Bitcoin 2025: Dominância e previsões de mercado BTC
Conhecer a história e os fundamentos do Bitcoin (BTC) equivale, essencialmente, a uma introdução sobre a origem das moedas virtuais, que hoje tanto impactam o mercado financeiro. Trata-se de uma jornada marcada pela inovação, mudança de paradigmas e, sem dúvida, pela aura enigmática e cheia de mistérios. A primeira criptomoeda de seu tipo, criada há […]

Conhecer a história e os fundamentos do Bitcoin (BTC) equivale, essencialmente, a uma introdução sobre a origem das moedas virtuais, que hoje tanto impactam o mercado financeiro. Trata-se de uma jornada marcada pela inovação, mudança de paradigmas e, sem dúvida, pela aura enigmática e cheia de mistérios.
A primeira criptomoeda de seu tipo, criada há 15 anos, vem conquistando novos recordes de valorização. Recentemente, alcançou um marco histórico ao ultrapassar a marca de 94 mil dólares pela primeira vez. Com uma cotação de US$ 94.291, seu valor mais do que dobrou em 2024, alimentando grande otimismo entre os investidores.
Mais adiante, o Melhor Investimento explora detalhes fundamentais relacionados à moeda digital mais reconhecida do mundo, incluindo aspectos como sua concepção, surgimento e perspectivas para o mercado futuro.
O que é o Bitcoin?
O Bitcoin trata-se de uma moeda digital que opera como uma forma de dinheiro eletrônico descentralizado. Considerado a primeira criptomoeda descentralizada, o BTC é pioneiro na utilização da tecnologia blockchain, uma espécie de livro de registros enorme de transações.
Ao contrário das moedas tradicionais, como o dólar ou o euro, o Bitcoin não é emitido ou controlado por uma entidade central, ou governo. Em vez disso, é administrado de forma descentralizada, e gerado por um processo chamado mineração, feito pela própria comunidade participante da rede.
Desta forma, as transações envolvendo Bitcoins dispensam intermediários, viabilizando que usuários enviem e recebam dinheiro em qualquer lugar do mundo, sem precisar de um banco ou instituição financeira.
Como surgiu a criptomoeda Bitcoin?
O Bitcoin foi concebido em 31 de outubro de 2008, quando uma “entidade” conhecida apenas pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto publicou um white paper em uma lista de discussão sobre criptografia.
O documento de apresentação detalha basicamente os princípios e o funcionamento básico da criptomoeda, descrito como um novo sistema de dinheiro eletrônico totalmente peer-to-peer, sem a necessidade de “terceiros confiáveis”.
Embora o Bitcoin tenha sido concebido no final de 2008, o primeiro bloco da sua blockchain só foi minerado em 3 de janeiro de 2009.
Quem criou o Bitcoin?
Satoshi Nakamoto é o codinome por trás da criação do Bitcoin – utilizado na publicação do White Paper –. Apesar da influência indiscutível, não se sabe ao certo quem é Nakamoto. Em suma, o pseudônimo pode representar tanto uma pessoa, como um grupo de programadores.
Desde a criação do BTC, a identidade real de Nakamoto tem sido objeto de muita especulação e continua sendo um enigma até hoje. O último registro público ou atividade conhecida de Nakamoto data de mais de 13 anos atrás, em 2010.
Naquele ano, o criador ou os criadores, supostamente deixaram o Bitcoin, o transferindo para alguns membros de importância da comunidade BTC.
Qual a proposta com a criação da moeda Bitcoin?
De forma geral, a proposta de Nakamoto com o lançamento Bitcoin, foi disponibilizar uma moeda descentralizada, escassa, segura, e que permite transações anônimas. Conforme o documento de apresentação do BTC, a criação da moeda fundamentou-se nos seguintes aspectos:
– Descentralização: a emissão da moeda virtual, bem como o registro e validação de suas transações, não são realizados por Bancos Centrais, o que deixa a rede independente de quaisquer autoridades governamentais. Tais processos ficam a cargo da própria comunidade por meio da tecnologia blockchain;
– Peer-to-peer: a mudança do paradigma existente fica a cargo do modelo peer-to-peer (“ponto a ponto”), onde as transações são conduzidas diretamente entre os usuários, eliminando a necessidade de um intermediário central. Nas redes P2P, cada nó pode atuar tanto como cliente quanto como servidor. Isso permite que os dados sejam compartilhados diretamente entre os sistemas na rede sem a necessidade de um servidor central.
