No primeiro trimestre de 2024 (1T24), a AES Brasil (AESB3) surpreendeu o mercado ao divulgar uma reversão financeira, passando de um lucro líquido para um prejuízo de R$102,4 milhões. A divulgação dos dados financeiros revelou uma receita líquida de R$828,6 milhões, representando um aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o EBITDA registrou uma queda de 14,6%, alcançando R$340,2 milhões, e a margem EBITDA diminuiu para 41,1%, comparada a 50,7% do trimestre anterior.

Impacto dos efeitos não recorrentes

A AES Brasil atribuiu essa reversão significativa a efeitos não recorrentes, como despesas financeiras adicionais, que totalizaram R$322,2 milhões no primeiro trimestre de 2024. Esses efeitos decorreram de operações específicas, incluindo a conclusão do Complexo Eólico Cajuína 1 e outras fases de projetos em andamento.

Uma análise mais detalhada revela uma redução no saldo da dívida da empresa em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo R$11,7 bilhões em março de 2024. Além disso, mudanças nas taxas de juros, com uma diminuição no IPCA e no custo do CDI, impactaram a estrutura de financiamento da AES Brasil.

Considerações da AES Brasil sobre o 1T24

Embora os resultados do primeiro trimestre de 2024 tenham sido desafiadores para a AES Brasil, a empresa enfatiza a importância de considerar fatores externos, como as mudanças nas taxas de juros, ao avaliar seu desempenho financeiro.