VRTA11: FII registra receita de R$ 14,5 mi e almeja novos investimentos
O fundo imobiliário VRTA11 encerrou o mês de janeiro com uma receita líquida de R$ 14,58 milhões, mantendo a distribuição de R$ 0,85 por cota.
VRTA11: FII registra receita de R$ 14,5 mi e almeja novos investimentos
O fundo imobiliário VRTA11 iniciou o ano de 2025 com um desempenho financeiro sólido, reportando uma receita líquida de R$ 14,58 milhões no mês de janeiro. Embora tenha ocorrido uma leve queda em relação aos R$ 16,3 milhões registrados em dezembro de 2024, o fundo manteve sua distribuição de R$ 0,85 por cota, garantindo rentabilidade estável para os investidores. A seguir, exploraremos as principais informações sobre o desempenho do fundo e suas estratégias para o futuro.
Desempenho financeiro e sustentabilidade dos dividendos
No fechamento de janeiro, o VRTA11 apresentou uma redução na receita líquida, mas manteve sua consistência na distribuição de dividendos, com o pagamento de R$ 0,85 por cota. Além disso, o fundo tem uma reserva acumulada de R$ 0,58 por cota, o que garante a possibilidade de complementar os dividendos e atender a futuras obrigações, uma medida estratégica importante para a sustentabilidade dos pagamentos.
O caixa do fundo, que no final de janeiro estava em R$ 37,1 milhões (equivalente a 2,7% do patrimônio líquido), será utilizado tanto para a continuidade do pagamento de dividendos quanto para novos investimentos em ativos estratégicos, especialmente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
Estratégia de investimentos e aquisição de novos ativos
Com um foco em maximizar os retornos para seus cotistas, o VRTA11 está se preparando para alocar mais de R$ 80 milhões em novos investimentos, principalmente em CRIs que estão em fase final de análise. Esses recursos têm como objetivo fortalecer o portfólio do fundo, diversificando ainda mais suas fontes de rendimento.
Esses investimentos, combinados com a sólida reserva financeira, visam gerar uma rentabilidade contínua e robusta, permitindo ao fundo manter sua estratégia de crescimento a longo prazo. O VRTA11 também tem se beneficiado de sua estratégia em operações compromissadas, como a aquisição de R$ 34,3 milhões em operações compromissadas, com uma taxa de CDI+0,89% ao ano e vencimento para dezembro de 2025. Essa operação representa uma das medidas adotadas pelo fundo para aumentar sua liquidez e segurança financeira.
Qualidade do portfólio e gestão de riscos
A qualidade do portfólio do VRTA11 segue alta, com mais de 99% dos CRIs adimplentes e realizando pagamentos regulares. No entanto, uma exceção importante foi registrada no CRI BR Distribuidora I, que desde abril de 2024 não tem cumprido os pagamentos programados. Como resultado, o fundo decidiu marcar 100% de provisão para devedores duvidosos (PDD) para esse ativo, medida prudente para proteger os interesses dos investidores.
Apesar da queda nas cotações do fundo no mercado secundário, o dividend yield atingiu 1,09% em janeiro, com uma cota sendo negociada a R$ 78,00, o que corresponde a 126% do CDI, com um ajuste bruto de 15%. Esse rendimento demonstra a capacidade do fundo de continuar oferecendo rentabilidade atrativa aos seus cotistas, mesmo em um cenário de volatilidade.
O P/VP (preço sobre valor patrimonial) do fundo também fechou dezembro de 2024 em 0,90x, indicando que as cotas do VRTA11 continuam sendo negociadas com um desconto significativo em relação ao valor dos seus ativos. Este é um indicador importante para os investidores que buscam uma oportunidade de investimento de baixo custo, alinhada ao potencial de valorização do fundo no futuro.
Aquisições recentes de CRIs
Uma das grandes estratégias do VRTA11 foi a aquisição de novos CRIs, especialmente voltados ao setor de energia renovável, que tem ganhado cada vez mais destaque no mercado. O fundo fez investimentos significativos em três CRIs focados na construção de usinas solares.
O CRI Usinas Cajuru e Montes Claros, no valor de R$ 39,5 milhões, foi estruturado com uma taxa de IPCA + 10% ao ano e visa financiar a construção de quatro usinas solares nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Este investimento é uma clara aposta do VRTA11 no setor de energia renovável, que tem se mostrado promissor tanto em termos de rentabilidade quanto em consonância com a crescente demanda por fontes de energia sustentável.
Outro destaque foi a aquisição do CRI Fazsol, no valor de R$ 23,3 milhões, com taxa de IPCA + 9,50% ao ano, que destina-se à construção de cinco usinas solares nos estados de Pernambuco, Ceará, Pará e Distrito Federal. Já o CRI Patrimônio, no setor imobiliário, foi adquirido por R$ 17,5 milhões, com prazo de cinco anos e taxa de IPCA + 9,55% ao ano, sendo lastreado em uma Nota Comercial da Patrimônio Construções e Empreendimentos Imobiliários S/A.