No mercado de capitais brasileiro, as ações da AES Brasil Energia SA (AESB3) são um ponto de interesse para investidores e analistas financeiros. Com uma atuação significativa no setor de energia, a AES Brasil representa uma parcela vital da infraestrutura energética nacional, gerando e distribuindo eletricidade através de uma diversificada matriz de fontes renováveis. 

O Melhor Investimento reuniu tudo o que você precisa saber sobre a Aes Brasil Energia (AESB3), abrangendo desde a sua política de dividendos até os dividendos e expectativas futuras. Boa leitura!

A História e Fundação da AES Brasil Energia S.A.

A AES Brasil Energia S.A. foi fundada em 1997 como uma subsidiária da AES Corporation, com sede nos Estados Unidos. A empresa consolidou sua presença no Brasil após adquirir a Companhia de Geração de Energia Elétrica Tietê, marcando o início de sua atuação no setor de energia. Com o passar dos anos, a AES Brasil expandiu seu portfólio de geração de energia, incorporando usinas hidrelétricas, eólicas e solares, se tornando uma referência em energia renovável no país.

Sua atuação é pautada por um forte compromisso com a sustentabilidade e inovação, o que a levou a ser selecionada para o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. Além disso, a empresa modernizou suas operações, utilizando drones para fiscalização e implementando tecnologias de operação remota, consolidando-se como uma das principais geradoras de energia limpa no Brasil.

O que é AESB3?

O código AESB3 refere-se às ações ordinárias da AES Brasil, negociadas na B3. Os acionistas detentores dessas ações possuem direito a voto nas assembleias, participando ativamente das decisões da empresa. As ações da AES Brasil são conhecidas por sua alta liquidez, com uma média diária de aproximadamente R$ 295 milhões.

Em 2024, a empresa foi adquirida pela Auren Energia, tornando-se uma subsidiária integral, o que fortaleceu ainda mais sua posição no setor, elevando a Auren ao posto de terceira maior geradora de energia no Brasil.

Como está a cotação da AESB3 em 2024?

Em 2024, a AESB3 iniciou o ano com uma cotação de aproximadamente R$ 11,85. Para quem acompanha o mercado de ações, o portal Melhor Investimento oferece uma página atualizada com dados como abertura, volume de ações, média de volume diário, valor máximo e variação das principais ações da bolsa de valores brasileira.

Para conferir a cotação atualizada da AESB3, acesse: https://melhorinvestimento.net/aesb3.

Dividendos de ações AESB3

A AES Brasil (AESB3) tem uma política de dividendos consistente, refletindo seu compromisso com a distribuição de lucros aos acionistas. Em 2024, a empresa recomendou o pagamento de R$ 44,9 milhões em dividendos referentes ao exercício de 2023, o que equivale a R$ 0,0746 por ação. Essa quantia representa um payout de 55% do lucro líquido ajustado da companhia, sendo aprovado em assembleia geral.

Desde setembro de 2022 sem fazer o pagamento, a AES Brasil voltou a pagar dividendos em maio de 2024. O Dividend Yield (DY) dos últimos 12 meses foi de 0,77%.

Confira, a seguir, o histórico recente de dividendos distribuídos pela Aes Brasil:

TipoData comPagamentoValor
DIVIDENDO22/04/202402/05/20240,07461155
DIVIDENDO22/04/202410/05/20240,07461155
DIVIDENDO09/08/202230/09/20220,1074506
DIVIDENDO09/08/202122/09/20210,06052081
DIVIDENDO10/05/202128/05/20210,17036252
Fonte: AESB3 Status Invest

Por que investir hoje em ações AESB3?

Investir nas ações da AES Brasil (AESB3) pode ser uma opção atraente por diversos motivos. A empresa, que é uma das principais geradoras de energia do país, apresenta um portfólio diversificado de usinas hidrelétricas, eólicas e solares, o que lhe confere uma posição estratégica no mercado de energia. 

Além disso, a empresa tem planos de reduzir sua alavancagem após a conclusão de projetos significativos, o que pode melhorar sua saúde financeira e atratividade para investidores. A abertura do mercado varejista de energia, prevista para janeiro de 2024, representa uma oportunidade de crescimento, pois permitirá à AES Brasil explorar um novo segmento de clientes.

A fusão da AES Brasil com a Auren Energia é vista como um movimento estratégico que pode gerar sinergias operacionais e tributárias, além de oferecer opções variadas para os acionistas da AES Brasil. No entanto, é importante considerar os riscos e incertezas associados, como o cenário desafiador para energias renováveis e questões operacionais recentes. Portanto, uma análise cuidadosa e uma avaliação dos objetivos de investimento e tolerância ao risco são essenciais antes de tomar qualquer decisão de investimento.

Expectativa de futuro para Aes Brasil Energia SA

A expectativa para o futuro da AES Brasil Energia SA é bastante promissora, especialmente após a recente aquisição pela Auren Energia. A Auren, controlada pela Votorantim e CPP Investments, anunciou a incorporação da AES Brasil, formando a terceira maior geradora de energia do Brasil. Com essa fusão, a empresa combinada terá 39 ativos operacionais e em construção, com uma receita líquida combinada de R$ 9,6 bilhões, baseada nos números de 2023.

Os acionistas da AES Brasil terão a opção de converter suas ações ou receber dinheiro, o que indica uma flexibilidade financeira e confiança no potencial de crescimento da empresa combinada. A transação é vista como transformacional, criando a mais completa plataforma renovável do setor elétrico brasileiro e oferecendo inúmeras oportunidades de criação de valor para os acionistas.

A conclusão da transação está prevista para o segundo semestre, após aprovação de órgãos reguladores como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com uma capacidade total de 8,8 GW, a Auren se consolida como uma das maiores geradoras de energia renovável do país.

No entanto, no primeiro trimestre de 2024 (1T24), a AES Brasil (AESB3) surpreendeu o mercado ao apresentar uma reversão financeira, passando de um lucro líquido para um prejuízo de R$102,4 milhões. Os dados financeiros mostraram uma receita líquida de R$828,6 milhões, um aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, o EBITDA teve uma queda de 14,6%, chegando a R$340,2 milhões, e a margem EBITDA caiu para 41,1%, em comparação com 50,7% do trimestre anterior.

Como analisar empresas geradoras de energia elétrica no Brasil?

Para analisar empresas geradoras de energia elétrica no Brasil, é importante considerar uma série de fatores que influenciam tanto o desempenho operacional quanto a saúde financeira da empresa.

Do ponto de vista financeiro, é essencial analisar os relatórios financeiros para entender a receita, o lucro, a dívida e a capacidade de pagamento de dividendos da empresa. Além disso, o posicionamento da empresa no mercado em relação aos concorrentes e sua participação no mercado de energia são aspectos fundamentais para a análise.

Por fim, é necessário identificar os riscos e desafios enfrentados pela empresa, como questões ambientais, logísticas e sociais, e estar atento às tendências do setor elétrico, como a demanda crescente por fontes de energia limpas e de baixo carbono. Esses fatores podem influenciar diretamente o mercado de energia no Brasil e, consequentemente, o desempenho das empresas geradoras de energia elétrica.

Antes de tomar uma decisão de investimento, a sugestão é consultar um assessor de investimento experiente para identificar se investir nas ações AESB3 é a escolha certa para você!

Carolina Gandra

Jornalista e redatora do portal Melhor Investimento.