Bradesco aprova R$ 3,9 bilhões em proventos complementares aos acionistas

O Bradesco aprovou o pagamento de R$ 3,9 bilhões em juros sobre capital próprio complementares aos acionistas.

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Última atualização:  19 de dez, 2025 às 15:59
Loja da rede de supermercados Bradesco com destaque para o logo em destaque na fachada da loja. Foto: Reprodução

O Bradesco aprovou o pagamento de R$ 3,9 bilhões em proventos complementares, reforçando sua política de remuneração aos acionistas e mantendo o foco na previsibilidade de retornos ao mercado. A decisão foi tomada pelo conselho de administração do banco e comunicada ao mercado por meio de fato relevante divulgado nesta quinta-feira.

Os proventos do Bradesco serão pagos na forma de juros sobre capital próprio (JCP) e contemplam tanto ações ordinárias quanto preferenciais, com pagamento previsto até julho de 2026. A iniciativa ocorre em um momento em que investidores acompanham de perto a estratégia de distribuição de resultados das grandes instituições financeiras.

Saiba mais:

O conselho de administração do Bradesco aprovou a distribuição de R$ 3,9 bilhões em juros sobre capital próprio complementares, valor que será repassado aos acionistas como forma adicional de remuneração.

Segundo o banco, a medida complementa os proventos já anunciados anteriormente e está alinhada à política de capital da instituição, que busca equilibrar solidez financeira e retorno ao investidor. O pagamento foi formalizado por meio de fato relevante, conforme exigem as regras do mercado de capitais.

Valores definidos por tipo de ação

De acordo com o comunicado, os proventos do Bradesco equivalem a R$ 0,351 por ação ordinária e R$ 0,386 por ação preferencial.

Esses valores representam o montante bruto aprovado pelo conselho e servirão de base para o cálculo do pagamento líquido aos acionistas, após a incidência de imposto. A diferenciação entre ações ordinárias e preferenciais segue a estrutura tradicional de remuneração adotada pelo banco.

Quem terá direito ao recebimento

Terão direito aos proventos os acionistas que estiverem inscritos nos registros da companhia em 29 de dezembro.

Com isso, investidores que adquirirem ações do Bradesco após essa data não terão direito ao JCP complementar anunciado. A definição da data de corte é um ponto fundamental para o planejamento de investidores que acompanham o calendário de proventos do setor financeiro.

Ações passam a ser negociadas ex-JCP

As ações do Bradesco passarão a ser negociadas “ex-juros sobre capital próprio complementares” a partir de 30 de dezembro.

Na prática, isso significa que, a partir dessa data, quem comprar ações do banco não terá mais direito ao recebimento dos proventos anunciados. O ajuste costuma ser refletido no preço dos papéis, movimento comum em distribuições desse tipo.

Valor líquido e impacto do imposto

Após a dedução do Imposto de Renda na Fonte de 15%, o valor líquido a ser pago será de R$ 0,298512136 por ação ordinária e R$ 0,328363349 por ação preferencial.

A tributação é padrão para pagamentos de juros sobre capital próprio e já vem sendo amplamente considerada pelos investidores no cálculo do retorno efetivo. Mesmo com o desconto, os proventos do Bradesco mantêm atratividade dentro do setor bancário.

Prazo e forma de pagamento

O banco informou que o pagamento dos proventos ocorrerá até 31 de julho de 2026, sem a necessidade de qualquer ação adicional por parte dos acionistas.

Os valores serão creditados automaticamente, conforme a posição acionária registrada na data-base. O prazo estendido dá flexibilidade ao banco na gestão de caixa, sem alterar o direito já adquirido pelos investidores.

Por que o Bradesco adotou essa estratégia

A distribuição de proventos complementares faz parte da estratégia do Bradesco de remunerar o acionista sem comprometer seus índices de capital. O uso de juros sobre capital próprio permite eficiência tributária para a instituição, ao mesmo tempo em que garante previsibilidade de retorno ao investidor.

A decisão ocorre em um cenário de atenção redobrada do mercado às políticas de dividendos e JCP dos grandes bancos, especialmente diante das mudanças no ambiente macroeconômico e regulatório.

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