFs, especialmente aqueles atrelados a criptomoedas, é: o QBTC11 paga dividendos? E a resposta direta é não, o QBTC11 não distribui dividendos aos seus cotistas.
Mas calma, isso não significa que o investimento deixa de ser atrativo. Pelo contrário: essa característica está diretamente relacionada ao modelo de funcionamento do fundo. Como o objetivo do QBTC11 é replicar a variação de preço do Bitcoin por meio de uma gestão passiva, toda a valorização do ativo é incorporada diretamente ao valor da cota.
Ou seja, quando o Bitcoin sobe, o valor da cota do QBTC11 tende a subir junto, e o investidor se beneficia dessa alta por meio da valorização do patrimônio, e não de pagamentos periódicos.
Além disso, vale lembrar que o próprio Bitcoin também não paga dividendos. Ele é um ativo digital cujo retorno está exclusivamente atrelado à sua valorização no mercado. Logo, não faria sentido que um ETF que espelha esse comportamento distribuísse dividendos.
Portanto, se você está buscando uma fonte de renda passiva recorrente, como pagamentos mensais ou trimestrais, o QBTC11 pode não ser a melhor alternativa. Por outro lado, se a sua intenção é se expor ao potencial de valorização da principal criptomoeda do mundo, mas dentro de um ambiente regulado, como a B3, o QBTC11 pode sim ser uma escolha interessante, mesmo sem distribuição de dividendos.
Vantagens do QBTC11
Se você tem curiosidade em investir em Bitcoin, mas não quer lidar com toda a parte técnica das criptomoedas, o QBTC11 pode ser uma boa porta de entrada. Ele oferece praticidade e ainda pode ajudar a diversificar sua carteira de investimentos.
1. Acessibilidade
Uma das principais vantagens do QBTC11 é o preço da cota. Com valores negociados abaixo de R$10, o ETF permite que qualquer investidor, mesmo com pouco capital, possa se expor ao desempenho do Bitcoin. Isso favorece a diversificação da carteira sem comprometer grandes quantias.
2. Segurança e regulamentação
Ao contrário da compra direta de Bitcoin em exchanges, o investimento via QBTC11 segue regras estabelecidas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e está dentro do ambiente regulado da B3. Isso garante maior segurança jurídica ao investidor.
3. Simplicidade
Investir no QBTC11 é como comprar uma ação: você entra na sua corretora, digita o ticker, define o valor e envia a ordem. Todo o processo é familiar, rápido e muito mais simples do que abrir conta em uma exchange e aprender sobre chaves criptográficas.
4. Custódia profissional
Com o QBTC11, o investidor não precisa se preocupar em guardar Bitcoins ou correr riscos como perder a senha da carteira digital. A custódia dos ativos é feita por empresas especializadas, o que reduz significativamente o risco operacional.
5. Taxas competitivas
A taxa de administração do QBTC11 é de 0,75% ao ano, bem inferior ao custo de fundos multimercado que também investem em criptoativos (esses chegam a cobrar até 2% ao ano). Essa taxa mais baixa é possível graças à gestão passiva do fundo.
6. Liquidez
O QBTC11 é o ETF de Bitcoin mais negociado na B3, com alta liquidez. Isso significa que é fácil comprar ou vender cotas do fundo, mesmo em momentos de maior instabilidade do mercado.
Desvantagens e limitações do QBTC11
Apesar das vantagens, o QBTC11 não é uma solução perfeita. Como qualquer investimento, ele possui riscos e limitações, que devem ser levados em consideração antes da decisão de compra.
1. Impostos
Diferente de ações, o QBTC11 não possui isenção de IR para vendas mensais abaixo de R$20 mil. Qualquer lucro obtido com a venda das cotas deve ser tributado em 15% sobre o ganho de capital, exigindo apuração mensal e pagamento via DARF.
