Ações da Brava Energia (BRAV3) disparam pelo segundo dia e lideram altas do Ibovespa
Papéis da Brava Energia sobem forte após sinalização de negócio bilionário e plano robusto de expansão para 2026
Imagem: Divulgação/Brava Energia
As ações da Brava Energia (BRAV3) chamaram a atenção do mercado nesta quinta-feira (18) ao liderarem as altas do Ibovespa pelo segundo pregão consecutivo. Por volta do meio da tarde, os papéis avançavam mais de 9%, negociados na faixa de R$ 15,90, consolidando um movimento positivo que já vinha desde o dia anterior. No acumulado de dois dias, a valorização reacendeu o interesse de investidores em um ativo que vinha ficando para trás em relação a outras empresas do setor de óleo e gás.
O principal gatilho para a forte alta foi a sinalização de que a companhia estuda vender sua participação nos polos de gás Recôncavo, Peroá e Manati. A informação, antecipada pelo Pipeline, site de negócios do Valor Econômico, indica que as negociações podem movimentar cerca de US$ 450 milhões.
O mercado interpretou a possível transação como estratégica, sobretudo por abrir espaço para a redução do endividamento e para um reposicionamento mais focado em ativos de maior rentabilidade.
Venda de ativos pode destravar valor para a Brava
Analistas avaliam que a eventual venda dos ativos de gás representa mais do que uma simples entrada de caixa.
Para casas como a Genial Investimentos, o movimento pode funcionar como um catalisador relevante ao revelar um preço implícito mais elevado para as reservas da companhia, algo que o mercado ainda não vinha precificando adequadamente. Além disso, a operação ajudaria a Brava Energia a acelerar sua estratégia de desalavancagem financeira.
Outro ponto destacado é a possibilidade de a empresa concentrar esforços em ativos mais rentáveis, especialmente no segmento de óleo, o que tende a melhorar margens operacionais no médio prazo.
Com um balanço mais enxuto, cresce também a expectativa de que a companhia possa, no futuro, ampliar a distribuição de dividendos, fator que costuma atrair investidores de perfil mais conservador.
Especialistas apontam ainda que o papel vinha “escanteado” quando comparado a pares do setor. A sinalização clara de ajustes estratégicos acabou funcionando como um destravamento do preço, trazendo novo fluxo comprador para o ativo.
Plano de investimentos reforça confiança do mercado
Além da possível venda de ativos, outro fator que sustentou o bom humor com as ações BRAV3 foi a divulgação de um plano de investimentos mais robusto para os próximos anos.
A Brava Energia projeta investir cerca de US$ 550 milhões em 2026, acima dos aproximadamente US$ 500 milhões estimados para 2025. Do total previsto para 2026, cerca de dois terços devem ser destinados à expansão, com foco na perfuração de novos poços entre 2026 e 2027.
Mesmo em um cenário de preços do petróleo mais desafiador, a companhia manteve seus planos de crescimento operacional. A chegada de uma nova sonda já no início de 2026 reforça essa estratégia e sinaliza compromisso com o aumento de produção no médio prazo.
Para analistas, essa combinação de disciplina financeira e aposta em crescimento é vista como positiva, pois equilibra geração de caixa e expansão.
Expectativas seguem no radar dos investidores
O desempenho recente das ações da Brava Energia reflete uma melhora significativa na percepção de risco e no potencial de geração de valor da empresa.
A combinação entre possível venda de ativos, redução de alavancagem e um plano consistente de investimentos ajudou a renovar a confiança dos investidores, mesmo diante da volatilidade típica do setor de energia.
Nos próximos meses, o mercado seguirá atento à concretização das negociações envolvendo os polos de gás e à execução do plano estratégico anunciado. Caso os movimentos se confirmem, a tendência é que as ações BRAV3 continuem no radar como uma das histórias mais acompanhadas do segmento de óleo e gás na Bolsa brasileira.
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