Como investir no mercado imobiliário sem comprar um imóvel?
Aprender como investir no mercado imobiliário pode fazer você ganhar dinheiro enquanto dorme. Quer dizer, é possível ter rentabilidade com o aluguel de imóveis e a valorização dele ao longo do tempo. Ou seja, à medida que a demanda pela propriedade aumenta, seu investimento se torna ainda mais valioso.
Achou interessante, mas acredita que é muito caro comprar um imóvel para obter esses ganhos? Então, saiba que é possível lucrar com o mercado imobiliário de outras formas, mesmo com recursos limitados. Por exemplo, ao investir em Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) ou Letra de Crédito Imobiliário (LCI).
Quer entender mais sobre como investir no mercado imobiliário? Continue a leitura e fique por dentro!
Então, o que é um Fundo de Investimento Imobiliário (FII)?
Um Fundo de Investimento Imobiliário (FII) é uma forma de aplicação financeira que permite às pessoas investirem em imóveis coletivamente. Assim, é como se você juntasse seu dinheiro com o de outras pessoas para comprar imóveis em conjunto.
Isso porque nem todo mundo tem recursos suficientes para comprar um imóvel inteiro sozinho. Ainda assim, existe o desejo de se beneficiar dos rendimentos e valorização do mercado imobiliário.
É como participar de um rodízio de pizza: você se junta a outras pessoas para consumir muito por um menor preço. Desse jeito, todos os participantes economizam e se beneficiam, mas cada um escolhe o sabor.
No caso do FII, ele fica disponível na bolsa de valores, a B3, e permite a compra de uma ou mais cotas — fração do fundo. Com isso, o investidor se torna cotista, podendo receber uma parte proporcional dos ganhos com a valorização do imóvel e a distribuição periódica dos rendimentos.
Para isso, o Fundo de Investimento Imobiliário conta com um administrador que gerencia as cotas e toma as decisões de investimentos para elevar a rentabilidade.
Qual a diferença entre fundo imobiliário e comprar um imóvel?
A compra de um imóvel pode exigir um investimento inicial maior e envolver mais responsabilidade na gestão que nos FIIs. A seguir, saiba mais detalhes!
Investimento inicial
Para comprar um imóvel, você precisa ter uma quantia considerável de dinheiro para a entrada e outros custos, como documentação e reformas. Já nos FIIs, é possível começar com um investimento menor. Afinal, você compra partes de um fundo em vez de um imóvel inteiro.
Diversificação
Comprar um imóvel significa concentrar boa parte do seu investimento em um único ativo. Isso é arriscado porque o valor do imóvel pode variar e você fica exposto a uma única localização e tipo de imóvel. Em outras palavras, é como colocar todos os ovos no mesmo cesto, em vez de dividi-los.
Por outro lado, nos FIIs, é possível diversificar ao investir em vários imóveis diferentes. Desse jeito, se a propriedade não tiver o rendimento esperado, existem outras alternativas de rentabilidade para equilibrar ganhos e perdas.
Gestão e burocracia
Ao comprar um imóvel, você é responsável por todas as etapas do processo. Entre elas, encontrar o imóvel ideal até lidar com a documentação, manutenção e busca por inquilinos.
Nos FIIs, essa gestão é realizada por profissionais especializados, significando menos preocupações e trabalho. Inclusive, os responsáveis por essas decisões conhecem bem o mercado imobiliário, tomando decisões de investimento mais embasadas.
Valorização
A valorização de um imóvel depende de vários fatores, como localização, demanda e melhorias na região. Logo, é essencial fazer uma boa análise antes de decidir qual propriedade física comprar.
Já nos FIIs, a valorização está relacionada ao desempenho dos imóveis do fundo em geral. Logo, se os imóveis valorizarem, o valor das cotas do FII tende a aumentar, elevando a rentabilidade dos investidores.
Riscos
Tanto a compra de um imóvel quanto o investimento em FIIs envolvem riscos. Quer dizer, comprar um imóvel pode ser arriscado, por exemplo, pela dificuldade em encontrar inquilinos, podendo levar a vacância.
Nos FIIs, os riscos estão relacionados ao desempenho dos imóveis, à gestão do fundo e às condições do mercado imobiliário.
Cenário atual
Analisando o cenário atual, ao que se refere a taxa básica de juros, a baixa rentabilidade da poupança, a perda do poder de compra do brasileiro, entre outros fatores, é importante expandir os horizontes. Ou seja, para os ganhos serem mais significantes, será preciso que os investidores estejam abertos para:
- tomar mais riscos;
- aplicar mais a longo prazo;
- conhecer novos produtos para incluir na carteira de investimentos.
De dois anos para cá, o FII foi um boom no mercado brasileiro e são diversos os fatores que vão contribuindo para esse aumento expressivo. O fundo é um ativo de renda variável, que apresenta:
- previsibilidade em relação à receita e o custo;
- não pode tomar dívidas, então o risco do fundo quebrar é muito baixo;
- possui benefícios fiscais para os aluguéis;
- contribui para melhorar a relação de risco e retorno de uma carteira diversificada e a taxa de juros é baixa.
