Afinal, qual o perfil dos investidores da B3?
O número de pessoas físicas na B3 — bolsa de valores brasileira — cresceu mais de 61% em 2023, comparado com dezembro de 2020. Isso sinaliza que existe mais confiança do investidor na B3 para fazer aplicações financeiras em ações, fundos de investimentos e outros. Então, conhecer o perfil comportamental e demográfico dos investidores da […]
O número de pessoas físicas na B3 — bolsa de valores brasileira — cresceu mais de 61% em 2023, comparado com dezembro de 2020. Isso sinaliza que existe mais confiança do investidor na B3 para fazer aplicações financeiras em ações, fundos de investimentos e outros.
Então, conhecer o perfil comportamental e demográfico dos investidores da B3 é importante para identificar oportunidades de investimento e avaliar riscos envolvidos.
Por exemplo, ao observar o aumento de investidores interessados em empresas de tecnologia, você pode concluir que esse setor tem potencial de crescimento. Com isso, fica de olho nessa tendência do mercado financeiro para tentar aproveitar os ganhos também.
Por esse motivo, preparamos este post com as principais informações sobre o perfil atual do investidor na B3. Continue a leitura e fique por dentro!
Os principais investidores da B3 são homens
Os principais investidores da B3 são homens, segundo dados da própria instituição. Porém, a diferença entre homens e mulheres diminui com os anos. Afinal, a participação feminina no mercado financeiro tem crescido.
Quer dizer, as mulheres formam 25,47% do total de investidores na B3 em 2020. Isso pode ser explicado pelo maior acesso à educação financeira e a procura pelo aconselhamento de profissionais especializados. Apesar disso, os momentos de recessão econômica vividos no Brasil também tendem a causar receio ao investidor.
Inclusive, as mulheres costumam investir valores maiores que os homens, tendo o valor médio de R$ 199. Enquanto isso, o público masculino investe em média R$ 59.
Os principais investidores da B3 têm cerca de 32 anos
Os principais investidores da B3 têm cerca de 32 anos. Metade dos que possuem entre 25 e 39 anos costumam investir no Tesouro RendA+ (NTN-B1), título público disponível na plataforma do Tesouro Direto.
Tesouro RendA+ (NTN-B1)
O Tesouro RendA+ é um investimento voltado para complementação da aposentadoria, lançado no final de 2022. Ele funciona com a acumulação de um montante por um período, que será entregue futuramente.
Assim, o Tesouro RendA+ distribui o montante em 240 parcelas mensais por 20 anos. O valor pago sempre fica acima da inflação — como ocorre no Tesouro IPCA+ —Isso significa que o valor do seu dinheiro é preservado, apesar dos riscos de qualquer investimento.
Custódia
O investimento em custódia é o preferido dos investidores da B3 com mais de 39 anos, cujos 75% do saldo são concentrados nessa modalidade. Trata-se de serviço de guarda e administração dos ativos financeiros de um investidor.
Ou seja, é o processo pelo qual uma instituição custodiante mantém e registra os ativos em nome do investidor. Assim, ela faz um papel similar aos investidores ao depositar, vender e transferir títulos, tornando o investimento mais prático.
Os principais investidores da B3 não tem filhos
Os principais investidores da B3 não têm filhos, o que pode ter diferentes significados e motivos. Por exemplo, não ter filhos talvez traga mais flexibilidade ao participar do mercado financeiro.
Assim, sem a obrigação de cuidar e prover para os filhos, um investidor pode direcionar seus investimentos para atingir metas pessoais específicas. É o caso da compra de um imóvel, aposentadoria antecipada, viagens ou projetos pessoais.
Além disso, investidores sem filhos podem ter menos obrigações financeiras a longo prazo. Em alguns casos, isso aumenta a capacidade de assumir riscos e buscar investimentos mais agressivos, tendo maior potencial de retorno.
Os principais investidores da B3 tem renda até R$ 5 mil
Os principais investidores da B3 têm renda de até R$ 5 mil. Isso contribui para diminuir a imagem formada de que investimentos e bolsa de valores se destinam a milionários.
A maior acessibilidade ao mercado financeiro ocorre principalmente por plataformas digitais, popularização da educação financeira e interesse das pessoas em busca de investimento.
Porém, o valor limitado do salário pode diminuir a disponibilidade de recursos para investir. Isso não é necessariamente um obstáculo. Afinal, a B3 oferece diferentes opções de investimento, com a possibilidade de começar com valores relativamente baixos.
Não à toa, os investidores entram com valores cada vez menores, 64% com investimentos de até R$ 200. Isso é benéfico por permitir o ganho de experiência no mercado financeiro e aprendizado sobre diferentes produtos e estratégias antes de investir valores maiores.
