Restaurantes Masterchef: ex-participantes que possuem negócios lucrativos

Você conhece ou já visitou algum dos restaurantes Masterchef? Hoje em dia, não faltam bons exemplos de figuras que já passaram pelo reality show culinário, que estimula conhecimento gastronômico, ao mesmo passo que conversa com o empreendedorismo.

Afinal, além do cobiçado troféu e dos cursos de aperfeiçoamento, o programa frequentemente oferece prêmios em dinheiro e equipamentos profissionais, recursos valiosos para dar o pontapé inicial em um novo restaurante ou aprimorar uma cozinha profissional. Tudo isso potencializado pela grande exposição nacional proporcionada pelo programa.

A seguir, conheça alguns nomes que se destacaram na competição e hoje comandam empreendimentos de dar água na boca.

Bons exemplos nunca faltaram

Antes de conhecer os restaurantes Masterchef de ex-participantes que hoje comandam seus próprios negócios, vale relembrar brevemente algumas das maiores influências por trás dessas trajetórias. 

Sim, estamos falando dos icônicos jurados do programa — escolhidos, aliás, justamente por serem nomes de destaque na gastronomia e donos de restaurantes renomados.

• Erick Jacquin: conhecido por sua culinária francesa e personalidade marcante, Jacquin comanda o Président, eleito várias vezes o melhor restaurante francês de São Paulo. Além dele, é proprietário do italiano Lvtetia, do Ça-Va , e da casa de carnes Steak Bife, todos na capital paulista.
• Paola Carosella (jurada entre 2014 e 2020): uma das personalidades mais marcantes que passaram pelo programa, a chef argentina Paola Carosella é o nome por trás do Arturito, restaurante clássico que, após 16 anos em Pinheiros, foi transferido para o bairro dos Jardins, em São Paulo. 
• Henrique Fogaça: com estilo rústico, contemporâneo e forte identidade visual, Fogaça comanda desde 2005 o Sal Gastronomia, que hoje conta com duas unidades em São Paulo. O chef também é proprietário do Cão Véio, gastropub que já soma cinco unidades: três na capital paulista, uma em Curitiba e outra em Alphaville.
• Helena Rizzo (entrou como jurada em 2021): com uma cozinha autoral que mistura delicadeza e inovação, Helena Rizzo é o nome à frente do premiado Maní, em São Paulo — restaurante que já conquistou estrela Michelin e reconhecimento internacional.
• Rodrigo Oliveira (jurado fixo na 10ª temp.): renomado por valorizar com criatividade e autenticidade os ingredientes e técnicas da culinária nordestina, Rodrigo é proprietário do Mocotó, que celebra a cozinha sertaneja tradicional com toques inovadores, e do Balaio IMS, que proporciona uma experiência gastronômica brasileira. 

Leia também:

Ex-participantes do Masterchef que possuem restaurante próprio

Confira a seguir alguns dos chefs que passaram pelo MasterChef Brasil e, após conquistarem destaque no programa, transformaram a visibilidade em negócios de sucesso. 

Dayse Paparoto – Paparoto Cucina

Nada melhor do que começar essa lista com Dayse Paparoto, a primeira campeã do MasterChef Profissionais e um dos melhores exemplos, em termos empreendedorismo. Seu talento é inegável, afinal, saiu do programa como vencedora, mas o que realmente impressiona é o sucesso absoluto do seu negócio.

O Paparoto Cucina, restaurante especializado em culinária italiana, já conta com três unidades em São Paulo, sendo a mais recente inaugurada no final de 2024. Quando ainda operava com duas unidades, o empreendimento já empregava mais de 100 colaboradores e produzia artesanalmente mais de 400 kg de massas frescas por mês — números que certamente cresceram desde então.

Com mais de 20 anos de experiência em cozinhas renomadas, como Fasano e Laurent, Dayse imprimiu sua visão em um restaurante que, inclusive, já recebeu recomendação do Guia Michelin em 2024 e 2025.

Heaven Delhaye –  D’Heaven

Outra ex-participante do reality que não dá sinais de desaceleração é Heaven Delhaye. A chef integrou o MasterChef Profissionais em 2018 e, embora fosse uma das favoritas ao título, acabou eliminada antes da final. A vitória não veio, mas os negócios prosperaram — e muito.

Hoje, Heaven está à frente de diversos restaurantes no Rio de Janeiro, cada um com propostas gastronômicas distintas. Na capital carioca, comanda o francês D’Heaven, o italiano Heaven Cucina, a pizzaria Nonna Per Heaven e, em São Paulo, o divertido Bob Esponja Burger & Restaurante.

