Se você está cansado de viver no vermelho e pronto para recuperar o controle da sua situação, precisa entender de uma vez por todas como ter uma boa educação financeira e como sair das dívidas. Isso mesmo! É hora de colocar as contas em dia.

Segundo a pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 76,6% das famílias brasileiras estão endividadas. Essas dívidas se referem a cheque especial, cartão de crédito, crédito consignado, carnês de loja, empréstimos, entre outras.

Para reverter a situação, é importante adotar estratégias práticas para lidar com o dinheiro no dia a dia. É preciso buscar uma mudança de mentalidade e colocar o planejamento financeiro como prioridade. Para saber mais sobre o tema, continue a leitura!

Como sair das dívidas e não ficar no vermelho?

Para se livrar das dívidas e recuperar sua estabilidade financeira, alguns passos são negociar com os credores, cortar gastos desnecessários, fazer um planejamento financeiro e manter a disciplina. Confira!

1. Anote seus gastos

Anotar os gastos é importante para entender como sair das dívidas e manter o controle financeiro. Assim, é possível ter uma visão de para onde o dinheiro está indo, identificar padrões de consumo e tomar decisões.

Ao acompanhar de perto as despesas, é mais fácil identificar possíveis excessos e fazer ajustes para evitar dívidas. O registro dos gastos também permite estabelecer metas de economia.

2. Organize dívidas e orçamentos

Liste todas as suas dívidas e identifique aquelas que estão causando mais impacto no seu orçamento. Em seguida, priorize o pagamento dessas dívidas para evitar que elas acumulem ainda mais.

A ideia é evitar uma “bola de neve” que pode se tornar incontrolável no pagamento das obrigações. Também é bom identificar os gastos que podem ser reduzidos ou eliminados.

Isso pode incluir cortar gastos com lazer, saídas para restaurantes ou compras por impulso. Portanto, é algo que exige disciplina.

3. Crie metas

Como sair das dívidas envolve planejamento, você pode criar metas financeiras utilizando o método do envelope. Ele serve para dividir as despesas em diferentes categorias. Para isso, siga esses passos:

  • identifique seus gastos: liste as principais categorias de despesas em que você costuma gastar dinheiro, como alimentação, transporte, moradia, lazer, educação, reserva de emergência, entre outras;
  • defina um valor mensal para cada categoria: determine quanto você pretende gastar em cada área a cada mês;
  • separe o dinheiro em envelopes: utilize o valor definido para cada categoria e separe-o em envelopes físicos ou virtuais;
  • reavalie as metas mensalmente: no início de cada mês, reavalie suas metas e ajuste os valores dos envelopes, se necessário.

4. Elimine gastos desnecessários

Analise suas despesas e identifique quais são realmente necessárias e quais podem ser consideradas supérfluas. Às vezes nem nos damos conta de que o dinheiro está indo para o ralo por causa de itens que podem ser cortados.

Suponha que você tenha identificado que está gastando muito dinheiro com refeições fora de casa. Para eliminar essa despesa, você pode estabelecer um limite mensal para alimentação fora, como R$ 200,00.

Ao atingir esse valor, você se compromete a fazer suas refeições em casa ou levar marmitas para o trabalho. Dessa forma, você reduzirá seus gastos com alimentação e evitará dívidas.

5. Procure uma renegociação

Faça uma análise das suas finanças e estabeleça um valor máximo que você pode pagar para quitar suas dívidas. Antes de tudo, para entender como sair das dívidas, é importante não assumir um compromisso com o qual você não possa arcar.

Existem programas de renegociação de dívidas, como o Serasa Limpa Nome ou o Desenrola Brasil, que oferecem condições especiais e descontos para ajudar na quitação das pendências.

Você pode também entrar em contato com os credores e dar uma explicação sobre a sua situação financeira. Muitas vezes, eles estão dispostos a negociar condições mais favoráveis para parcelamentos, por exemplo.

Após negociar suas dívidas, cumpra com os acordos estabelecidos e faça os pagamentos conforme combinado para não perder credibilidade perante os credores.

