O índice dos fundos imobiliários (FIIs) mais negociados na Bolsa, o Ifix, encerrou a semana com uma queda de 1,37%, situando-se em 3.312 pontos. Este foi o pior resultado semanal desde dezembro de 2022, quando o índice caiu 2,99% entre os dias 12 e 16 daquele mês.

Como resultado, o Ifix perdeu todos os ganhos acumulados em 2024, agora apresentando uma ligeira alta de apenas 0,03%. Anteriormente, o índice havia registrado cinco meses consecutivos de crescimento até março, acumulando uma alta de mais de 3% no ano.

O começo do ciclo de cortes da Selic – que diminuiu de 13,75% ao ano para 10,75% desde agosto do ano passado – sustentou a recuperação dos FIIs. Apesar disso, a possibilidade de um ritmo mais lento na diminuição da taxa de juros abalou a confiança dos investidores.

“Com expectativas de inflação menos ancoradas, atividade econômica ainda aquecida, risco de possíveis mudanças no arcabouço fiscal e incertezas externas, há pouco espaço para cortes adicionais de juros”, conclui a gestão do Cyrela Crédito (CYCR11) em um relatório divulgado nesta sexta-feira (14). “Isso se reflete nas projeções de mercado, que agora esperam uma taxa Selic de 10,25% ao final de 2024 e de 9,00% em 2025”, acrescenta o documento.

Vale enfatizar que o FII Tordesilhas EI (TORD11) lidera as perdas em 2024 entre os principais fundos imobiliários do mercado, com uma queda de 32%. Por outro lado, o Mérito Desenvolvimento Imobiliário (MFII11) está no topo da lista dos maiores ganhos do ano, com uma alta de 16%. Veja os destaques do período.

Segundo o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Tijolo, essa classe de ativos – que investe diretamente em imóveis – acumula perdas de 2,5% em 2024, o que influencia o desempenho de todo o mercado.

Isso acontece porque os fundos de recebíveis – que investem em títulos de renda fixa – apresentam uma alta média de 2,2% no ano, segundo o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Papel.