Empresas que deram certo no Shark Tank Brasil: Veja os cases de sucesso
Você já se perguntou o que acontece com as startups que conquistam um investimento no Shark Tank Brasil? A vitrine nacional para empreendedores promete transformar ideias inovadoras em grandes negócios, mas nem sempre a história tem um final feliz.
O Shark Tank Brasil revelou-se um verdadeiro laboratório de ideias, onde empreendedores ousados buscam investimentos para transformar seus sonhos em negócio robusto e competitivo.
Mas afinal, quais dessas startups alcançaram o sucesso esperado e quais não conseguiram atender às expectativas do mercado? Como costuma se dizer no meio: “Empreender é como andar de bicicleta”. Neste artigo, vamos conhecer histórias de quem pedalou forte e de quem acabou se desequilibrando.
5 empresas que se destacaram no mercado após o Shark Tank
A seguir, destacamos algumas das empresas que, após receberem investimentos no programa Shark Tank Brasil, conseguiram alcançar o sucesso. Essas empresas se destacaram por suas ideias inovadoras, execução estratégica e capacidade de escalar os negócios com o apoio dos investidores (“sharks”).
O sucesso dessas empresas é atribuído não apenas ao financiamento recebido, mas também ao acesso à expertise, networking e estratégias de marketing fornecidos pelos investidores. Além disso, a participação no programa serve como uma poderosa plataforma de marketing, atraindo novos clientes e investidores externos.
Quais empresas do Shark Tank deram certo?
Borda e lenha
O jovem empreendedor Gabriel Farrel, fundador da pizzaria Borda e Lenha, conquistou todos no Shark Tank Brasil em 2020. Com um aporte de R$ 300 mil dos sharks José Semenzato e Felipe Titto, que adquiriram 50% da empresa, o negócio passou por uma notável expansão.
Na ocasião, Farrel participou do programa com o objetivo de ampliar sua rede, que até então contava com apenas duas franquias. Hoje, graças ao investimento e à parceria estratégica, a Borda e Lenha já possui 57 lojas espalhadas por 10 estados brasileiros.
Credere
Criada por João André e Luiz Fernando, a Credere se destaca no mercado de financiamento de veículos com sua plataforma intuitiva. Em busca de expansão, a startup recebeu um aporte de R$ 400 mil de João Appolinário, que adquiriu 15% da empresa.
Com o novo aporte financeiro e a visibilidade conquistada, a Credere tem intensificado seus investimentos em tecnologia e aprimorado seus serviços. Atualmente, a empresa oferece uma plataforma integrada aos principais bancos do Brasil, permitindo que os usuários simulem e enviem propostas de financiamento de forma online e em tempo real.
Visto.bio
A visto.bio apresentou-se no Shark Tank Brasil com uma proposta inovadora: um “desodorante para roupas”. Na verdade, trata-se de um spray que impede a proliferação de microrganismos em todos os tipos de tecidos, prevenindo assim o mau odor.
Durante o pitch de Rafael Serrano, fundador da marca, discutiu-se até a possibilidade de participação de todos os sharks, com cada um adquirindo 10% da empresa por um investimento de R$ 500 mil. No entanto, o negócio foi fechado por R$ 500 mil por 40% da empresa, com João Appolinário como investidor.
Por conta das propriedades do produto na ação contra vírus presentes no ar, durante a pandemia, a empresa chegou a crescer 600%, registrando um faturamento de R$ 2,5 milhões.
DecorColors
A DecorColors, certamente, está entre as empresas que mais marcaram o programa. Afinal, Leonardo Arruda, fundador da empresa de tintas decorativas, conseguiu um investimento exorbitante de R$ 10 milhões do chefão da Polishop, João Appolinário, por 50% da empresa.
Atualmente, a empresa conta com mais de 600 franquias e uma base de mais de 1,4 milhão de seguidores nas redes sociais. Em 2023, a DecorColors faturou R$ 300 milhões, com projeções de atingir R$ 1 bilhão.
A empresa pioneira no desenvolvimento de acabamentos com esferas diamantadas e textura aveludada, já alcançou grande visibilidade ao marcar presença até mesmo na casa do Big Brother Brasil, um dos programas de maior audiência na televisão brasileira.
