Ações da B3 que custam menos de R$10 reais: é possível comprar?

Se você está começando a investir na bolsa de valores ou mesmo se já investe há algum tempo, provavelmente já se perguntou: será que vale a pena comprar ações baratas? E mais importante ainda: quais são as ações da B3 que custam menos de R$10 reais e ainda têm potencial de valorização?

O Melhor Investimento reuniu as ações acessíveis, mostrando empresas que, mesmo com preços baixos por ação, podem oferecer oportunidades interessantes, especialmente para quem busca montar uma carteira diversificada com pouco capital inicial. Continue lendo!

O preço da ação importa?

Antes de tudo, vale reforçar: o preço unitário de uma ação (seja R$1, R$10 ou R$100) não diz, por si só, se ela está cara ou barata. O que realmente importa é o valor intrínseco, ou seja, quanto aquela ação vale com base nos fundamentos da empresa, como lucro, crescimento, dívida, setor de atuação e expectativas futuras.

Ainda assim, ações com preço inferior a R$10 podem ser atrativas por três motivos principais:

1. Acessibilidade para pequenos investidores;
2. Maior liquidez (quando são papéis populares);
3. Potencial de valorização expressiva, especialmente em momentos de recuperação do mercado.

Com isso em mente, confira abaixo uma seleção de ações da B3 que atualmente custam menos de R$10 e que foram avaliadas com potencial de valorização pelos analistas, incluindo o respectivo preço-justo estimado.

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Quais são as ações da B3 que custam menos de R$10 reais?

A seguir, confira uma seleção de ações com preços acessíveis e que despertam o interesse do mercado.

1. Sequoia Logística (SEQL3)

• Preço atual: Abaixo de R$2
• Preço-justo estimado: R$2,79
• Potencial de valorização: 64,0%

A Sequoia é uma empresa de logística e transporte com foco em soluções para o e-commerce, um segmento que cresceu muito nos últimos anos. Apesar dos desafios operacionais e da alta concorrência, os analistas ainda veem valor na companhia.

O papel chama atenção pelo baixo preço e pelo foco em um setor com tendência de crescimento no longo prazo. Para investidores arrojados, SEQL3 pode ser uma opção especulativa interessante.

2. Diagnósticos da América (DASA3)

• Preço atual: Em torno de R$1,60
• Preço-justo estimado: R$2,58
• Potencial de valorização: 63,2%

A Dasa é uma das maiores empresas de medicina diagnóstica do Brasil. A companhia enfrenta desafios com margens pressionadas, mas tem um portfólio sólido e forte presença no setor de saúde, algo essencial e com demanda crescente no país.

Mesmo após momentos turbulentos na bolsa, DASA3 continua no radar de analistas por seu potencial de reestruturação e geração de valor.

3. Renova Energia (RNEW4)

• Preço atual: Cerca de R$1,40
• Preço-justo estimado: R$2,18
• Potencial de valorização: 52,5%

A Renova é uma empresa pioneira em energia renovável no Brasil, atuando principalmente com parques eólicos. Apesar de estar passando por processos de reestruturação e enfrentar questões financeiras delicadas, ainda tem ativos com valor estratégico.

Para quem acredita no futuro da energia limpa e busca ações baratas com potencial de recuperação, RNEW4 pode ser uma opção, lembrando que o risco é alto.

4. Camil Alimentos (CAML3)

• Preço atual: Aproximadamente R$4,90
• Preço-justo estimado: R$7,39
• Potencial de valorização: 51,5%

A Camil é uma das maiores empresas de alimentos básicos no Brasil, com marcas muito conhecidas como Camil (arroz e feijão) e Coqueiro (pescados enlatados). Atua também em países da América Latina e tem buscado crescer por meio de aquisições.

Com um modelo de negócios defensivo, ou seja, que tende a ir bem mesmo em tempos de crise, a ação é interessante para quem busca resiliência e dividendos.

5. Hapvida (HAPV3)

• Preço atual: Entre R$2,80 e R$3,00
• Preço-justo estimado: R$4,50
• Potencial de valorização: 56,9%

A Hapvida é uma das maiores operadoras de planos de saúde do país. Após a fusão com a NotreDame Intermédica, a empresa ampliou seu alcance e diversificou sua base de clientes.

O modelo verticalizado, no qual a empresa controla desde os hospitais até os laboratórios e planos, é um diferencial. Apesar de oscilações recentes, HAPV3 segue como um dos ativos promissores do setor de saúde privada.

6. JSL (JSLG3)

• Preço atual: Em torno de R$5,95
• Preço-justo estimado: R$9,02
• Potencial de valorização: 51,5%

A JSL é uma gigante da logística no Brasil, com presença nacional e atuação diversificada — de transporte de cargas até serviços logísticos personalizados.