6. Controle gastos no cartão de crédito

Evitar gastos excessivos no cartão de crédito é essencial para manter a saúde financeira. Principalmente se considerarmos as altas taxas de juros caso você não pague a fatura em dia.

Por isso, faça apenas as compras que podem ser pagas na totalidade na data de vencimento. O uso do cartão de crédito pode facilitar as compras por impulso, mas, se você quer saber como sair das dívidas, é preciso evitá-las ao máximo. Sempre que possível, opte por pagar de forma à vista.

7. Pesquise antes de qualquer compra

Antes de comprar algum item, você pode comparar preços e encontrar as melhores ofertas e condições de pagamento, para que a despesa seja adequada ao orçamento disponível.

Vamos exemplificar. Imagine que você precise comprar um smartphone com uma boa câmera. Antes de adquirir o produto, é importante pesquisar em diferentes lojas, verificar as diferenças de preços, ler avaliações de outros consumidores, considerar as especificações técnicas e avaliar o custo-benefício.

Suponhamos que seu orçamento não seja compatível com o último smartphone lançado. Logo, você terá que comprar um com menos funcionalidades, sem comprometer o orçamento, ou economizar para comprar um melhor em outro momento.

8. Procure uma renda extra

Como sair das dívidas é uma preocupação frequente entre os que têm pendências financeiras, uma opção interessante é buscar formas de obter renda extra, como:

  • prestar serviços online;
  • dar aulas particulares;
  • criar conteúdos digitais para venda;
  • vender produtos artesanais;
  • fazer doces para comercializar;
  • alugar quartos da residência;
  • trabalhar como motorista de aplicativo.

Uma pessoa com um emprego fixo que enfrenta dívidas pode, por exemplo, alugar um quarto vago em sua casa para universitários. Por conseguinte, ela pode gerar uma renda adicional todo mês, que pode ser direcionada para o pagamento das obrigações em atraso.

9. Faça uma reserva de emergência

Para fazer uma reserva de emergência, é importante seguir alguns passos. Primeiro, é necessário estabelecer um objetivo, determinando o valor que se deseja economizar para a reserva.

Em geral, especialistas recomendam guardar um montante que possa cobrir de 3 a 6 meses de despesas básicas.

Em seguida, avalie as despesas essenciais do mês, como moradia, alimentação e contas fixas, para ter uma noção do valor a ser poupado. Depois, é importante escolher um local apropriado para a reserva, como uma conta poupança ou uma conta-corrente remunerada.

Ao escolher onde guardar o dinheiro para a reserva, é importante também considerar a liquidez e a baixa volatilidade. Nesse sentido, existem opções de investimento interessantes, como Tesouro Direto Selic, fundos de investimento de curto prazo e CDBs com liquidez diária.

10. Método 50-30-20

O método 50-30-20 é uma estratégia de gerenciamento financeiro que propõe a divisão da renda mensal em três categorias principais: necessidades, desejos e economias. Funciona da seguinte forma:

  • 50% da renda deve ser destinada a necessidades essenciais, como moradia, alimentação, transporte e contas fixas;
  • 30% pode ser alocado para desejos, ou seja, gastos não essenciais, como entretenimento, restaurantes, viagens e compras;
  • 20% das despesas vão para economias, construção de uma reserva de emergência e investimentos para o futuro, mas também pode ser utilizado para dívidas.

11. Tenha paciência

Como sair das dívidas não é algo que acontece do dia para noite, é preciso ter paciência e organização.

Quando uma pessoa se torna impaciente em relação às obrigações financeiras, pode agir de forma precipitada e tomar decisões financeiras inadequadas, como contrair mais dívidas para pagar as existentes ou fazer investimentos arriscados.

Essas decisões podem agravar ainda mais a situação financeira. Também é importante ter paciência para não viver constantemente sob estresse e ansiedade.

É normal se sentir pressionado a resolver a situação rapidamente, mas o estresse constante pode afetar a sua saúde física e mental.

O que pagar primeiro quando se está endividado?

Se você está endividado, o ideal é dar prioridade às dívidas com maiores juros, ao pagamento de serviços essenciais e àquelas que têm bens como garantia. Não pagar essas dívidas causa consequências desfavoráveis. Entenda a seguir.