– Oferta Finita: o Bitcoin foi idealizado por Nakamoto com um limite máximo de 21 milhões de moedas, com o objetivo de criar uma moeda escassa que pudesse valorizar ao longo do tempo. Estima-se que esse teto será atingido por volta do ano 2140, levando em conta que o halving – evento que reduz o volume de moedas emitidas – ocorre aproximadamente a cada quatro anos.
– Proof-of-work: a Prova de Trabalho – traduzindo o termo para o português – refere-se ao algoritmo baseado em blockchain utilizado para proteger a rede e validar suas transações. Estamos falando essencialmente do processo de mineração, que previne, sobretudo, o problema do gasto duplo, onde uma mesma moeda é utilizada mais de uma vez.
– Anonimato: a rede oferece anonimato aos seus participantes. Embora todas as transações sejam registradas em um livro-razão público digital (blockchain), os nomes dos participantes não são revelados; apenas os endereços de suas carteiras são visíveis.
Possíveis motivações de Nakamoto para criar o BTC
Ainda há aqueles que interpretam a criação do Bitcoin como uma manifestação política intrínseca, com base em “rastros” deixados por Nakamoto, que sustentariam essa perspectiva.
Nakamoto deixou uma mensagem criptografada no bloco inicial, conhecido como Gênese, que dizia “Chancellor on brink of second bailout for banks”. Esta frase, traduzida para o português como “Chanceler à beira do segundo resgate aos bancos”, faz referência à manchete do jornal britânico The Times daquele dia 3 de janeiro de 2009.
A interpretação comum é que essas palavras revelam as motivações por trás da criação da criptomoeda por Nakamoto. Nesta perspectiva, uma grande adoção do Bitcoin poderia potencialmente minar o domínio dos bancos e governos sobre a política monetária, considerando a ausência de uma entidade centralizada capaz de emitir a moeda, em contraste com os sistemas financeiros convencionais.
Como minerar Bitcoin?

Em síntese, a mineração refere-se ao processo de registro e validação das operações no blockchain. Esse método garante a segurança das transações de Bitcoin, confirmando e adicionando-as à rede.
Em meio ao processo, os mineradores competem para resolver um algoritmo de segurança em cada transação. Aquele que resolve primeiro ganha a corrida.
Inicialmente, qualquer pessoa com um computador razoavelmente poderoso podia minerar Bitcoin. No entanto, nos dias atuais, é necessário utilizar equipamentos específicos conhecidos como circuitos integrados de aplicação específica (ASIC).
Nesse contexto, o processo envolve tentativa e erro, exigindo um poder computacional expressivo para resolver os cálculos complexos associados à mineração de Bitcoin. Para se ter uma ideia, atualmente há fazendas que reúnem diversos computadores, exclusivamente destinados a essa tarefa.
Como funcionam as recompensas?
A cada bloco validado e adicionado com sucesso ao blockchain, o minerador responsável por essa ação recebe uma certa quantidade de bitcoins como recompensa. Diante do halving de 2024, a cada acerto recebe-se 3,125 unidades de Bitcoin.
Essa remuneração funciona como um estímulo para os mineradores dedicarem seus recursos computacionais à manutenção da segurança e integridade da rede. Em resumo, é uma estratégia para encorajar o engajamento contínuo dos mineradores na proteção do sistema.
Quanto vale um Bitcoin?
Quando começou a ser negociado o Bitcoin valia literalmente centavos de dólar. No entanto, como bem se sabe, a criptomoeda virou uma febre. Após pouco mais de 4 anos de seu lançamento, o valor do BTC aumentou expressivamente, registrando um crescimento de 5.952,63% ao longo dos doze meses de 2013, alcançando a marca de US$ 805, em 31 de dezembro daquele ano.
Em março de 2024, a criptomoeda alcançou sua maior alta histórica até então, ultrapassando a marca dos US$ 73 mil. No início do mês seguinte, esse cenário quase se repetiu, com as negociações chegando a ultrapassar os US$ 72 mil no dia 8 de abril.
Em novembro, a cotação da mais valiosa cripto do mercado alcançou novos patamares, impulsionada pela confirmação da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. O otimismo dos investidores foi renovado pela possibilidade de que seu governo adote uma postura mais favorável às criptomoedas.
Na terça-feira, 12 de novembro, o Bitcoin atingiu um pico de US$ 89.982, antes de recuar para US$ 87.541 por volta das 8h50 (horário de Brasília). Ao final do mesmo mês, a criptomoeda registrou uma cotação recorde de US$ 94.291, um patamar nunca antes atingido em sua história.
