PF prende General Augusto Heleno após STF confirmar condenação por golpe de Estado
A Polícia Federal prendeu o General Augusto Heleno em uma nova fase da investigação que também alcança Paulo Sérgio Nogueira. Veja o que se sabe sobre a operação.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Os ex-ministros General Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram presos pela Polícia Federal no início da tarde desta terça-feira (25), em Brasília. Ambos foram encaminhados ao Comando Militar do Planalto, cumprindo determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) após o trânsito em julgado das condenações por envolvimento na tentativa de golpe de Estado.
Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Nogueira, ex-ministro da Defesa, haviam sido condenados em setembro pelo STF no processo que investigou o “núcleo crucial” da trama golpista. Com o fim do prazo para apresentação de embargos de declaração, as penas passaram a ser executáveis imediatamente.
Condenações confirmadas pelo STF
- General Augusto Heleno: 21 anos de prisão em regime fechado
- Paulo Sérgio Nogueira: 19 anos de reclusão em regime fechado
A decisão que autorizou a prisão foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Com o trânsito em julgado, não cabem mais recursos.
Bolsonaro também teve pena confirmada e está preso preventivamente
Mais cedo, Moraes também anunciou o trânsito em julgado da ação penal que condenou Jair Bolsonaro e outros sete investigados. O ex-presidente recebeu pena de 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado.
No último sábado (22), Bolsonaro já havia sido preso de forma preventiva na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, após a corporação identificar risco iminente de fuga. O ex-presidente admitiu ter tentado romper uma estrutura utilizando um ferro de solda.
A PF também avaliou que uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) poderia gerar aglomeração e riscos à segurança, reforçando a necessidade da detenção.
Na decisão, Moraes destacou que o condomínio onde Bolsonaro mora fica a poucos minutos de diversas embaixadas (locais invioláveis), o que ampliaria a possibilidade de fuga.
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