Montar uma carteira de ações pode ser comparado à escolha dos jogadores de um time de futebol. Quer dizer, você deve selecionar aqueles com melhor desempenho em campo e diversificar habilidades, experiência e popularidade dos atletas. Isso aumenta as chances de obter bons resultados no campeonato.

Da mesma forma, diversificar o portfólio de investimentos diminui os riscos de depender apenas de um deles. Ao variar as empresas e suas atuações, os possíveis prejuízos de uma podem ser compensados pelos ganhos de outras.

Quer saber como montar uma carteira de ações e quais aspectos você deve considerar durante esse processo? Continue conosco e saiba mais sobre o assunto!

O que é uma carteira de ações?

Uma carteira de ações é a combinação de ações escolhidas por um investidor. É como um prato de refeição com diferentes alimentos: carboidratos, fibras, proteínas, entre outros.

Do mesmo jeito, nesse portfólio, é possível unir ativos de empresas diferentes em busca do equilíbrio entre risco e rentabilidade. O objetivo dela é diversificar seus investimentos para potencializar os ganhos. 

O propósito da variação de produtos financeiros na montagem, com companhias de ramos e tamanhos diferentes, é não arriscar o capital somente em uma área específica. Com a multiplicidade de opções, são menores as chances de que todos os ativos adquiridos pelo investidor sejam depreciados.

A ideia é que, ao longo do tempo, as corporações investidas cresçam e façam o valor das ações aumentar. Mas também há alternativas, como os dividendos, que podem gerar rendimentos em períodos mais cursos.

Por isso, ao montar a carteira de ações é necessário considerar seus objetivos de curto, médio e longo prazo. A seguir, entenda mais detalhes!

Curto prazo

Se você quer investir por um período curto para ter o dinheiro em alguns dias, considere as ações mais negociadas na bolsa de valores, ou seja, as de melhor liquidez. Assim, fica mais fácil comprar e vendê-las com rapidez.

Porém, comprar e vender ações no mesmo dia para lucrar com variações de preço — estratégia chamada Day Trade — envolve mais riscos. Afinal, pequenas mudanças nos preços dos ativos podem levar a grandes prejuízos. Logo, é importante saber se esse tipo de operação combina com o perfil de quem pretende executá-la.

Médio prazo

Para investir por meses ou anos, pode ser interessante escolher ações negociadas com frequência na bolsa de valores e com boas perspectivas de crescimento. Você fica por dentro disso com análises do mercado, notícias econômicas e informações divulgadas pelas próprias empresas.

Também considere investir em ações de empresas menores, conhecidas como small caps, com potencial de crescimento expressivo. Desse jeito, o valor das ações investidas pode aumentar consideravelmente.

Longo prazo

Se você quer construir um patrimônio ao longo dos anos, vale a pena procurar ações de empresas sólidas e com chances de valorização futura. Também é válido cogitar empresas que costumam pagar dividendos, parte dos lucros obtidos, regularmente. Ou mesmo companhias que optem por outras formas de provento.

Quais são os tipos de ações?

Existem dois tipos principais de ações, as ordinárias (ON) e as preferenciais (PN). Saiba mais sobre cada um!

Ações ordinárias (ON)

As ações ordinárias são títulos que dão direito a voto nas assembleias das empresas para seus proprietários. Com isso, os investidores conseguem participar das decisões importantes da empresa, como a escolha dos administradores e a aprovação de novas estratégias.

Ações preferenciais (PN)

As ações preferenciais são chamadas assim por terem prioridade no recebimento dos dividendos e dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP), se houver. Em caso de liquidação da empresa, os detentores de PNs também são preferenciais na ordem de pagamento da restituição. Porém, esses papéis não concedem direito a voto nas assembleias.

Quantas ações é ideal ter na carteira?

Não existe uma definição acerca desse número, uma vez que ele varia conforme alguns fatores tais quais o nível de experiência do investidor. No entanto, de modo geral, é possível apontar o volume de 15 ativos como o número ideal de ações na carteira para pessoa física. Essa quantidade permite a diversificação.

Ao mesmo tempo, o dono do portfólio deve ter cuidado para não exagerar na quantidade, porque isso pode dificultar o estudo e o acompanhamento dos investimentos.