A empresa tem feito aquisições estratégicas e, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, continua gerando caixa e crescendo. O papel é considerado subavaliado por analistas do setor.

7. Mitre Realty (MTRE3)

• Preço atual: Em torno de R$4,00
• Preço-justo estimado: R$6,08
• Potencial de valorização: 50,9%

A Mitre é uma incorporadora voltada para o mercado imobiliário de médio e alto padrão, especialmente na cidade de São Paulo. Fundada em 2018, tem foco em projetos bem localizados e com design moderno.

Com um pipeline promissor e boa gestão de obras e custos, MTRE3 se posiciona bem para o próximo ciclo de crescimento do setor imobiliário.

Outras ações da B3 abaixo de R$10

Além das ações acima, há outros papéis que também se enquadram no critério de custo abaixo de R$10, embora não necessariamente com alto potencial de valorização no momento. São ações que exigem maior análise e cautela, como:

• OIBR3 / OIBR4 (Oi S.A.): envolvida em processo de recuperação judicial;
• IRBR3 (IRB Brasil): ainda se recuperando de escândalos contábeis;
• LUPA3 (Lupatech): volátil, com baixa liquidez;
• COGN3 (Cogna): setor educacional, preço abaixo de R$3, mas com desafios operacionais.

Essas ações também são acessíveis para quem deseja começar a investir com pouco, mas exigem atenção aos riscos envolvidos, pois muitos desses papéis estão em fase de reestruturação.

Vale a pena investir em ações baratas?

Essa é uma pergunta muito comum. A resposta é: depende.

Investir em ações baratas pode ser vantajoso desde que haja fundamentos por trás da empresa. Ou seja, não basta o preço ser baixo. É essencial que a empresa tenha perspectivas de crescimento, saúde financeira ou um plano de reestruturação viável.

Além disso, essas ações tendem a ser mais voláteis, o que significa que podem apresentar quedas bruscas e também recuperações rápidas. Por isso, o ideal é que o investidor:

• Tenha perfil de risco moderado ou arrojado;
• Faça uma análise cuidadosa antes de comprar;
• Diversifique sua carteira;
• Esteja preparado para o longo prazo.

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Perfil ideal de investidor para ações de baixo custo

Investir em ações com preço abaixo de R$10 pode ser uma estratégia interessante para muitos, mas não é para todos os perfis de investidor. Essas ações, geralmente mais acessíveis, costumam apresentar maior volatilidade e riscos, o que exige do investidor paciência, conhecimento e um certo apetite por oscilações.

O perfil ideal para esse tipo de investimento é aquele que busca oportunidades de crescimento no longo prazo e está disposto a lidar com a imprevisibilidade do mercado. Investidores iniciantes que desejam começar com valores menores podem se beneficiar dessas ações, desde que estejam atentos a estudar bem as empresas e o setor em que atuam.

Além disso, o investidor deve ter uma carteira diversificada, evitando concentrar todo o capital em ações de baixo custo, para minimizar riscos. Também é importante manter a disciplina, acompanhando o mercado regularmente e evitando decisões baseadas em emoções ou rumores.

Ações baratas podem ser uma porta de entrada para quem está começando a investir, ou para investidores mais experientes que buscam oportunidades de valorização, desde que estejam preparados para a volatilidade e saibam gerenciar riscos.

Dicas para investir com pouco dinheiro

Se você está começando agora e quer montar uma carteira de ações com baixo capital inicial, aqui vão algumas sugestões práticas:

1. Monte uma carteira diversificada: mesmo com pouco, tente diversificar. Misture setores (logística, saúde, alimentos, etc.).
2. Cuidado com a liquidez: prefira ações com boa liquidez, ou seja, que são negociadas diariamente.
3. Foque no longo prazo: evite ficar olhando o home broker todo dia. O mercado oscila e exige paciência.
4. Estude sempre: ações baratas exigem mais estudo para evitar armadilhas (conhecidas como value traps).

Existem, sim, boas oportunidades entre ações da B3 que custam menos de R$10. Empresas como Sequoia, Dasa, Hapvida, Camil e JSL mostram que preço baixo não é sinônimo de baixa qualidade, especialmente quando há fundamentos por trás.

Se você deseja começar a investir com pouco, essas ações podem ser um ótimo ponto de partida. Mas lembre-se: mais importante que o preço da ação é a qualidade do negócio por trás dela.

Faça sua lição de casa, tenha disciplina, diversifique e invista com consciência. No longo prazo, o mercado tende a recompensar quem estuda e investe com propósito.

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