Ibovespa fecha acima dos 139 mil pontos pela 1ª vez com apoio de bancos e Vale
O Ibovespa encerrou o pregão com alta de 0,66%, alcançando um recorde histórico de 139.334 pontos, impulsionado por ganhos em ações de bancos e da Vale.

O Ibovespa alcançou um marco histórico nesta quarta-feira (15), encerrando o pregão acima dos 139 mil pontos pela primeira vez. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,66% e fechou aos 139.334,38 pontos, impulsionado pelo bom desempenho de ações de grandes bancos e da Vale. O avanço ocorre após um dia de ajustes no mercado e marca um novo recorde, refletindo o otimismo pontual dos investidores.
Alta do Ibovespa: o que puxou o recorde histórico
O movimento de alta do Ibovespa foi motivado, principalmente, pela valorização dos papéis do setor financeiro e da mineradora Vale. As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) fecharam em alta de 1,34% e 0,99%, respectivamente, enquanto os papéis da Vale (VALE3) subiram 1,00%, contribuindo significativamente para o avanço do índice.
Outro fator que sustentou o otimismo foi o desempenho positivo de varejistas como Magazine Luiza (MGLU3), que subiu 3,74%, e Lojas Renner (LREN3), com alta de 3,51%. A leitura de que o consumo segue resiliente no início de 2025, mesmo com dados econômicos mistos, reforça a confiança do mercado.
No entanto, nem todas as ações acompanharam o movimento. A Eletrobras (ELET3) caiu 3,22% após a divulgação de um balanço trimestral considerado fraco pelo mercado. Já o Banco do Brasil (BBAS3), que divulga seus números na noite de hoje, recuou 1,21% diante de expectativas pouco animadoras.
Dólar sobe e juros futuros recuam, com cenário externo ainda volátil
Apesar do novo recorde do Ibovespa, o dólar comercial teve alta expressiva de 0,83%, cotado a R$ 5,679. A valorização da moeda americana reflete incertezas no exterior e a busca de proteção por parte de investidores estrangeiros. Ainda assim, o real continua entre as moedas com melhor desempenho frente ao dólar em 2025.
Os juros futuros (DIs), por outro lado, registraram queda ao longo de toda a curva, com investidores antecipando um cenário de inflação sob controle e possíveis cortes na taxa básica de juros ainda neste ano.
Ibovespa também reage a falas de Powell e indicadores dos EUA
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam o dia em direções mistas, com investidores digerindo declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Ele afirmou que o cenário de inflação e emprego pode demandar reavaliação da política monetária, devido à possibilidade de choques de oferta mais frequentes.
Dados econômicos divulgados nesta quarta-feira também influenciaram o humor do mercado. O índice de preços ao produtor (PPI) apresentou deflação de 0,5% em abril, contrariando a expectativa de alta. Já as vendas no varejo norte-americano subiram 0,1%, acima da estabilidade esperada. A produção industrial, por sua vez, permaneceu estagnada no mês.
Outro fator que gerou cautela foi a sinalização do Walmart de que os efeitos das tarifas comerciais impostas no início do ano podem começar a ser sentidos agora. O aumento de preços provocado por essas medidas pode impactar diretamente o consumo americano nos próximos meses.
Desempenho de ações fora do Ibovespa também chama atenção
Enquanto os holofotes estavam voltados para o recorde do Ibovespa, o mercado acionário também teve movimentações relevantes fora do índice principal. A Ser Educacional (SEER3) foi o destaque do dia, com uma disparada de 19,89% após a divulgação de resultados positivos no primeiro trimestre de 2025.
Já a Gol (GOLL4), apesar de um balanço abaixo do esperado, conseguiu fechar em alta de 2,15%, após ter subido mais de 11% durante a manhã. Em contraste, Casas Bahia (BHIA3) caiu 5,51% diante de um fluxo de caixa apertado e pressão sobre o lucro. A Positivo (POSI3) teve uma queda expressiva de 12,33%, após frustrar as expectativas do mercado com seu balanço trimestral.
Cenário político e externo ainda é fator de risco para o Ibovespa
Apesar do avanço histórico, o Ibovespa ainda navega em um ambiente de incertezas. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, está em viagem ao Oriente Médio buscando acordos de investimento, e as tarifas comerciais que ele impôs continuam sendo um ponto de preocupação. Investidores seguem atentos à possibilidade de novas medidas que podem impactar a economia global.
Com a volta de Trump a Washington prevista para os próximos dias, analistas esperam novos desdobramentos que podem influenciar diretamente os mercados.
Maiores altas do índice Ibovespa hoje
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
YDUQ3 | +6.82% | R$ 15,97 |
BRFS3 | +4.78% | R$ 20,62 |
VIVA3 | +4.68% | R$ 24,14 |
CPFE3 | +4.60% | R$ 39,80 |
MRFG3 | +4.34% | R$ 20,66 |
Maiores quedas do Ibovespa hoje
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
CVCB3 | -6.72% | R$ 2,22 |
AZUL4 | -5.00% | R$ 1,14 |
IRBR3 | -3.37% | R$ 46,76 |
NTCO3 | -3.27% | R$ 10,36 |
ELET3 | -3.22% | R$ 41,79 |
Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas
Nome | Fechamento | Variação em pts | Variação em % |
🇧🇷 Bovespa | 139.334 | +912 | +0,66% |
🇧🇷 USD/BRL | 5,6800 | +0,0424 | +0,75% |
🇺🇸 S&P 500 | 5.916,93 | +24,35 | +0,41% |
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