Bitcoin atinge R$ 400 mil pela primeira vez; o que está impulsionando a valorização?
O Bitcoin ultrapassou a marca de R$ 400 mil pela primeira vez, impulsionado por fatores como a expectativa em torno das eleições nos EUA e o crescimento dos ETFs de Bitcoin.
Bitcoin recua após recorde histórico durante posse de Donald Trump
O Bitcoin (BTC) superou a marca histórica de R$ 400 mil pela primeira vez, refletindo um momento significativo para a criptomoeda. Este aumento de valor, que se alinha a uma série de fatores econômicos e políticos, está despertando interesse e otimismo entre investidores e analistas do mercado financeiro.
Na manhã de terça-feira (29), o Bitcoin alcançou R$ 400.000, motivado por um otimismo crescente em relação aos resultados das eleições nos Estados Unidos. Além disso, o fluxo de capital em ETFs (fundos de índice) à vista de Bitcoin e a diferença cambial no Brasil contribuíram para essa ascensão. Na cotação em dólar, a moeda digital chegou a atingir US$ 71.540, um pico que não era observado há sete meses, antes de recuar para US$ 71.157.
Essa alta não apenas marca um novo recorde no Brasil, mas também coloca o Bitcoin mais próximo de sua máxima histórica em dólares, alcançada em março deste ano, quando o valor se aproximou de US$ 74 mil. O cenário atual reflete uma combinação de fatores que têm atraído tanto novos investidores quanto aqueles que já estão no mercado de criptomoedas.
O efeito das eleições nos Estados Unidos
Um dos fatores que têm influenciado a valorização do Bitcoin é a expectativa em relação às eleições presidenciais nos Estados Unidos. Analistas sugerem que o Bitcoin está sendo considerado como um “Trump trade”, uma vez que muitos investidores acreditam que a vitória do ex-presidente Donald Trump poderia beneficiar o setor de criptomoedas. Durante sua campanha, Trump expressou a intenção de transformar os EUA em uma “superpotência de Bitcoin”, criando um ambiente favorável para a criptomoeda.
O analista de mercado Tony Sycamore, da IG Australia Pty, apontou que o BTC continua “precificando uma vitória eleitoral de Donald Trump”. Investidores estão atentos à disputa eleitoral, utilizando mercados de previsões, como o Polymarket, que colocam Trump à frente de sua adversária, Kamala Harris. Apesar do empate nas pesquisas eleitorais, a crença em uma recuperação do mercado após a definição política tem gerado otimismo.
ETFs como impulso para o mercado de Bitcoin
Outro fator que está impulsionando a valorização do Bitcoin é o crescimento dos ETFs à vista de Bitcoin nos Estados Unidos. Na segunda-feira (28), esses produtos registraram um volume significativo de entradas líquidas, totalizando US$ 479,35 milhões, o maior fluxo diário em duas semanas. O ETF IBIT, da BlackRock, foi o principal responsável por esse movimento, com entradas de US$ 315,19 milhões, seguido pelo ARKB, da 21Shares, com US$ 59,78 milhões.
A demanda contínua por ETFs de Bitcoin, que já acumulam US$ 22,4 bilhões em entradas líquidas desde janeiro, sugere um cenário de compra e acumulação. Segundo Beto Fernandes, analista da exchange Foxbit, o sentimento otimista em relação aos ETFs é um sinal de que os investidores estão se preparando para uma possível alta contínua do BTC.
Os traders de derivativos estão cada vez mais otimistas e aumentaram as apostas de que o Bitcoin pode alcançar um novo pico de US$ 80 mil até o final de novembro, independentemente do resultado das eleições nos EUA. Essa perspectiva está alinhada com a tendência histórica de recuperação do mercado após eventos políticos significativos.
Além disso, os analistas destacam que o BTC está entrando em um período de acumulação, com uma tendência de alta que pode ser acentuada pelas movimentações do mercado eleitoral. Daniel González, analista de criptomoedas da Bitso, mencionou que, embora o curto prazo possa apresentar volatilidade, o histórico sugere que o mercado tende a se recuperar rapidamente após a definição política.
Desempenho do mercado de criptomoedas
Às 7h50, o desempenho das principais criptomoedas era o seguinte:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Bitcoin (BTC) | US$ 71.157 | +3,60% |
| Ethereum (ETH) | US$ 2.621 | +3,50% |
| BNB Chain (BNB) | US$ 605 | +2,00% |
| Solana (SOL) | US$ 180,94 | +1,60% |
| XRP (XRP) | US$ 0,5232 | +0,90% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Popcat (POPCAT) | US$ 1,74 | +13,10% |
| Dogecoin (DOGE) | US$ 0,1642 | +13,00% |
| Pendle (PENDLE) | US$ 5,08 | +11,40% |
| Sui (SUI) | US$ 1,88 | +9,60% |
| Shiba Inu (SHIB) | US$ 0,00001863 | +8,90% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Raydium (RAY) | US$ 3,22 | -7,00% |
| Kaspa (KAS) | US$ 0,1177 | -2,50% |
| MANTRA (OM) | US$ 1,37 | -2,30% |
| Celestia (TIA) | US$ 5,07 | -1,90% |
| Polkadot (DOT) | US$ 4,14 | -1,80% |
ETFs de criptomoedas no último pregão:
| ETF | Preço | Variação |
| Hashdex NCI (HASH11) | R$ 55,46 | +3,50% |
| Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 91,17 | +4,17% |
| Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 41,48 | +0,16% |
| Hashdex DeFi (DEFI11) | R$ 24,01 | -1,63% |
| Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) | R$ 28,16 | -0,14% |
| Hasdex Crypto Metaverse (META11) | R$ 33,58 | -4,84% |
| QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 24,30 | +4,15% |
| QR Ether (QETH11) | R$ 10,05 | -0,39% |
| QR DeFi (QDFI11) | R$ 3,67 | -0,81% |
| Cripto20 EMPCI (CRPT11) | R$ 14,91 | +0,67% |
| Investo NFTSCI (NFTS11) | R$ 6,18 | -4,92% |
| Investo BLOKCI (BLOK11) | R$ 174,57 | -0,50% |