Investir em fundo de fundos (FOFs) costuma ser uma opção mais simples para diversificar a carteira de investimentos. É como participar de um rodízio de comida: o objetivo de todos é o mesmo e existem diversos sabores à disposição por um preço menor.

Até porque, em vez de pagar separadamente por cada alimento, você paga uma taxa para ter acesso a uma variedade de opções. Essa é a mesma lógica do investimento em fundos.

Porém, em um rodízio você escolhe o sabor e o quanto deseja comer de cada alimento. No fundo, um gestor toma todas as decisões em nome dos investidores, desde que acordado. Assim, é possível manter a carteira com fundos de fundos imobiliários, fundos de fundos de ações etc.

Quer entender mais sobre o que são fundo de fundos, como funcionam, tipos, vantagens, riscos e outras informações importantes? Continue a leitura e fique por dentro!

O que são fundos de fundos?

Tratam-se de fundos de investimento que investem em outros fundos. Por exemplo, os fundos de investimento imobiliário (FII) são formados por investidores que investem em imóveis ou em títulos relacionados ao setor imobiliário.

No caso dos fundo de fundos, não existe investimento direto em imóveis — ou em outro ativo financeiro, como ações e títulos. Contudo, os fundos de fundos podem investir em opções que investem no setor imobiliário, fazendo uma participação indireta neste mercado.

Ou seja, é como um empresário investir em uma escola de música, em vez de diretamente em um artista específico. Quer dizer, essa iniciativa também ajuda a financiar o setor musical e incentiva o desenvolvimento de novos artistas.

Como os fundos de fundos funcionam?

O funcionamento é similar a aplicação financeira dos demais fundos: os investidores escolhem os ativos que devem compor a carteira, auxiliados pelo gestor. Este formaliza o processo ao comprar cotas — frações do patrimônio do fundo — com o dinheiro dos cotistas.

O critério de escolha dos ativos deve ser o fundo com resultados mais sólidos ao longo do tempo. E ainda, é preciso alinhar a escolha com os objetivos financeiros e o perfil do investidor, além de acompanhar de perto o desempenho do investimento.

Inclusive, o gestor também deve analisar o regulamento de cada fundo, que contém informações sobre taxas cobradas, critérios de seleção dos fundos investidos etc.

Quais são os tipos de fundos de fundos?

Existem diversos fundo de fundos disponíveis no mercado, cada um com estratégias e características específicas. Alguns dos principais são:

  • FOFs de ações: investem em fundos de ações de diversas empresas;
  • FOFs de renda fixa: focam em fundos de renda fixa, que têm regras de remuneração pré-definidas para minimizar os riscos;
  • FOFs imobiliários: investem em fundos imobiliários, que por sua vez, aplicam em prédios comerciais, shoppings centers, galpões logísticos, entre outros;
  • FOFs multimercados: é um fundo amplo e envolve ações, renda fixa, cambial etc., para ter mais diversificação de ativos e potencial de rentabilidade.

Como ocorre a tributação de fundos de fundos?

A tributação de fundos de fundos depende das regras do tipo de FOF que compõem a sua carteira. Saiba mais!

Fundo de fundo multimercado

O imposto de renda (IR) incide sobre os rendimentos obtidos, distribuídos periodicamente aos cotistas, e a cobrança considera a tabela regressiva. Ou seja, quanto maior o prazo de aplicação, menor é a alíquota a ser paga, com valor variando entre 15% e 22,5%.

Fundo de fundo ações

Se você investir em um FOF de ações e depois vender as cotas com lucro, vai precisar pagar IR sobre esse lucro. A alíquota do IR é de 15% para operações feitas em até um dia e de 20% para as com prazo superior.

Além disso, os rendimentos do fundo são isentos de IR para pessoas físicas, desde que ele atenda a alguns requisitos. Entre eles, ter mais de 50 cotistas e distribuir, pelo menos, 95% dos rendimentos aos investidores.