2. Sem as vantagens diretas do Bitcoin
Ao investir no ETF, você não está comprando Bitcoin diretamente. Isso significa que você não poderá fazer transações em Bitcoin, nem aproveitar recursos como transferências internacionais baratas, anonimato e uso de contratos inteligentes.
3. Risco de mercado
A exposição ao Bitcoin traz o famoso risco da volatilidade. O preço da criptomoeda é extremamente sensível às notícias, regulações e especulações. Isso se reflete diretamente no valor das cotas do QBTC11.
4. Risco cambial
Como o Bitcoin é cotado em dólar, oscilações da moeda americana também afetam o valor das cotas. Se o dólar se desvalorizar frente ao real, o preço do QBTC11 pode cair, mesmo que o Bitcoin esteja estável.
5. Sem garantia do FGC
O QBTC11, como todos os ETFs listados na B3, não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Isso significa que não há garantia de proteção ao capital investido, nem rentabilidade mínima.
Como comprar cotas do QBTC11?
Comprar o QBTC11 é bastante simples:
- Abra conta em uma corretora com acesso à B3 (como XP, BTG, Clear, NuInvest, entre outras).
- No home broker ou aplicativo da corretora, busque por QBTC11.
- Escolha a quantidade de cotas desejada e envie a ordem de compra.
- Se quiser agilizar a execução, você pode optar por uma ordem a mercado, que compra imediatamente pelas melhores ofertas disponíveis.
A operação é concluída em poucos minutos e você verá as cotas do ETF na sua carteira, como qualquer outro ativo da bolsa.
Quem deve investir no QBTC11?
O QBTC11 é ideal para:
- Investidores que desejam diversificar a carteira com criptoativos, mas não querem lidar com a complexidade das exchanges.
- Pessoas que têm interesse no Bitcoin, mas ainda não confiam na custódia pessoal da moeda digital.
- Quem deseja investir com pouco dinheiro, já que as cotas são acessíveis.
- Investidores com perfil de risco moderado a agressivo, pois o fundo está exposto à volatilidade característica do Bitcoin.
Por outro lado, não é recomendável para investidores ultraconservadores ou para quem espera rendimentos fixos e previsíveis. A variação do Bitcoin pode ser intensa e causar perdas no curto prazo.
Comparativo com outros fundos cripto
O QBTC11 não está sozinho no mercado. Outro ETF bastante conhecido é o BITH11, que também tem como foco o Bitcoin. Ambos têm estruturas semelhantes, com taxa de administração em torno de 0,70% ao ano. Porém, o QBTC11 é mais antigo e tem maior volume de negociação e liquidez, o que o torna uma escolha mais interessante para quem preza por facilidade de entrada e saída.
Já fundos multimercado com exposição ao Bitcoin, como o HASHDEX Criptoativos, cobram taxas maiores, têm menos liquidez e nem sempre entregam o desempenho equivalente ao do Bitcoin.
Vale a pena investir no QBTC11?
Se você quer investir em Bitcoin com segurança, praticidade e baixas taxas, o QBTC11 pode ser uma das melhores portas de entrada no universo cripto. Ele elimina boa parte da complexidade da compra direta da moeda digital, além de oferecer um caminho legal e regulamentado para quem deseja se expor a esse mercado.
Claro, é fundamental lembrar que o investimento em Bitcoin, mesmo via ETF, ainda é renda variável e altamente volátil. Isso exige planejamento, cautela e um bom entendimento do seu perfil de risco.
Mas, para muitos investidores brasileiros, o QBTC11 representa a união perfeita entre inovação e segurança, duas palavras que raramente andavam juntas no universo das criptomoedas até pouco tempo atrás.
Se a ideia de investir em Bitcoin sempre te atraiu, mas o medo ou a dificuldade te seguraram, talvez o QBTC11 seja o passo mais natural e seguro para começar.
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Disclaimer: Este conteúdo tem caráter informativo e não constitui uma recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos. Antes de investir, avalie seu perfil de investidor e, se necessário, busque orientação de um profissional qualificado.