Dê prioridade às dívidas com juros mais altos

Dar prioridade às dívidas maiores ou com juros mais altos serve para garantir uma melhor gestão e evitar que as dívidas se acumulem de forma descontrolada.

Imagine que você está em um barco com vários furos, cada um representando uma dívida. Se você não tapar os furos maiores primeiro, a água vai entrar mais rapidamente e o barco pode afundar.

Da mesma forma, ao priorizar as dívidas com juros mais altos, você impede que elas cresçam de forma acelerada. Aliás, essa é uma das dicas principais de como sair das dívidas.

Cartão de crédito, financiamentos e empréstimos com taxas elevadas são verdadeiras ervas daninhas para quem se endivida, pois funcionam com juros compostos e crescem exponencialmente.

Outra questão é que o não pagamento pode afetar sua pontuação de crédito e sua capacidade de obter crédito no futuro. Se o seu nome for para Serasa, por exemplo, ele ficará sujo e isso não é bom para sua vida financeira.

Pagamento de serviços essenciais

Para saber como sair das dívidas, é importante dar prioridade às de serviços essenciais, como conta de luz e água, pois se referem a itens básicos de sobrevivência. Mesmo que a situação esteja difícil, não é bom postergar essas contas.

Dessa forma, você garante que continuará a receber esses serviços sem interrupções. O não pagamento, após um período, pode causar cortes no fornecimento. No caso de cortes de água e luz, será um problema que afeta bastante a qualidade de vida.

Além disso, deixar de pagar as contas de serviços essenciais pode resultar em taxas e multas, o que aumenta o valor total da dívida.

Em casos de dificuldades financeiras, é possível negociar as dívidas com as empresas fornecedoras desses serviços. Existem opções de parcelamento e acordos que podem ajudar a regularizar a situação.

Dívidas com bens de garantia

Se você não pagar dívidas com bens de garantia, você pode perder os bens oferecidos. Ao disponibilizar bens como joias, imóveis ou veículos para obter um empréstimo, por exemplo, o bem pode ser tomado pelo credor se você não cumprir com o pagamento da dívida.

Por isso, é bom ficar atento às suas finanças e se planejar de modo adequado para reduzir o risco de perder esses bens. Afinal, o que você deseja é proteger seu patrimônio e garantir que você mantenha a posse dos seus ativos, não é mesmo?

Além disso, ao honrar essas dívidas, você mantém um histórico positivo com o credor, o que pode ser benéfico em situações futuras de crédito.

Vale lembrar que estar em dia com essas obrigações vai evitar processos judiciais, o que pode ser estressante e impactar negativamente sua situação financeira.

Então, gostou do conteúdo? Agora você já sabe como sair das dívidas de forma planejada e o que priorizar no seu orçamento. Aproveite para nos seguir no Instagram e no Facebook!

Resumindo

Como sair de uma situação financeira difícil?

Para sair de uma crise financeira, é importante:

  • identificar quais são as causas;
  • analisar as alternativas para pagamento;
  • rever suas estratégias de finanças e planejamento;
  • renegociar e elaborar um plano para quitar as dívidas;
  • dar prioridade às dívidas com juros mais altos;
  • não comprar itens supérfluos;
  • manter o controle das finanças.

Qual é a principal causa do endividamento?

Segundo levantamento do Serasa, o principal motivo de dívidas para brasileiros são os gastos com alimentação, que representam 59% dos gastos. Em seguida, vem a compra de itens como eletrodomésticos, calçados e roupas, totalizando 46%. Em terceiro lugar estão as despesas com saúde, totalizando 37%.

É possível se livrar das dívidas?

Sim, é possível. O primeiro passo é ter um conhecimento completo das suas dívidas. Anote o tipo de dívida, o credor, o valor inicial, o valor atual, os juros e taxas envolvidos. Depois, crie um orçamento detalhado para controlar suas despesas e identificar áreas onde você pode economizar.

Além disso, entre em contato com os credores para discutir opções de renegociação. Muitas vezes, é possível obter condições de pagamento mais favoráveis, como redução de juros ou parcelamento da dívida.

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.