Após quatro anos do seu encerramento de negociações de recibos de ação (ADRs), por consequência da sua recuperação judicial, o Grupo Latam retornou à Bolsa de Nova York (Nyse) nesta quinta-feira (25). 

Nesse cenário, acionistas da principal rede de companhias aéreas da América Latina movimentaram cerca de US$ 456 milhões em uma oferta pública inicial de ações (IPO), realizando suas negociações sob o código “LTM”

Vale destacar que o grupo de acionistas da Latam inclui a Sixth Street Partners, Strategic Value Partners, Olympus Peak, Monarch Funds, Värde Funds e Marathon Fund. Juntos, eles venderam 19 milhões de American Depositary Shares (ADS) na terça-feira (23), pelo valor de US$ 24 por papel. Logo, cada ADS representa 2.000 ações ordinárias da empresa, que são negociadas na Bolsa de Valores do Chile.

Também é importante enfatizar que a Latam possui um acordo de joint venture com a Delta Air Lines. Além disso, seu valor de mercado, segundo o fechamento da última quarta-feira (24) em Santiago, é de  7,7 trilhões de pesos chilenos (US$ 8,1 bilhões).

Latam teve aprovação judicial para sair da falência em 2022

No ano de 2020, a Latam chegou a retirar suas ADS do mercado americano, logo após dar entrada no pedido de falência sob o “Chapter 11“, segundo o prospecto apresentado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). A empresa conseguiu a aprovação judicial para sair da falência em 2022.

De acordo com o prospecto, a companhia aérea transportou cerca de 77 milhões de passageiros nos 12 meses até 31 de março. Vale destacar que sua frota é composta por 258 aeronaves narrowbody da família Airbus A320 para voos regionais e 58 aeronaves widebody — modelos Boeing 787, 777 e 767 — para voos internacionais de longa distância.

Já no segundo trimestre de 2024, a Latam apresentou cerca de US$ 144 milhões de lucro líquido sobre US$ 3 bilhões de receita operacional total, em comparação com US$ 144 milhões de lucro líquido sobre US$ 2,7 bilhões de receita no ano anterior.