E ainda, pequenos aportes podem se tornar significativos com o tempo, especialmente quando combinados com disciplina e reinvestimento de ganhos. Além disso, existem estratégias de investimento que levam a aportes regulares e a diversificação de carteira, favorecendo investidores com menor renda.
Aumento de investidores em renda variável
Houve um aumento de investidores em renda variável — cujo retorno do investimento não é predefinido e pode variar ao longo do tempo. Em 2011, havia 583 mil e em outubro de 2020, 3,1 milhões.
Isso pode ser explicado por diversos fatores, como o surgimento de plataformas de investimento on-line, que facilitam o investimento. Quer dizer, as pessoas podem abrir contas em corretoras de valores de forma simples e rápida.
O maior acesso à educação financeira também contribui para um público maior conhecer os diferentes tipos de investimentos. Afinal, os investidores compreendem melhor os riscos e as oportunidades envolvidas.
E ainda, a renda variável costuma ter um potencial de rendimento superior aos investimentos de renda fixa, como títulos públicos e poupança. Em compensação, é uma modalidade com mais riscos, o que deve ser bem compreendido antes de decidir onde investir.
A maioria dos investidores da B3 investe apenas em renda fixa
65% dos investidores pessoas físicas da B3 investem apenas em renda fixa — investimento com regras de remuneração pré-definidas desde a aplicação. É o caso de títulos públicos, CDBs (Certificados de Depósito Bancário) etc. Essas modalidades são populares pela segurança e previsibilidade dos retornos.
Assim, os investidores que preferem evitar grandes oscilações no valor do investimento podem preferir a estabilidade oferecida pela renda fixa. Estes têm o perfil de investidor conservador e/ou investem nessa modalidade para diversificar a carteira.
Quer dizer, diversificar os investimentos é uma prática recomendada para qualquer investidor. Afinal, combinar as aplicações financeiras em renda fixa e renda variável ajuda a equilibrar o risco e buscar retornos mais atrativos a longo prazo. Em outras palavras, a indicação de especialistas é não colocar todos os ovos no mesmo cesto.
Maior interesse por FII (Fundo de Investimento Imobiliário)
74% das aplicações atuais em FIIs — levando investidores individuais a investir indiretamente em imóveis — foram feitas por pessoas físicas. Isso pode ser explicado porque os Fundos de Investimento Imobiliário diversificam a carteira ao investir em diferentes tipos de imóveis, como, shopping e galpões logísticos.
Além disso, esses fundos costumam distribuir rendimentos regularmente, o que atrai investidores buscando fontes de renda adicionais e passivas. Os FIIs também são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Esse é um dos motivos que pode elevar a segurança e a estabilidade do investimento.
Apesar das vantagens, o FII também apresenta riscos. Por exemplo, os imóveis podem enfrentar períodos de vacância ao ficarem desocupados. Consequentemente, isso reduz a receita do fundo e os rendimentos distribuídos aos investidores.
E ainda, a inadimplência pode prejudicar a rentabilidade do FII e até levar à redução dos rendimentos distribuídos. Ou seja, se os locatários dos imóveis do FII não cumprem com suas obrigações contratuais, como pagar o aluguel, o fundo pode enfrentar problemas financeiros.
Além do FII, outros investimentos do setor imobiliário cresceram 48% em 2023, comparado a dezembro de 2021. É o caso de:
- ETF (Exchange-Traded Funds) de FII: fundos negociados na B3 que buscam replicar o desempenho de um índice composto por Fundos de Investimento Imobiliário;
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários): título de renda fixa emitido por empresas do mercado imobiliário como crédito para financiamento do setor, sendo vendido a investidores, que se tornam os detentores dos créditos;
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário): os investidores de LCI emprestam dinheiro para uma instituição financeira, que usa para financiar projetos imobiliários e devolve o valor com juros.
Então, tirou as suas dúvidas mais comuns sobre o perfil do investidor da B3? Agora, você já sabe que a participação feminina na bolsa tem aumentado, sabe que a maioria dos investidores ganha R$ 5 mil e outras informações relevantes. Com isso, fica mais fácil tomar decisões de investimentos inspiradas nas tendências.
Mas antes, quer se atualizar ainda mais no assunto? Aproveite a visita para conhecer as principais bolsas mundiais e descubra como investir em cada uma!
Resumindo
O que é um investidor B3?
Um investidor B3 é quem faz investimentos no mercado financeiro brasileiro, por meio da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (B3). Assim, ele pode participar da compra e venda de diversos ativos, como ações e títulos de renda fixa.
Qual é o maior investidor da B3?
O maior investidor da B3 é Luiz Barsi Filho, segundo dados de 28 de junho de 2023. Ela participa desse mercado financeiro brasileiro há 50 anos e começou comprando 1.000 ações mensais.
Quantos brasileiros investem na B3?
Existiam 17,2 milhões de pessoas físicas investindo na B3 em 2022, o que representou um crescimento de 31,3%.