Na última segunda-feira (27), acionistas do Grupo Casas Bahia (BHIA3) deliberaram favoravelmente em uma assembleia geral extraordinária (AGE) pela aprovação do grupamento das ações da empresa. Conforme a decisão, as ações serão agrupadas na proporção de 25 para um, sem que haja modificação no capital social que permanecerá em torno de R$ 5,45 bilhões.

O capital será preservado, sendo distribuído em 95.083.231 ações ordinárias. Essa distribuição ocorrerá entre os acionistas de acordo com a proporção de participação que detinham no momento anterior à aprovação do grupamento. Importante ressaltar que os direitos associados às ações não sofrerão alterações, conforme esclarecido pela varejista.

A proposta de grupamento de ações foi originada pelo conselho de administração em outubro, visando atender às exigências da B3. A bolsa de valores estabelece que a cotação das ações seja mantida em valor igual ou superior a R$ 1 por unidade.

A Casas Bahia, juntamente com seu concorrente Magazine Luiza (MGLU3), tem enfrentado desafios decorrentes do ambiente macroeconômico. Além disso, mudanças estruturais recentes na empresa, como o plano de reestruturação anunciado, têm exercido pressão sobre as ações.

Após a divulgação do novo plano, que inclui medidas como a potencial redução de 50 a 100 lojas até 2023, revisão de quadro de funcionários, renegociação de aluguel e ajustes no sortimento e sublocação de espaços ociosos, a varejista, anteriormente Via, alterou seu nome.

Novo valor para BHIA3 a partir de 28 de dezembro

A partir de 28 de dezembro de 2023, as ações da Casas Bahia serão negociadas exclusivamente de forma grupada. O processo de liquidação do grupamento na B3 ocorrerá em 2 de janeiro de 2024.

Aos acionistas que possuem um número de ações que não é múltiplo de 25, é recomendado que ajustem suas posições até 27 de dezembro de 2023. Isso pode ser feito por meio do mercado, realizando a composição de frações de ações em lotes inteiros múltiplos de 25 através de negociações na B3.