Dominância BTC
No mercado de criptomoedas, a dominância do Bitcoin é um indicador que revela sua relevância em relação ao mercado como um todo. Esse índice é calculado dividindo o valor de mercado do Bitcoin pelo valor de mercado total das 125 maiores criptomoedas, e o resultado é expresso em porcentagem.
Essa métrica é fundamental para avaliar o peso do Bitcoin no ecossistema cripto, funcionando como um termômetro de sua influência e popularidade em relação às demais moedas digitais. Atualmente, de acordo com dados da Coinbase, o Bitcoin domina 57,4% do mercado, enquanto o Ethereum representa 12,7% e as demais criptomoedas somam os 29,9% restantes.
Confira o gráfico de dominância do BTC nos últimos 11 anos, em comparação com outras criptomoedas de destaque no mercado.

O gráfico de dominância, frequentemente utilizado para visualizar essa relação ao longo do tempo, oferece insights sobre tendências do mercado. Quando a dominância do Bitcoin aumenta, geralmente reflete uma maior preferência dos investidores pela criptomoeda mais consolidada, muitas vezes em detrimento de altcoins. Já uma queda na dominância pode indicar um crescimento no interesse por outros ativos digitais ou um aumento na diversificação do mercado.
Como é determinado o preço do Bitcoin?
Assim como muitos ativos do mercado financeiro, o preço do Bitcoin é determinado principalmente pela famigerada lei da oferta e demanda. Em termos simples, este conceito básico da economia diz que, quando a demanda é alta e a oferta é limitada, o preço tende a subir, e quando a demanda é baixa e a oferta é alta, o preço tende a cair.
Apesar disso, é importante ressaltar que a cotação do Bitcoin é uma questão complexa e dinâmica, influenciada por uma variedade de fatores. Primeiramente, a oferta limitada de Bitcoin desempenha um papel fundamental.
O protocolo do Bitcoin estabelece um limite máximo de 21 milhões de moedas, o que significa que a oferta é finita e pré-determinada. Essa escassez relativa pode influenciar a percepção de valor e, consequentemente, o preço.
Em síntese, o preço do BTC é determinado pela interação entre oferta e demanda, percepção de valor e alta volatilidade, fora os eventos externos que costumam ter grande influência no mercado de criptos, como foi o recente referente a vitória de Trump nos EUA. Esses fatores trabalham juntos para criar um mercado dinâmico e em constante mudança, tornando difícil prever com precisão o preço futuro do ativo.
Como comprar Bitcoin hoje?
Se você já realizou uma pesquisa detalhada junto ao seu assessor financeiro, alinhou o potencial investimento com seus objetivos, certificando-se de uma boa tomada de decisão, comprar Bitcoin é um procedimento bem simples.
A forma mais popular é através das chamadas exchanges (corretoras de criptomoedas). Em geral, o processo vai envolver o seguinte passo a passo:
- Primeiro, você precisa abrir uma conta em uma exchange. Algumas opções conhecidas incluem Binance, Mercado Bitcoin, NovaDAX, Bitso e Foxbit. Para abrir a conta, geralmente são necessários documentos de identificação e comprovante de residência.
- Após abrir a conta, o próximo passo é depositar dinheiro na corretora
- Com o dinheiro depositado, você pode escolher o Bitcoin entre todas as moedas disponíveis e comprar uma fração. Lembre-se, o Bitcoin pode ser dividido até 0,00000001.
Como gerenciar sua carteira de Bitcoins
Por ser hoje, muito mais considerado mais uma forma de investimento, do que propriamente uma moeda, utilizado como uma forma de diversificação da carteira.
A criptomoeda pode ser vendida quando for necessário. Se você decidir vender seus Bitcoins, pode acessar seu saldo em Bitcoins na corretora e colocar a quantidade que deseja vender.
Em geral, quem possui Bitcoins costuma manter-se atualizado sobre as tendências do mercado e monitorar o valor da moeda regularmente. Isso pode ajudar a tomar decisões informadas sobre quando comprar ou vender. A grosso modo, as estratégias variam conforme a meta de cada investidor.
ETFs de criptomoedas
Os ETFs (Exchange Traded Funds) de criptomoedas representam outra opção para investir em Bitcoin e outras. Para tal, você precisa abrir uma conta em uma corretora de valores. Existem mais de 100 corretoras de valores no Brasil.
Uma vez que você tenha uma conta em uma corretora de valores, você pode comprar ETFs de criptomoedas diretamente na Bolsa de Valores, assim como você faria com uma ação. Vale informar que a compra geralmente incide em pagamentos relacionados às taxas de corretagem e de custódia para as corretoras, além dos encargos da B3 (Bolsa de Valores do Brasil).
