Casas Bahia (BHIA3) reverte prejuízo e melhora rentabilidade no 2T24
No segundo trimestre de 2024 (2T24), a Casas Bahia obteve um lucro líquido de R$ 37 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 492 milhões registrado no mesmo período de 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado foi de R$ 452 milhões, representando uma queda de 3,5% em relação ao ano […]

No segundo trimestre de 2024 (2T24), a Casas Bahia obteve um lucro líquido de R$ 37 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 492 milhões registrado no mesmo período de 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado foi de R$ 452 milhões, representando uma queda de 3,5% em relação ao ano anterior. No entanto, a margem Ebitda aumentou 0,7 ponto porcentual, alcançando 7%. A receita líquida da varejista caiu 13,5%, totalizando R$ 6,479 bilhões.
A XP Investimentos avalia os resultados como fracos devido à reestruturação contínua e ao impacto nas receitas. O GMV (vendas brutas de mercadorias) caiu 12%, refletindo um desempenho fraco no canal online e estabilidade no marketplace. No entanto, a rentabilidade melhorou com iniciativas de otimização.
A Casas Bahia atualizou seu plano de transformação, que priorizou a lucratividade e o fluxo de caixa até março de 2024 (2T24). Agora, a empresa está avançando para “apostas seletivas” que visam fortalecer o negócio principal e aumentar as receitas até maio de 2025, com o objetivo de acelerar a expansão no segundo semestre de 2025.
O Bradesco BBI acredita que a pressão do plano de transformação está diminuindo e que a empresa deve buscar maneiras de aumentar a receita de forma sustentável. O banco manteve a recomendação neutra para BHIA3, com um preço-alvo de R$ 9 por ação. Por outro lado, Goldman Sachs, JPMorgan e Genial têm recomendações de venda ou equivalentes para os ativos, devido a um ambiente ainda desafiador.
A dinâmica do capital de giro da Casas Bahia apresentou melhora significativa, com uma redução de 23 dias ano a ano, impulsionada principalmente pelos estoques. A geração de caixa foi positiva em R$ 127 milhões, apesar dos altos pagamentos de contingências trabalhistas que totalizaram R$ 190 milhões.