O Bitcoin (BTC) voltou a operar em forte queda nesta quinta-feira (13) e rompeu o importante suporte de US$ 100 mil, chegando a ser negociado a US$ 98,6 mil, o menor patamar desde maio. A nova desvalorização do preço do Bitcoin ocorre em meio ao aumento da aversão ao risco global e à expectativa de que o Federal Reserve (Fed) mantenha os juros inalterados em dezembro, fator que pressiona ativos sensíveis ao cenário monetário, como criptomoedas e ações de tecnologia.

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Por que o Bitcoin está caindo?

Após tocar US$ 104 mil durante a madrugada, o Bitcoin perdeu força com a abertura do mercado americano, seguindo o movimento negativo de Wall Street. A incerteza sobre a política monetária dos EUA levou investidores a reduzir posições em ativos considerados arriscados. Nas últimas 24 horas, o BTC acumulava queda de 2,7%, reforçando o padrão de volatilidade observado nas últimas semanas.

A possibilidade de manutenção dos juros pelo Fed (hoje precificada em 50% pelo mercado) reduz o apetite dos investidores por ativos de risco.

Além disso, o período de baixa liquidez causado pelo shutdown que paralisou o governo americano desde 1º de outubro contribui para ampliar os movimentos bruscos no mercado de criptomoedas.

Altcoins também despencam

A queda do Bitcoin puxou o restante do mercado cripto. Os principais altcoins registraram forte correção:

Esse movimento sincronizado indica fuga generalizada de risco, típica de períodos de incerteza macroeconômica.

Ações de empresas de cripto também caem

Além das criptomoedas, empresas listadas na bolsa americana ligadas à mineração e infraestrutura digital registraram fortes quedas:

  • Bitdeer: –19%
  • Bitfarms: –13%
  • Cipher Mining e IREN: mais de –10%
  • Galaxy, Bullish, Gemini e Robinhood: –7% a –8%

Esses recuos reforçam a pressão sobre o setor cripto, que sofre tanto com o cenário macroeconômico quanto com a menor liquidez global.

O que esperar do Bitcoin nos próximos dias?

Analistas avaliam que o Bitcoin pode continuar volátil até a reunião do Federal Reserve, que definirá o tom da política monetária para 2025. Comentários recentes de dirigentes do Fed indicam que um corte nos juros não está garantido, o que tende a manter o BTC sob pressão no curto prazo.

Ainda assim, especialistas lembram que períodos de correção são comuns no ciclo de alta do Bitcoin e podem abrir espaço para novas oportunidades, dependendo da reação do mercado à decisão do Fed e à recomposição de liquidez após o fim do shutdown nos EUA.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.