Bitcoin pode estar se aproximando de nova máxima histórica
Criptomoeda opera em alta consistente essa semana e pode superar os US$ 109 mil em breve, dizem analistas.

O Bitcoin tem apresentado desempenho consistente nesta semana, mesmo após um leve recuo na terça-feira (13), quando alguns traders realizaram lucros. A principal criptomoeda do mercado voltou rapidamente à trajetória de alta e opera próximo aos US$ 103 mil, com possibilidade de romper sua máxima histórica de US$ 109 mil em breve.
A valorização atual do Bitcoin reflete a expectativa de que os principais bancos centrais do mundo adotem políticas de estímulo à economia diante de um cenário macroeconômico desafiador. Com a perspectiva de maior liquidez nos mercados, cresce o apetite por ativos de risco – como é o caso das criptomoedas.
Acordo entre potências e inflação sob controle favorecem o criptoativo
Um dos fatores que reforçam o otimismo em torno do Bitcoin é o recente acordo comercial entre Estados Unidos e China, que ajudou a aliviar as tensões geopolíticas e estimulou os mercados globais. De acordo com André Franco, CEO da Boost Research, esse movimento também fortaleceu o dólar e renovou o apetite dos investidores por ativos alternativos.
Além disso, a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA referente a abril surpreendeu positivamente, com alta mensal de 0,2% e inflação acumulada de 2,3% em 12 meses – abaixo da meta do Federal Reserve, que é de 2%. Com isso, aumentaram as apostas de que o Fed promoverá cortes na taxa de juros ainda este ano, o que tende a beneficiar os mercados de criptoativos.
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Histórico pós-halving anima especialistas
Outro ponto de atenção do mercado é o ciclo de valorização pós-halving. O evento, que ocorre a cada quatro anos e reduz a emissão de novos Bitcoins, aconteceu mais recentemente em abril de 2024.
Para Murilo Cortina, diretor de novos negócios da QR Asset Management, há uma tendência histórica de que o mercado atinja picos entre 14 e 16 meses após o halving. Se o padrão se repetir, “podemos ver novas máximas para o Bitcoin e outras criptos nos próximos meses”.
Investidores institucionais reforçam confiança
A confiança dos grandes investidores também tem sido um fator determinante na atual fase de valorização. Apenas na semana passada, fundos de empresas como BlackRock, Fidelity e 21Shares registraram entradas líquidas de US$ 882 milhões, segundo a plataforma CoinShares. Com isso, os aportes acumulados no ano já somam US$ 6,7 bilhões.
Outro destaque foi a Strategy, empresa americana de software que ampliou ainda mais sua exposição à cripto, comprando 13.390 unidades de BTC, o equivalente a US$ 1,34 bilhão. A companhia já soma quase 569 mil Bitcoins em sua carteira, o que representa um valor próximo de US$ 59 bilhões.
E agora: romper ou corrigir?
Na visão da analista técnica Ana de Mattos, parceira da corretora Ripio, o movimento atual pode levar o Bitcoin a novas faixas de valor nas próximas sessões, entre US$ 108.200 e US$ 112.800. Segundo a trader, se não houver realização de lucros agora, o ativo pode buscar patamares acima da máxima anterior. Mas, se houver uma correção, o suporte mais próximo está entre US$ 101.300 e US$ 91.900.
Nota! Este conteúdo não deve ser interpretado como recomendação de investimento. O mercado de criptomoedas é altamente volátil e envolve riscos elevados. De modo geral, analistas recomendam que qualquer decisão de investimento seja tomada de forma individual, baseada em critérios bem fundamentados e utilizando apenas recursos que não comprometam a saúde financeira do investidor.
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