Como funciona o investimento no mercado imobiliário?
Investir no mercado imobiliário é como adquirir parte de um imóvel ou investir em projetos de construção. Essa é uma maneira de colocar seu dinheiro para trabalhar e obter lucros com imóveis.
Tipos de FIIs
Os tipos de fundos imobiliários são referentes à classificação da Anbima, que considera o tipo de investimento e a estratégia adotada. Assim, eles investem acima de 2/3 do patrimônio líquido em:
- desenvolvimento para renda: imóveis em construção para obter renda futura com locação;
- desenvolvimento para venda: concentram-se na compra de imóveis em estágio inicial de desenvolvimento para revenda posterior com lucro.
- renda: imóveis prontos que geram renda por meio de aluguéis.
- títulos e valores mobiliários: títulos relacionados ao setor imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs);
- híbridos: combinam diferentes estratégias de investimento em imóveis prontos e em desenvolvimento.
Ativos disponíveis
Existem cinco ativos disponíveis de FIIs:
Fundos de Tijolo
Investem em imóveis físicos, como prédios comerciais, shoppings, galpões logísticos, hospitais etc. e os rendimentos são gerados com aluguéis.
Fundos de Papel
Investem em títulos e valores relacionados ao mercado imobiliário, como CRIs, e os rendimentos são gerados pelos juros e pagamentos de dívidas desses títulos.
Fundos de Fundo (FOFs)
Investem em cotas de outros FIIs e os rendimentos são provenientes dos fundos imobiliários investidos.
Fundos Híbridos
Combinam estratégias de investimento dos fundos de tijolo e fundos de papel para aproveitar as vantagens de ambos os investimentos e diversificar a fonte de renda.
Fundos de Desenvolvimento
Investem em empreendimentos imobiliários em fase de construção ou desenvolvimento, como prédios comerciais, para lucrar com a valorização dos imóveis ao longo do tempo.
Valor mínimo para investir no mercado imobiliário
O valor mínimo para investir no mercado imobiliário, como em FII, é inferior a R$ 100.
Cotas na Bolsa de Valores
As cotas na bolsa de valores se referem à negociação de frações de participação em fundos de investimento, como os Fundos de Investimento Imobiliário. Então, a negociação das cotas na bolsa permite que você compre ou venda suas cotas de forma fácil e transparente.
Taxas e custos
O FII tem taxa de administração entre 0,25% a 2% anualmente, calculadas sobre o valor do patrimônio líquido ou valor de mercado do fundo. A taxa de performance, cobrada em alguns casos quando o gestor alcançar resultados específicos, pode ficar em torno de 20% da meta batida.
Rendimento dos FIIs
Os FIIs têm rendimento periódico, como mensal ou trimestral, proporcionais às cotas adquiridas. Por exemplo, se você tem 100 cotas de um FII e o rendimento distribuído é de R$ 1 por cota, receberá R$ 100 de rendimentos.
Tributação e amortização
Os rendimentos distribuídos pelos FIIs são geralmente isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas. Enquanto isso, a amortização ocorre quando um FII vende um imóvel de sua carteira e distribui os recursos aos cotistas — costuma ser 20% sobre o lucro das cotas.
Quais são as outras maneiras de investir no mercado imobiliário sem comprar imóvel?
Existem várias maneiras de investir no mercado imobiliário sem comprar imóveis diretamente, como:
- LCI e CRI: títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras e empresas do setor imobiliário em que você empresta dinheiro e recebe juros;
- Equity Crowdfunding Imobiliário: investir pequenos valores em projetos imobiliários por meio de plataformas on-line, com participação nos lucros;
- Ações de empresas Imobiliárias: comprar ações de empresas do setor imobiliário, como construtoras e incorporadoras.
Então, entendeu como investir no mercado imobiliário sem necessariamente comprar imóveis? Com isso, você pode ter rendimentos enquanto dorme, caso faça boas escolhas de investimento e siga a estratégia correta.
Então, quer investir no mercado imobiliário minimizando riscos e maximizando lucro? É importante contar com uma assessoria de investimentos renomada, como a InvestSmart.
Resumindo
Quanto rende R$ 100 mil no mercado imobiliário?
R$ 100 mil no mercado imobiliário pode render R$ 850 por mês ao investir nos Fundos Imobiliários (FIIs). Porém, a rentabilidade também depende das oscilações do mercado financeiro e outros fatores.
Quanto rende R$ 5 mil em fundos imobiliários?
R$ 5 mil em fundos imobiliários pode render R$ 425 por ano, caso você invista em FIIs com estabilidade. No entanto, o rendimento pode variar para mais ou para menos, dependendo das flutuações do mercado financeiro.