Axia (ex-Eletrobras) aprova aumento de capital de R$ 30 bi e anuncia bonificação de ações
Axia emitirá mais de 606 milhões de ações PNC para ampliar estrutura de capital e beneficiar acionistas
Imagem> Divulgação/Axia Energia
A Axia Energia (AXIA3), sucessora da antiga Eletrobras, aprovou um dos maiores movimentos societários de sua história recente: um aumento de capital de R$ 30 bilhões, acompanhado da emissão de ações preferenciais de classe C (PNCs) distribuídas como bonificação aos acionistas. A decisão, tomada em assembleia, reforça a estratégia da companhia de fortalecer sua estrutura financeira e dar mais robustez ao seu planejamento de longo prazo.
Com a aprovação, serão emitidas 606.796.117 novas ações PNC, todas derivadas da capitalização de parte da Reserva de Lucro.
A proporção definida pela empresa garante que cada investidor receba 0,2628378881074 ação PNC para cada ação já detida, seja ela ordinária, preferencial A ou preferencial B. Até mesmo as ações mantidas em tesouraria serão contempladas no processo.
Segundo a empresa, a medida tem como objetivo tornar a estrutura de capital mais eficiente, ao mesmo tempo em que busca aumentar a liquidez dos papéis negociados na B3.
O valor unitário atribuído às ações distribuídas foi fixado em R$ 49,44, seguindo critérios técnicos de valorização estabelecidos pela companhia.
Quando os acionistas receberão as novas ações
Os investidores que desejam participar da bonificação devem estar atentos às datas definidas. A data-base estabelecida é 19 de dezembro de 2025, o que significa que apenas os acionistas posicionados até esse dia terão direito ao recebimento das novas ações preferenciais de classe C.
A partir de 22 de dezembro de 2025, todos os papéis da companhia passam a ser negociados ex-direitos, ou seja, sem direito à bonificação.
Já a efetiva inclusão das ações na posição dos investidores ocorrerá em 26 de dezembro de 2025, quando o crédito dos papéis será realizado automaticamente pela companhia.
As novas ações também começarão a ser negociadas na B3 na mesma data em que os ativos se tornarem ex-direitos, permitindo que o mercado absorva o impacto da operação em tempo real.
Para a Axia, o movimento tende a ampliar o interesse de investidores institucionais e reforçar a liquidez do ticker, especialmente considerando o volume expressivo de papéis que entrarão em circulação.