Fundo de fundo renda fixa

A tributação incide sobre os rendimentos do fundo seguindo as seguintes alíquotas:

  • 22,5%, para investimentos com prazo de até 180 dias;
  • 20%, para investimentos com prazo de 181 a 360 dias;
  • 17,5%, para investimentos com prazo de 361 a 720 dias;
  • 15%, para investimentos com prazo acima de 720 dias.

Fundo de fundo imobiliário

Não é preciso pagar IR sobre os rendimentos. Para isso, o fundo deve ter, no mínimo, 50 cotistas e as cotas sejam negociadas na B3, bolsa de valores do Brasil. Entretanto, se você vender as cotas com lucro, terá que pagar o imposto de Renda sobre o ganho de capital de 20%.

Fundo de fundos pagam dividendos?

Sim! Os fundo de fundos pagam dividendos aos investidores para remunerá-los conforme a rentabilidade do investimento. A distribuição pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual, dependendo do tipo de fundo e da estratégia adotada pelo gestor.

A mesma lógica se aplica ao valor dos dividendos. Então, é preciso ler atentamente o regulamento do fundo e consultar o seu gestor para entender melhor as características de cada investimento.

Quais são as vantagens dos fundos de fundos?

Uma das principais é a possibilidade de diversificar a carteira e se expor para dezenas de fundos simultaneamente. Logo, em vez da rentabilidade depender de um mesmo ativo e dos riscos ficarem concentrados, eles são distribuídos.

Assim, você tem mais chance de retorno e de minimizar as perdas, já que cada investimento tem um desempenho diferente.

Ou seja, em vez de você sofrer integralmente com a performance de um ativo, ela pode ser compensada com o desempenho positivo de outro. Nesse caso, o ditado popular: “não coloque todos os ovos na mesma cesta” faz todo sentido.

Por outro lado, também é indispensável acompanhar algumas informações, como a taxa de administração, cobrada para remunerar o gestor e paga pelos cotistas. Quanto mais alta, maiores os impactos sobre a rentabilidade. Isso é avaliado ao comparar as taxas cobradas com a performance do fundo.

Quais são os riscos dos fundos de fundos?

Como visto, um dos riscos do fundo de fundos é ter taxas altas a ponto de diminuir muito a rentabilidade. Outro risco é o de mercado, principalmente conforme o tipo de fundo escolhido. Assim, o fundo de fundos pode ter o desempenho afetado por eventos políticos, mudanças nas taxas de juros etc.

Além disso, caso os emissores dos títulos financeiros não cumpram com as obrigações de pagamento, o investidor sofre calote. E ainda, isso ocorre sem a indenização financeira do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que não abrange fundos de investimento.

Vale a pena investir em FOFs?

A decisão depende do perfil e objetivos do investidor. Os fundo de fundos podem ser uma boa opção para diversificar a carteira, já que permitem o acesso a diferentes tipos de fundos com uma única aplicação.

Além disso, os FOFs são geridos por profissionais especializados, o que traz mais segurança e eficiência na gestão. Contudo, assim como qualquer investimento, um fundo de fundos tem riscos e custos. Logo, é importante avaliar bem antes de investir.

Como investir em FOFs?

Para investir é preciso abrir conta em uma corretora, transferir dinheiro e escolher as opções disponíveis. A seleção deve ser feita conforme o seu perfil e objetivos financeiros, decisão que pode ser auxiliada por assessores de investimento.

Como visto, os fundos de fundos podem elevar a diversificação e diminuir os riscos envolvidos. Contudo, para ter boa rentabilidade e mais segurança é preciso tomar alguns cuidados e saber analisar bem o mercado.

Pensando nisso, existem assessores de investimentos, que podem maximizar o retorno e minimizar os riscos. Acesse o site da InvestSmart e saiba mais sobre o funcionamento de uma assessoria de investimento!