O Bitcoin (BTC) surpreendeu o mercado no início desta semana ao registrar um aumento de 15%, alcançando a marca de US$ 35 mil na noite da última segunda-feira (23), o nível mais elevado desde maio de 2022. Essa valorização é resultado de intensas especulações em torno da possível aprovação de um histórico Exchange-Traded Fund (ETF) com exposição direta à criptomoeda nos Estados Unidos nas próximas semanas.

Ainda nesta segunda-feira, a renomada gestora BlackRock deu um passo crucial ao listar seu ETF de Bitcoin proposto, conhecido como iShares Bitcoin Trust, no Depository Trust & Clearing Corp (DTCC), uma empresa que desempenha um papel fundamental nas compensações de ativos para a Nasdaq, identificado pelo ticker IBTC. Este movimento, que sugere que a gigante dos investimentos está se aproximando do lançamento do ETF, está intrinsecamente ligado à notável valorização da criptomoeda, conforme analisado pela corretora Bernstein.

O especialista em ETF da Bloomberg Intelligence, Eric Balchunas, destacou que a inclusão do ticker não constitui uma garantia absoluta da aprovação do ETF, mas é inegavelmente um indicativo significativo. Em suas palavras, “Não é uma certeza, mas isso implica que todos os requisitos estão sendo cumpridos antes do lançamento de um ETF. Historicamente, a adição de um ticker costuma preceder o lançamento.”

Além da ação da BlackRock, outro fator de grande impacto impulsionou o valor do Bitcoin. Na tarde de segunda-feira, um tribunal de apelações dos Estados Unidos revogou uma decisão anterior da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) que havia bloqueado a conversão do principal fundo de criptomoedas da Grayscale, o GBTC, em um ETF de BTC. Esse caso judicial se desenrolava desde 2021 e era acompanhado atentamente pelo mercado.

Na prática, a gestora de ativos digitais Grayscale recebeu o veredicto favorável da Justiça para lançar um fundo de índice com exposição direta ao Bitcoin. O mercado de criptomoedas ansiava por esse veículo de investimento por um longo período, e várias gestoras estavam disputando para ser a primeira a introduzi-lo. Até o momento, no entanto, a SEC havia adiado as aprovações devido a preocupações com possíveis fraudes. Agora, o setor aguarda ansiosamente o desdobramento desses desenvolvimentos com grande expectativa.

Com informações de InfoMoney