No pregão desta sexta-feira (15), as ações da Casas Bahia (BHIA3) apresentaram uma queda acentuada no Ibovespa, liderando as perdas do índice após a realização do grupamento de ações na proporção de 25 para 1. A movimentação impactou também a principal concorrente, Magazine Luiza (MGLU3), cujas ações também apresentaram recuo.

Por volta das 12h40, as ações ordinárias da Casas Bahia (BHIA3) registraram uma desvalorização de 9,68%, chegando a R$ 11,29, enquanto as ações ordinárias da Magazine Luiza (MGLU3) caíram 5,35%, alcançando R$ 2,30. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,44%, situando-se em 130.259 pontos.

De acordo com a empresa, um veículo de investimento vinculado a um membro da administração realizará a doação das ações necessárias para ajustar a carteira de acionistas que não possuem um número de papéis múltiplo de 25. A Casas Bahia assegurou ao mercado que o agrupamento será executado de forma a não alterar a participação proporcional dos acionistas no capital social da empresa e não impactará os direitos patrimoniais e políticos das ações.

Casas Bahia fora do Ibovespa

Em meio a esse contexto desafiador, surge a questão sobre a permanência da Casas Bahia (BHIA3) no Ibovespa. O Grupo, composto pelas lojas Casas Bahia, Ponto (ex-Ponto Frio), o e-commerce Extra.com.br e a fabricante de móveis Bartira, enfrenta a possibilidade de exclusão do principal índice da bolsa de valores brasileira.

Na primeira prévia do Ibovespa em 2024 (de janeiro a abril), cogitou-se a exclusão das ações de BHIA3, com a entrada da ISA Cteep (TRPL4) de energia elétrica. Em um fato relevante divulgado na semana passada, a Casas Bahia indicou que o agrupamento de ações é uma medida antecipada para evitar a exclusão do índice.

A empresa expressou a expectativa de que, com essa medida, suas ações retomem os critérios de seleção para permanecer no Ibovespa no rebalanceamento ao final de 2023. O Grupo Casas Bahia (BHIA3) enfatizou que o novo procedimento visa acelerar as negociações de ações “ex-grupamento” e impulsionar a cotação das ações para retornar ao patamar superior a R$ 1 o mais breve possível.