Boletos agora podem ser pagos por Pix
A partir de hoje, 3 de fevereiro, os boletos podem ser pagos também por meio de Pix, além do tradicional código de barras. A nova resolução do Banco Central facilita os pagamentos instantâneos, eliminando a espera pela compensação bancária.

A partir de hoje, 3 de fevereiro, uma grande mudança no sistema bancário brasileiro entra em vigor: boletos podem ser pagos por Pix. A resolução aprovada pelo Banco Central (BC) em dezembro do ano passado tem como objetivo modernizar o pagamento de boletos, que até então dependiam do tradicional código de barras. A nova funcionalidade permite que os consumidores utilizem o Pix, um sistema de pagamento instantâneo, para liquidar suas dívidas de forma mais rápida e eficiente.
O que muda no pagamento de boletos com Pix
Com a nova resolução do Banco Central, os boletos não precisarão mais ser pagos exclusivamente por código de barras. Agora, será possível utilizar o Pix, que é uma forma de pagamento imediata, ao escanear o código QR presente no boleto. O processo de pagamento via Pix acontece de maneira instantânea, o que representa um grande avanço quando comparado à compensação bancária tradicional, que pode levar vários dias.
A mudança traz benefícios significativos para os consumidores, como a eliminação da necessidade de esperar pela compensação dos pagamentos, um processo que antes poderia levar de 1 a 3 dias úteis. Com o Pix, o valor pago é imediatamente transferido para o credor, sem qualquer atraso.
Além disso, essa simplificação facilita o processo para quem realiza o pagamento, eliminando a necessidade de digitar uma longa sequência de números do código de barras manualmente. O único requisito é que o boleto tenha o código QR com a chave do Pix para efetuar a transação.
Boleto dinâmico: A próxima grande novidade no sistema financeiro
Embora a novidade do pagamento de boletos via Pix já esteja em vigor, uma outra mudança importante está em andamento e promete transformar a forma como as dívidas são negociadas no Brasil: o boleto dinâmico. Esse novo modelo de boleto foi aprovado na mesma resolução, mas ainda depende de uma instrução normativa do Banco Central para ser totalmente implementado.
O boleto dinâmico permitirá a transferência de titularidade de certos tipos de dívidas, como as duplicatas escriturais, quando essas forem comercializadas ou trocadas de mãos. Isso significa que, se uma empresa vender uma duplicata para outra, o novo credor poderá receber o pagamento diretamente sem que haja troca de documentos físicos. Essa mudança visa aumentar a segurança e a transparência nas transações, além de reduzir custos operacionais e minimizar o risco de fraudes.
Segurança no pagamento: Como o boleto dinâmico funciona
A criação do boleto dinâmico tem como objetivo dar mais segurança à transferência de pagamentos, principalmente para os devedores e credores envolvidos em transações com títulos financeiros, como duplicatas. O sistema garantirá que o pagamento seja direcionado ao legítimo detentor do título, evitando que o dinheiro caia nas mãos erradas.
De acordo com o Banco Central, o boleto dinâmico não só facilitará a transação, mas também trará mais eficiência ao mercado de títulos, permitindo que pequenas e médias empresas possam negociar suas dívidas de maneira mais ágil e segura. Isso é especialmente relevante em um cenário onde a agilidade nos pagamentos pode ser um fator crucial para a sobrevivência financeira dessas empresas.
O boleto dinâmico, entretanto, ainda não está disponível de forma ampla. A sua implementação depende da criação de sistemas digitais que irão registrar e gerenciar esses títulos de maneira segura. O BC estima que o boleto dinâmico será plenamente adotado em até seis meses após a aprovação desses sistemas.