Então, o principal é aliar o volume adequado de ações com a busca de empresas com comportamentos diferentes no mercado, não tendo uma forte correlação entre si. Isso significa escolher ativos de setores diferentes como tecnologia e saúde. Assim, as oscilações dos papéis serão completamente distintas.

Quais são as vantagens de uma carteira de ações?

Montar uma carteira de ações oferece diversas vantagens, que devem ser conhecidas para você decidir se o investimento vale a pena. Acompanhe!

Potencial de lucro

As ações podem proporcionar ganhos significativos ao longo do tempo, caso a empresa cresça e tenha bons resultados financeiros. Então, com um bom planejamento e escolhas adequadas, o investidor tem a possibilidade de conseguir retornos atrativos.

Participação em empresas

Ao comprar ações, o investidor adquire uma parcela de propriedade da empresa. Então, ele se torna um acionista, tendo direito a participar das assembleias e votar em decisões importantes — caso as ações investidas sejam ordinárias.

Liquidez

As carteiras de ações podem contar com os ativos mais negociados na bolsa de valores. Isso proporciona liquidez ao investimento, facilitando a compra e a venda dos ativos. Em outras palavras, é mais prático transformá-las em dinheiro, quando necessário. 

Em comparação com outros investimentos de renda fixa, por exemplo, que só possibilitam resgate do aporte no vencimento ou incide algum desconto para antecipação da data, isso é positivo, pois o investidor consegue sair das posições de maneira mais prática.

Quais são os riscos das carteiras de ações?

As carteiras de ações também apresentam desvantagens. Conheça-as, de maneira mais detalhada, abaixo!

Alto risco geral

A lógica do mercado de ações é simples: via de regra, quanto maior o risco, maior o potencial de rentabilidade de uma aplicação. Dessa forma, ao contrário de investimentos mais conservadores, como títulos de renda fixa, as ações contam com altas chances de resultar em prejuízos. 

Isso endossa a importância de realizar a avaliação do perfil de investidor para saber se tal nicho de mercado é adequado para ele.

Riscos de mercado

O mercado de ações pode ser altamente volátil, com oscilações diárias nos preços das ações. Essas flutuações podem ser influenciadas por diversos fatores, como notícias econômicas, políticas e eventos globais.

Por exemplo, pandemia da covid-19 e Guerra entre Ucrânia e Rússia foram fenômenos que mexeram fortemente com os preços do mercado. Assim, talvez os investidores tenham ganhos expressivos ou perdas significativas em curtos períodos.

Riscos de empresa

Investir em ações significa se tornar acionista da empresa. Portanto, os resultados financeiros e a saúde da corporação impactam diretamente no valor dos títulos. Logo, se ela não tiver um bom desempenho, o preço dos papéis pode cair, resultando em perdas para o investidor. Por isso, escolha bem onde colocar o seu dinheiro.

Necessidade de acompanhamento

Investir em ações requer atenção constante. Quer dizer, é necessário acompanhar o desempenho das empresas investidas, as notícias do mercado financeiro e as mudanças na economia, pois são diversos os aspectos que podem impactar sobre o desempenho dos ativos selecionados.

Estando a par dos acontecimentos, é possível redefinir a estratégia, caso necessário. Assim, se você não tem tempo ou interesse de acompanhar de perto o mercado, tende a ser arriscado investir nesses títulos, uma vez que pode ser difícil tomar decisões informadas e oportunas.

Como montar uma carteira de ações?

Para montar uma carteira de ações bem estruturada, é importante seguir algumas dicas. Confira abaixo!

Defina seus objetivos

Antes de investir, é essencial saber o que você deseja alcançar financeiramente. Então, trace metas claras, como economizar para comprar um imóvel, garantir uma aposentadoria confortável ou financiar a educação dos filhos. Isso ajuda a orientar suas escolhas de investimento.

Alguns dos principais aspectos que devem ser analisado no estabelecimento de propósitos são:

  • prazo: identificar se a meta deve ser atingida no curto, médio ou longo prazo;
  • análise da situação financeira: calcule seu padrão de contas mensais para não investir mais do que deveria, pois, em um cenário de perdas, isso pode gerar crises financeiras pessoais;
  • disponibilidade de tempo: acompanhar uma carteira de investimentos é uma prática contínua. É fundamental considerar o tempo disponível para se dedicar às análises e isso impacta, por exemplo, no volume de ativos do portfólio.

