O mercado de aluguel no Rio vive um momento de forte aquecimento em 2025, impulsionado pela alta demanda e pela redução no tempo de ocupação dos imóveis. De acordo com levantamento da administradora APSA, que gerencia mais de 100 mil unidades na capital fluminense, o Índice de Velocidade de Locação (IVL) registrou um aumento expressivo de 23,5% em julho, em comparação com o mesmo período de 2024. Na variação mensal, o indicador subiu 42,4% frente a junho, confirmando a tendência de maior dinamismo nas locações residenciais.

Segundo especialistas do setor, a combinação entre procura elevada por moradias bem localizadas, ajustes moderados nos preços e maior flexibilidade dos proprietários tem contribuído para acelerar a assinatura de novos contratos. O resultado é um cenário favorável tanto para locadores quanto para inquilinos, com menor tempo de vacância e maior movimentação no mercado.

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Aquecimento e velocidade das locações

O levantamento da APSA mostra que os imóveis de um a três dormitórios continuam liderando as negociações. Entre janeiro e julho de 2025, o tempo médio para a conclusão de uma locação variou de acordo com o bairro, mas apresentou queda em todas as regiões da cidade.

Na prática, os apartamentos foram alugados em 19 dias em Copacabana, 21 dias em Botafogo, 28 dias na Tijuca e 33 dias na Barra da Tijuca. Esses números refletem um mercado de aluguel no Rio de Janeiro mais ágil e competitivo, em que os imóveis bem posicionados e com valor de mercado justo encontram locatários rapidamente.

De acordo com Edgar Poschetzky, diretor executivo da APSA, a Zona Sul mantém a liderança em liquidez devido à localização privilegiada e à demanda constante por imóveis próximos a serviços, transporte e áreas de lazer. Já a Barra da Tijuca, por concentrar uma oferta mais ampla de unidades, apresenta prazos de locação ligeiramente maiores, embora também tenha registrado melhora no ritmo de contratos.

Vacância em queda e contraste entre regiões

A taxa média de vacância residencial na cidade foi de 10,2% em julho, o que representa um patamar estável e saudável para o mercado. No entanto, há diferenças significativas entre as regiões: a Tijuca e adjacências registraram o menor índice, de 4,8%, indicando quase plena ocupação dos imóveis; já a Barra da Tijuca e entorno atingiram 19%, refletindo o excesso de oferta local.

Esse contraste evidencia a força do mercado de aluguel no Rio em bairros tradicionais e de alta densidade populacional, onde a procura supera a disponibilidade de imóveis. Ao mesmo tempo, regiões com grande expansão imobiliária enfrentam o desafio de equilibrar oferta e demanda.

Para quem busca investir, especialistas indicam que bairros com vacância mais baixa tendem a garantir retornos mais rápidos e seguros, enquanto áreas com maior estoque de imóveis podem oferecer oportunidades de negociação mais vantajosa para novos locatários.

Preço do aluguel sobe mais de 16% em um ano

Outro dado relevante do levantamento da APSA é o valor médio do aluguel no Rio de Janeiro, que atingiu R$ 52,70 por metro quadrado em julho de 2025. O resultado representa uma alta de 16,6% nos últimos 12 meses, acompanhando a valorização dos imóveis e o fortalecimento da demanda nas principais regiões da cidade.

Essa elevação de preços é explicada pelo aquecimento do mercado de aluguel no Rio, aliado à redução na oferta de imóveis disponíveis em áreas valorizadas. Mesmo assim, o ritmo de reajuste tem se mostrado abaixo da inflação acumulada de anos anteriores, o que mantém o custo de locação competitivo em comparação a outras capitais brasileiras.

De acordo com especialistas do setor imobiliário, o cenário reflete uma tendência de estabilização saudável: os preços sobem de forma gradual, enquanto o mercado ganha liquidez e confiança. A expectativa é que o movimento continue positivo nos próximos meses, principalmente com o retorno de estudantes, profissionais e turistas à capital fluminense.

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