O Bitcoin (BTC) atingiu a marca de mais de US$ 41 mil, pela primeira vez desde abril de 2022. Essa ascensão foi impulsionada pela expectativa de redução das taxas de juros nos Estados Unidos, juntamente com o otimismo relacionado ao avanço dos ETFs (fundos de índices) que têm exposição direta à criptomoeda norte-americana.

Na manhã desta segunda-feira (4), a moeda digital está sendo negociada a US$ 41.703, registrando um aumento de 7,5% durante o final de semana. Com isso, a valorização do BTC no ano alcançou 152%. A última vez que o BTC alcançou esse valor foi antes do colapso do ecossistema Terra, evento que desencadeou uma série de falências no mercado de criptomoedas.

O aumento no valor do Bitcoin também influenciou positivamente algumas das principais altcoins. O Ethereum (ETH) chegou perto de atingir US$ 2.248 nesta manhã, um preço não visto há cerca de 18 meses. XRP (XRP) e BNB Chain (BNB) também estão operando em alta. A capitalização total do setor atingiu a marca de US$ 1,55 trilhão, de acordo com o agregador CoinMarketCap.

A Matrixport, provedora de serviços cripto, observou que o aumento na capitalização de mercado indica um mercado em alta contínua. Com a indústria cripto alcançando US$ 1,5 trilhão, ela atingiu um nível em que as finanças tradicionais (TradFi) não podem mais ignorá-la, o que explica a forte migração de fluxos do TradFi para o mercado de criptomoedas.

O mercado está cada vez mais convencido de que o Federal Reserve (FED), o Banco Central dos EUA, deve encerrar o ciclo de aperto monetário à medida que a inflação no país diminui. Essa mudança de cenário impulsionou a recuperação nos mercados globais, com o Bitcoin superando em desempenho ativos como ações globais e ouro em 2023. Nos mercados de derivativos, os contratos futuros de BTC no CME Group e as opções na plataforma Deribit atingiram níveis históricos.

Apesar desse aumento significativo, vale destacar que o BTC ainda está abaixo de sua máxima histórica de US$ 69 mil, alcançada em novembro de 2021.