O mercado imobiliário de São Paulo registrou um dos melhores desempenhos de 2025. Segundo levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CreciSP), as vendas de imóveis residenciais usados aumentaram 28,3% em setembro em relação a agosto, enquanto as locações avançaram 13,24%. O resultado confirma a retomada do setor e reflete um cenário de confiança crescente entre consumidores e investidores no Estado.

Com a estabilização da economia e o avanço do crédito habitacional, o setor imobiliário paulista vem ganhando ritmo constante ao longo do ano, reforçando o papel do segmento de usados como um dos motores do mercado de habitação.

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Crédito habitacional impulsiona o crescimento

De acordo com o CreciSP, o crédito habitacional segue sendo o principal fator de sustentação do mercado. Mesmo com juros ainda elevados, os financiamentos bancários responderam por 66,3% das transações realizadas em setembro. A Caixa Econômica Federal concentrou 52,7% dos contratos, enquanto outros bancos responderam por 13,6%.

As vendas à vista representaram 20,3% do total, e os parcelamentos diretos com o proprietário, 12,2%. Os consórcios também participaram do movimento, ainda que de forma mais tímida, com 1,3% das negociações.

O presidente do CreciSP avaliou que o desempenho positivo “reflete um momento de retomada consistente, especialmente no segmento de imóveis usados”. Ele ressaltou que a combinação de estabilidade econômica, crédito acessível e maior segurança jurídica tem criado um ambiente favorável para novos negócios.

Perfil do comprador e imóveis mais procurados

O levantamento do CreciSP mostra que 59% dos imóveis vendidos foram apartamentos e 41% casas, com predominância de unidades de dois dormitórios — faixa mais buscada tanto para compra quanto para locação.

Entre os compradores, a faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 300 mil concentrou a maior parte das negociações, o que reforça o dinamismo do segmento de médio padrão.

A pesquisa também aponta que quase metade das transações (48,9%) ocorreu em regiões periféricas das cidades analisadas, evidenciando uma busca crescente por moradias com boa relação custo-benefício e infraestrutura urbana consolidada.

As casas vendidas tinham, em média, entre 50 m² e 100 m², enquanto os apartamentos mais procurados não ultrapassavam 50 m² de área útil.

Esse movimento, segundo o CreciSP, reflete a adaptação do mercado à nova realidade econômica das famílias, que priorizam imóveis menores e bem localizados, dentro de orçamentos acessíveis.

Locações crescem e mudam perfil do inquilino

No mercado de locação, o cenário também é positivo. Em setembro, as novas locações aumentaram 13,24%, impulsionadas pela demanda de famílias que ainda não conseguiram comprar o primeiro imóvel.

A maior parte dos contratos foi fechada em imóveis com aluguel entre R$ 1.000 e R$ 1.500, faixa que representou 27,3% das locações. Assim como nas vendas, as regiões periféricas concentraram 62,2% dos contratos, mostrando uma expansão da procura por áreas com preços mais acessíveis e infraestrutura consolidada.

O seguro-fiança consolidou-se como a principal garantia locatícia, presente em 38,2% dos contratos, superando o fiador tradicional (30,8%) e o depósito caução (25,2%). Essa tendência reflete uma mudança no perfil do inquilino, que busca maior agilidade, segurança e praticidade nos processos de locação.

Entre os contratos encerrados no período, 31,6% dos inquilinos migraram para imóveis mais baratos, 17,7% para imóveis mais caros e 50,7% não informaram o motivo da mudança.

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