Hashdex Bitcoin FIM
Um exemplo marcante de fundo de investimento em Bitcoin é o Hashdex Bitcoin FIM, um fundo passivo projetado para oferecer exposição de quase 100% ao ativo.
A Hashdex, pioneira no segmento de criptoativos desde 2018, destaca-se por proporcionar acesso seguro e regulado a esse mercado. Entre suas conquistas estão o lançamento do primeiro ETF de criptoativos do mundo e do primeiro ETF da B3, além da criação, em parceria com a Nasdaq, do Nasdaq Crypto Index, referência global para o mercado de ativos digitais.
Halving do Bitcoin

A famigerada BTC atraiu ainda mais holofotes por conta de um evento com significativa capacidade de influenciar o mercado de criptomoedas: o halving. Em suma, o evento, que reduz pela metade a emissão do ativo digital, é aguardado com grande expectativa devido ao seu potencial impacto no mundo de investimentos.
Este evento é programado no protocolo da criptomoeda, ocorrendo a cada 210.000 blocos minerados, equivalentes há cerca de quatro anos. A redução na recompensa implica em menos bitcoins entrando na economia, já que a compensação aos mineradores é a única forma de introdução de BTCs. Dessa forma, se a demanda por Bitcoin permanecer estável ou aumentar, a diminuição na oferta pode resultar em uma valorização da criptomoeda.
Após cada halving do Bitcoin, o preço tende a subir. No segundo halving, ocorrido em 2016, apesar de uma queda inicial de 10%, houve uma recuperação seguida por um aumento de 284% nos 365 dias seguintes, com um impressionante aumento de 8.000% de acordo com dados da CoinLedger.
Em 2020, o preço médio do Bitcoin aumentou em 224%. O último ocorreu precisamente no dia 19 de abril de 2024, reduzindo a remuneração para 3,125 unidades de Bitcoin, limitando ainda mais a oferta.
É importante destacar que o impacto do halving não pode ser previsto com precisão, já que vários outros fatores também influenciam o preço da criptomoeda. Além disso, o histórico dos halvings anteriores não assegura que os mesmos resultados serão reproduzidos no futuro.
- Leia também: Por quê o Bitcoin não subiu no pós halving?
Previsão do Bitcoin para 2025
Em sua mais recente análise, a Changelly prevê que o Bitcoin deverá apresentar um preço mínimo de US$ 100.466,74 e um máximo de US$ 101.103,99 em 2025. A plataforma estima que o preço médio da criptomoeda nesse ano será de US$ 99.829,48
Em entrevista ao portal EuQueroInvestir, Leonardo Gonçalves, assessor de renda variável da EQI Investimentos, afirmou que o futuro do Bitcoin é promissor, destacando fatores como a facilidade de investimento, a alta liquidez e um ambiente regulatório favorável, especialmente nos Estados Unidos.
Segundo Gonçalves, a eleição de um governo com políticas pró-cripto e a possível criação de uma reserva estratégica em Bitcoin reforçam seu papel como uma reserva de valor global. Apesar da liderança projetada para o Bitcoin, ele também aponta o potencial de crescimento de altcoins como Ethereum, Solana e Ondo, impulsionadas pelo aumento da liquidez global e pela migração dos investidores para ativos de maior risco.
O Impacto político de Trump no mercado de criptomoedas
Ainda no campo das perspectivas futuras, não pode-se deixar de falar do segundo mandato de Donald Trump, que potencialmente ocasionará um impacto no cenário das criptomoedas. Desde sua campanha, Trump manifestou apoio às moedas digitais, prometendo transformar os Estados Unidos na “capital cripto do mundo” e sugerindo até a criação de um estoque nacional de Bitcoin.
A eleição de Trump impacta diretamente as expectativas dos investidores em criptomoedas, No cenário atual, muitos esperam que, com a possível substituição de Gary Gensler na presidência da SEC, haja uma regulamentação mais favorável e menos restritiva para o setor.
“Com o novo governo, os investidores de criptomoedas estão mais otimistas sobre a possível flexibilização das regulamentações, o que pode resultar em um mercado mais aberto e inovador”, disse Justin D’Anethan, chefe de desenvolvimento de negócios na Ásia-Pacífico da Keyrock, uma empresa de criação de mercado de ativos digitais.
A promessa de Trump de apoiar a indústria de criptomoedas pode marcar um ponto de inflexão importante para o mercado, incentivando um maior engajamento de investidores e até de outros países com o Bitcoin e demais moedas digitais.
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