Embraer recebe R$ 1 bi do BNDES para ampliar exportações e acelerar entregas em 2025
A Embraer receberá R$ 1,09 bilhão do BNDES para financiar a produção de aeronaves voltadas à exportação e cumprir o cronograma de entregas de 2025.
Foto: : Paulo Whitaker/REUTERS
A Embraer recebe R$ 1 bi do BNDES em um novo financiamento destinado a impulsionar sua produção de aeronaves e fortalecer as exportações a partir de 2025. O aporte, aprovado nesta terça-feira (25) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, marca um dos principais movimentos recentes da indústria aeronáutica brasileira. O novo crédito permitirá à companhia cumprir o cronograma de entregas já negociado com clientes internacionais, reforçando sua atuação global e consolidando o Brasil entre os países capazes de produzir e vender aeronaves comerciais de alta tecnologia.
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O financiamento de R$ 1,09 bilhão será contratado por meio da linha Exim Pré-embarque, modalidade do BNDES voltada exclusivamente para empresas exportadoras. A liberação dos recursos ocorre em um momento em que a Embraer registra forte demanda no exterior e planeja ampliar sua capacidade produtiva ao longo de 2025.
A operação responde ao o quê, quando, onde, como e por quê do lide jornalístico:
- O quê: um empréstimo bilionário direcionado à produção de aeronaves.
- Quando: aprovado nesta terça-feira, 25.
- Onde: por meio do BNDES, com sede no Rio de Janeiro, e aplicado nas unidades produtivas da Embraer em São Paulo e outros estados.
- Como: via linha Exim Pré-embarque, com taxas compostas por custo financeiro, risco de crédito e tarifa do banco.
- Por quê: para garantir a fabricação e a entrega de aeronaves destinadas ao mercado externo no prazo acordado.
Segundo a fabricante, a expectativa é entregar entre 77 e 85 jatos comerciais em 2025, superando o desempenho de 2024, quando foram enviados 73 modelos aos clientes. A projeção para o próximo ano reflete o crescente volume de pedidos, impulsionado pela retomada global do setor aéreo e pela competitividade dos jatos da Embraer, especialmente na categoria de até 150 assentos.
Recorde de pedidos e necessidade de ampliar ritmo de produção
A companhia vive um período de expansão. Segundo o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, o atual volume de pedidos representa “um momento histórico” para a empresa. Ele destaca que a carteira global de vendas mantém ritmo consistente e influencia diretamente a necessidade de ampliar investimentos.
De acordo com Gomes Neto, o financiamento do BNDES é essencial para acelerar a fabricação e permitir que a companhia atenda à crescente demanda pelos jatos E-Jets E2, reconhecidos mundialmente por eficiência operacional e menor consumo de combustível. O executivo também reforçou que a Embraer está expandindo sua capacidade industrial para reduzir prazos de entrega nos próximos anos.
Além do segmento comercial, a empresa também registrou resultados relevantes nas áreas de defesa, segurança e aviação executiva. Somando todas as divisões, foram 206 aeronaves entregues em 2024, frente às 181 de 2023.
Importância estratégica do setor para o Brasil e papel do BNDES
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforçou que a Embraer representa um setor estratégico para o país. Ele ressaltou que o Brasil integra um grupo restrito de nações capazes de conceber, projetar, fabricar e exportar aeronaves comerciais, executivas e militares. Segundo ele, isso é resultado de décadas de investimento em tecnologia, inovação e mão de obra altamente qualificada.
Desde 1997, o BNDES já apoiou US$ 26,3 bilhões em exportações da Embraer, contribuindo para a produção de 1.350 jatos destinados ao mercado global. A parceria histórica, segundo Mercadante, consolida o papel do banco como agente de desenvolvimento industrial e competitivo.
Presença global e estrutura produtiva da Embraer
Com cerca de 23,5 mil funcionários, a Embraer mantém sua maior concentração de trabalhadores no Brasil, especialmente em São José dos Campos, Sorocaba, Botucatu e Gavião Peixoto. A empresa também conta com centros de engenharia em Florianópolis e Belo Horizonte, além de instalações industriais nos Estados Unidos e em Portugal.
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