Além dos estabelecimentos, a chef também mergulha no universo dos grandes eventos. Foi ela quem assinou o Gourmet Square, espaço dedicado à gastronomia no Rock in Rio. Em entrevista ao podcast “Sirva-se”, revelou que passou meses “somente na frente do computador planilhando tudo o que precisava” para dar conta do desafio.

Rafa Gomes – Tiara 

Campeão da edição de 2018 do MasterChef Profissionais — a mesma em que Heaven Delhaye era apontada como favorita —, Rafa Gomes é mais um ex-participante que continua colhendo os frutos da visibilidade conquistada no programa. O chef, que também venceu o Iron Chef Brasil em 2022, hoje comanda diferentes empreendimentos no Rio de Janeiro.

Após anos de experiência em cozinhas estreladas pelo Guia Michelin, Rafa inaugurou em 2023 seu primeiro restaurante de alta gastronomia: o Tiara, localizado no Rio Design Leblon, com uma proposta de cozinha contemporânea, autoral e sazonal. Além dele, é proprietário do Itacoa Rio e do Tin Tin, um charmoso botequim carioca também no Leblon.

Reconhecido internacionalmente, Rafa Gomes já foi eleito Chef do Ano pelo prêmio Comer & Beber da revista Veja Rio e, além de empreendedor, atua como consultor gastronômico. Entre seus projetos estão o Macaw, em Niterói, e o Mano, em Londres.

Leo Young – Tata Sushi

Vencedor da terceira temporada do MasterChef Brasil, em 2016, Leo Young é um exemplo de como o programa pode impulsionar mudanças de vida significativas. Formado em Administração de Empresas, o paulista decidiu mudar de rumo aos 35 anos, trocando a carreira corporativa pela paixão pela gastronomia — até então apenas um hobby.

Desde 2018, Leo Young atua como chef-executivo e sócio do badalado Tatá Sushi, em São Paulo, mas faz questão de ressaltar que o sucesso não veio de imediato. “Não foi fácil. Demorei um ano e meio para fazer o meu restaurante bombar”, relembra.

“Para você ter um restaurante de sucesso, precisa de uma série de fatores que vão além de um bom prato. […] É preciso ter boa administração de todo o processo. De compras, da parte financeira, de RH dos funcionários”, disse o Chef à Veja.  

Irina Cordeiro –  Cuscuz da Irina 

Ex-participante da segunda temporada do MasterChef Profissionais, a potiguar Irina Cordeiro conquistou o público com sua cozinha afetiva e criativa. Em São Paulo, comanda o Cuscuz da Irina, que já conta com duas unidades e tem como estrela o tradicional cuscuz de milho nordestino — preparado com toques autorais e contemporâneos.

Com o sucesso do empreendimento, Irina decidiu ampliar o cardápio e sua proposta culinária. “Queria sair um pouco desse lugar só de comida nordestina. Queria mostrar mais da minha comida autoral, tropical, com uma base muito forte de frutos do mar”, afirmou.

Foi assim que nasceu o Irina Restaurante, localizado no Jardim Paulista. Além de explorar sabores brasileiros com sofisticação, o novo espaço se destaca pela mistura de gastronomia com moda e design — uma combinação que reflete o estilo e os interesses da chef dentro e fora da cozinha.

Oportunidades e riscos para investidores no setor gastronômico

Como bem observou o ex-MasterChef Leo Young, servir um bom prato é essencial, mas não suficiente para garantir o sucesso de um restaurante. Antes de tudo, trata-se de um negócio, e por isso, embora o talento seja indispensável, ele precisa estar aliado a uma visão empreendedora apurada.

O chef e empresário Mário Santiago Israel — à frente do Lena, restaurante em Pinheiros, São Paulo — traz reflexões valiosas sobre os bastidores do setor. Com passagens por cozinhas renomadas como Noma, Mocotó e Manioca, ele introduz o tema com uma abordagem direta e reveladora.

“Abrir um restaurante é, ao mesmo tempo, um sonho e um teste de resistência. É transformar uma ideia — muitas vezes cheia de afeto, receitas e referências — em um negócio real, com operação diária, equipe, custos, clientes e imprevistos”, disse o chef ao podcast Foodness Talk. 

O Sebrae, órgão de apoio a pequenos negócios, destaca que investir em alimentos exige atenção redobrada ao planejamento estratégico e controle operacional para evitar falhas comuns que levam ao insucesso. Algumas dicas básicas para investidores interessados são: 

• Leia também: Empresas que deram certo no Shark Tank: Veja os cases de sucesso

Aspectos base para ficar de olho 

Gostou do conteúdo?
Siga o Melhor Investimento nas redes sociais:  Instagram | Facebook | Linkedin