Setor público registra déficit primário de R$ 18,9 bilhões em fevereiro
O setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário de R$ 18,973 bilhões em fevereiro, segundo o Banco Central. Apesar do resultado negativo, o número ficou bem abaixo das expectativas do mercado, marcando o melhor desempenho para o mês desde 2022.

O déficit primário do setor público consolidado brasileiro atingiu R$ 18,973 bilhões em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Apesar de negativo, o número surpreendeu positivamente o mercado financeiro, ficando abaixo das estimativas e representando o melhor desempenho para o mês desde 2022. O resultado contempla o governo central, Estados, municípios e empresas estatais – com exceção da Petrobras e Eletrobras.
Este saldo representa a diferença entre as receitas e despesas do setor público antes do pagamento de juros da dívida pública, sendo considerado um indicador essencial para avaliar a saúde fiscal do país. Em um cenário de constante vigilância sobre os gastos públicos, o desempenho de fevereiro é visto como um alívio, especialmente diante das expectativas mais pessimistas dos analistas.
Resultado surpreende o mercado financeiro
A mediana da pesquisa Projeções Broadcast indicava um déficit primário do setor público de R$ 26,250 bilhões para fevereiro. No entanto, o resultado divulgado ficou significativamente abaixo das projeções, que variavam de um rombo de R$ 48,370 bilhões a R$ 9,379 bilhões negativos. A surpresa positiva traz um respiro para a política fiscal em meio a discussões sobre metas de resultado primário.
No mês anterior, janeiro, o setor havia apresentado superávit expressivo de R$ 104,096 bilhões, influenciado por receitas extraordinárias e sazonalidade nos pagamentos. Já em fevereiro de 2024, o resultado havia sido um déficit de R$ 48,692 bilhões, mais do que o dobro do valor registrado agora.
Composição do déficit primário: governo central puxa saldo para baixo
O principal responsável pelo resultado negativo de fevereiro foi o governo central, que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central e o INSS. Essa esfera apresentou um déficit de R$ 28,517 bilhões, segundo o relatório do Banco Central. Por outro lado, os entes subnacionais conseguiram manter desempenho positivo.
Os Estados e municípios registraram superávit combinado de R$ 9,244 bilhões, com destaque para os Estados, que sozinhos contribuíram com R$ 6,633 bilhões. Os municípios, por sua vez, somaram superávit de R$ 2,611 bilhões. Já as empresas estatais (com exceção da Petrobras e Eletrobras) fecharam o mês com superávit de R$ 299 milhões.
Esse equilíbrio entre as diferentes esferas de governo é essencial para conter o avanço do endividamento público e manter a confiança dos investidores, especialmente diante das discussões sobre a nova regra fiscal.
Quer começar a sua jornada no mundo dos investimentos?
No Brasil, a XP é referência em investimentos e te oferece uma ampla gama de ativos para investir, além de análises exclusivas e suporte especializado.
Abra sua conta clicando aqui e aproveite as oportunidades do mercado!