Insider
Poucos se lembram, mas a Insider, hoje uma marca de roupas amplamente reconhecida por sua abordagem inovadora em tecnologia, design e sustentabilidade, teve sua trajetória impulsionada ao participar da 4ª edição do Shark Tank Brasil.
Carol Matsuse e Yuri Gricheno, fundadores da Insider, apresentaram no Shark Tank Brasil uma linha inovadora de roupas íntimas com tecnologia antissuor e antiodor. A proposta chamou a atenção de três investidores, e a dupla decidiu aceitar a oferta de Cristiana Arcangeli, que adquiriu 15% da empresa por R$ 90 mil.
Atualmente, a Insider atende mais de meio milhão de clientes em cerca de 40 países e continua a investir fortemente em tecnologia têxtil. A marca também se destaca por seu compromisso com a sustentabilidade, possuindo certificações como CO₂ Control, Oeko-Tex® e o selo eureciclo.
Shark Tank Brasil: desafios e riscos
Ao longo das diversas edições do Shark Tank Brasil, muitos negócios que receberam aportes significativos dos investidores não alcançaram o retorno financeiro esperado. Mesmo com a expertise e o capital dos sharks, algumas empresas não conseguiram se consolidar ou crescer como planejado.
Isso ressalta a natureza desafiadora do mundo dos negócios, especialmente para startups, onde o sucesso nem sempre é garantido, mesmo com o apoio de grandes nomes. Por isso, a lista de empresas que “não deram certo” acaba sendo considerável, o que é compreensível em um ambiente tão competitivo e incerto.
Nesta linha, deve-se reforçar que são startups, e o risco é parte natural desse cenário. A própria Carol Paiffer, investidora de sucesso e integrante do grupo de sharks, já declarou que o erro é comum nesse tipo de empreendimento e que ela mesma já teve prejuízos consideráveis em investimentos feitos no programa.
De certo modo, algumas empresas podem ser vistas como exemplos de “não deu certo” por não terem atingido o nível de destaque das mencionadas anteriormente. No entanto, muitas dessas ainda estão em operação e seguem firmes na busca por seu espaço no mercado.
Empresas que apareceram no Shark Tank e deram errado
Embora muitos casos não tenham decolado e, consequentemente, não tenham gerado o retorno esperado, há também empresas que simplesmente falharam. Uma pesquisa do canal Maestria em Negócios identificou pelo menos cinco delas que já não existem mais. Entre os casos mais significativos estão:
URBAM
A startup responsável pela criação de mochilas antifurto surgiu com a proposta de oferecer um produto inovador, voltado para aumentar a segurança dos usuários em ambientes urbanos.
Apesar das dúvidas levantadas pelos investidores sobre as patentes e a originalidade do design, o empresário João Apolinário, conhecido por sua visão estratégica, decidiu apostar na ideia. Ele investiu R$ 50 mil em troca de 40% da empresa, acreditando no potencial do negócio.
No entanto, apesar do otimismo inicial, a trajetória da empresa foi marcada por desafios. Em meados de 2020, ela anunciou que o estoque de mochilas havia se esgotado, o que indicava problemas na continuidade da operação. Atualmente, o site da startup está fora do ar, sugerindo que o empreendimento encerrou suas atividades.
Pet Bamboo
A Pet Bamboo, empresa especializada em produtos sustentáveis para animais de estimação, foi fundada por Petra Shie e se destacou por utilizar materiais recicláveis e biodegradáveis em seus produtos, como roupas, acessórios e cosméticos para cães e gatos.
Na apresentação para os sharks, Shie trouxe números impressionantes, despertando o interesse de dois investidores. O acordo foi fechado com o “rei das franquias” José Semenzato, que ofereceu R$ 500 mil por 45% da empresa.
No entanto, o negócio não prosperou. Em uma entrevista, Semenzato mencionou erros graves que comprometeram a empresa. Em 2021, a startup anunciou no Instagram que descontinuaria a venda de produtos, sendo essa a última publicação da Pet Bamboo na rede.
*É importante destacar que os negócios apresentados no Shark Tank não são concluídos imediatamente no palco. Após a apresentação, há uma etapa de validação em que os sharks verificam as informações fornecidas pelos empreendedores, bem como outros dados relevantes da empresa. Por isso, nem sempre as parcerias anunciadas durante o programa são efetivamente concretizadas.