Conheça seu perfil de investidor

Cada pessoa tem uma tolerância diferente ao risco. Algumas são mais conservadoras e preferem investimentos mais seguros, mesmo se a consequência for uma menor rentabilidade.

Outras são mais arrojadas e estão dispostas a correr riscos maiores em busca de retornos significativos. Logo, conhecer seu perfil de investidor é fundamental para escolher as ações que melhor se encaixam com suas preferências e conforto financeiro.

Estude o mercado financeiro

Antes de investir em ações, é importante entender como funciona o mercado financeiro para minimizar os riscos e evitar frustrações com as decisões tomadas. Então, aprenda conceitos básicos, como funcionam as bolsas de valores, quais fatores podem afetar o preço dos ativos, quais métricas avaliar para investir, entre outras.

Pesquise ações

Ao investir em ações, você está se tornando sócio das empresas. Portanto, é essencial analisar as empresas em que pretende investir. Para isso, verifique seus:

  • balanços financeiros;
  • histórico de lucros;
  • planos de crescimento;
  • posição no mercado.

A partir da pesquisa, quem busca maior segurança costuma apostar em empresas sólidas, com boas perspectivas e alinhadas aos seus objetivos. Em contrapartida, companhias emergentes podem gerar lucros significativos aos investidores que acreditam em seus potenciais.

Diversifique com setores diferentes

A diversificação é uma estratégia importante para reduzir o risco na carteira. Afinal, ao investir em ações de empresas de setores variados, você evita depender exclusivamente de um segmento. 

Acompanhe a carteira

A bolsa de valores pode ser volátil, sofrendo influência de guerras, epidemias, mudanças na política monetária, entre outros fatores com capacidade de afetação global. Quando isso ocorre, os preços das ações variam, para mais ou para menos.

Por esse motivo, é fundamental acompanhar regularmente o desempenho das ações em sua carteira. Isso permite tomar decisões informadas, como comprar mais ativos de empresas em crescimento ou vender os que não estão performando bem.

Conte com ajuda especializada

Investir em ações pode ser complexo, e nem todos têm tempo e conhecimento para acompanhar o mercado diariamente. Nesse caso, contar com a ajuda de um especialista financeiro que está a par dos acontecimentos do mundo dos investimentos e conta com o estudo necessário pode ser uma ótima opção. 

Essa figura ajudará a montar a carteira de ações, sugerindo estratégias adequadas aos seus objetivos e perfil de investidor.

Dentro desse cenário, conheça a assessoria de investimentos da InvestSmart com uma equipe qualificada, uma das melhores assessorias de investimentos. Aproveite o atendimento personalizado para montar uma carteira de ações condizente com suas particularidades e metas!

Resumindo

Quantas ações devo ter em carteira?

Não há resposta unânime para a quantidade ideal de ações que uma carteira deve ter. Isso vai depender do tempo disponível do investidor de analisar previamente cada ativo e acompanhá-los na rotina. Ao mesmo tempo, é crucial ter um volume que permita realizar a diversificação. Alguns especialistas indicam que algo próximo de 15 ativos é uma boa opção. 

É seguro investir em ações?

Investir em ações, em corretoras de valores consolidadas no mercado, é seguro. Essas instituições são fiscalizadas para proporcionar serviços que protejam os clientes. No entanto, sob a perspectiva da busca de rendimentos, vale ressaltar que se trata de uma operação de alto risco, na qual é possível obter prejuízos proporcionais aos possíveis lucros.

Qual é a melhor corretora para investir em ações?

No Brasil, há diversas corretoras de renome como opções para investir em ações. Definir qual é a melhor, no entanto, depende do perfil e objetivos financeiros do investidor. Alguns exemplos são: Inter, Nu Invest, XP Investimentos, Toro, Rico e Clear. É primordial que o interessado em abrir conta nessas instituições confira as taxas cobradas por cada uma para tomar uma decisão embasada.

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.