O fundo imobiliário Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) comunicou ao mercado sua 11ª emissão de cotas, com a meta de captar aproximadamente R$ 2 bilhões por meio da emissão de cerca de 19,7 milhões de cotas, em uma oferta nos moldes da RCVM 160, destinada ao público geral.

O preço de subscrição foi definido em R$ 103,52 por cota, já incluindo o custo de distribuição de R$ 2,03 por cota (equivalente a 2%). Os cotistas atuais poderão participar por meio do direito de preferência, com um fator de 0,283. Isso significa que quem possuir 100 cotas na data-base poderá subscrever até 28 novas cotas na emissão.

O volume mínimo da oferta é de R$ 10 milhões, valor considerado acessível, especialmente em um momento em que fundos de papel ganham destaque, e a gestão da Kinea se mantém relevante na indústria.

Conforme o cronograma divulgado, os cotistas têm até o dia 30 de outubro para manifestar interesse em participar via direito de preferência.

A emissão será realizada em duas séries: a primeira estará disponível em todas as plataformas de investimento, estando aberta para subscrição até 27 de novembro. 

Já a segunda série, voltada exclusivamente para correntistas do Itaú, terá início em 4 de dezembro, com liquidação diária e término no começo de abril.

Portfólio do fundo KNCR11

O KNCR11 é um fundo imobiliário de papel, focado em investimentos em títulos privados pós-fixados (CDI+), com baixo risco de crédito.

Atualmente, o FII possui um patrimônio líquido de R$ 7,05 bilhões e uma carteira composta por quase 70 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). A taxa média desses CRIs é de CDI + 2,16% (ou CDI + 2,41% considerando mark-to-market – MTM), com um prazo médio de 4,1 anos.

Entre os principais devedores e garantias estão empresas como Brookfield e Allos, além de ativos notáveis como o Shopping Cidade Jardim e o Edifício Rochaverá, ambos localizados em São Paulo

Em relação ao destino dos recursos, o prospecto informa que os recursos captados na nova emissão serão totalmente direcionados para a aquisição de CRIs indexados ao CDI, com taxa média de 1,85%, inferior à taxa média dos ativos atuais da carteira.

Caso a emissão atinja o volume esperado, o estudo de viabilidade prevê um prazo de até quatro meses para alocação completa dos recursos, considerando o tamanho elevado da oferta. A capacidade de originação e estruturação de operações da Kinea sustenta esse cronograma como factível.Já sobre a perspectiva de retorno, é esperado que o fundo entregue um yield anualizado de 11,8% no primeiro ano após a emissão, com base no valor da cota patrimonial. Esse retorno é considerado atrativo, dada a abordagem conservadora do fundo e seu controle de riscos.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.