Pagamentos internacionais em minutos, taxas reduzidas e transações sem fronteiras. As stablecoins já estão tornando isso realidade e, ao mesmo tempo, impulsionando uma nova onda de inovação no setor financeiro. Essas criptomoedas de valor estável estão conquistando espaço em remessas, comércio exterior e soluções de pagamento digital, e as fintechs estão na linha de frente dessa transformação.

Se você já ouviu falar de stablecoin e ficou na dúvida sobre como ela funciona, quais empresas estão se destacando e como o Brasil está se posicionando, o Melhor Investimento vai mergulhar a fundo no tema, apresentando exemplos como Zero Hash, Open Trade e outras fintechs que estão criando soluções para pagamentos, exportação e importação com essa tecnologia.

Stablecoin: o que é e por que o mercado está de olho

Antes de falar das empresas, é importante entender o conceito de stablecoin. Em termos simples, trata-se de uma criptomoeda cujo valor é “estável” porque acompanha o preço de uma moeda fiduciária, geralmente o dólar (USD). Por exemplo, 1 USDT (Tether) equivale a 1 dólar.

Essa estabilidade é possível porque a instituição emissora da stablecoin mantém reservas correspondentes ao número de tokens emitidos. No caso da Tether, a empresa guarda dólares (ou ativos equivalentes) para garantir que cada USDT possa ser resgatado pelo mesmo valor.

Essa característica resolve um dos principais problemas das criptomoedas tradicionais como o Bitcoin: a volatilidade. Enquanto o Bitcoin pode variar 5% em poucas horas, uma stablecoin tende a manter o mesmo preço, sendo mais previsível para uso em transações e contratos.

Por que as stablecoins estão na moda?

O hype recente tem algumas razões:

  1. Adoção real no mercado: diferente de modas passageiras como alguns NFTs ou ICOs, as stablecoins conquistaram usos práticos e constantes. Elas já são amplamente usadas em remessas internacionais, pagamentos online e proteção contra inflação em países com moedas instáveis.
  2. Regulamentação mais clara: nos últimos anos, especialmente nos EUA, houve avanços regulatórios que deram mais segurança jurídica para emissores e usuários. Isso aumentou a confiança de empresas e investidores.
  3. Entrada de gigantes do mercado: companhias como Stripe e Circle investiram pesado no setor, comprando startups e criando soluções para integrar stablecoins a sistemas de pagamento tradicionais.

Fintechs e stablecoin: uma parceria estratégica

O casamento entre fintech e stablecoin é natural. As fintechs já nasceram com a missão de desburocratizar e digitalizar serviços financeiros. As stablecoins permitem transações rápidas, baratas e globais, exatamente o tipo de inovação que essas empresas buscam.

No Brasil, a tendência é que fintechs de stablecoin no Brasil foquem principalmente em:

  • Pagamentos instantâneos internacionais;
  • Contas multimoeda para exportadores e importadores;
  • Empréstimos e crédito lastreados em dólar digital;
  • Soluções B2B para empresas que querem integrar stablecoins em seus sistemas.

Zero Hash: infraestrutura para o mercado cripto

A Zero Hash é um exemplo de fintech de stablecoin internacional que está na vanguarda. Em vez de vender stablecoins diretamente para o usuário final, a empresa fornece a infraestrutura para que outras fintechs, bancos digitais e plataformas possam oferecer negociação e pagamentos com criptos.

Com operações nos EUA e expansão para outros mercados, a Zero Hash atua como “motor invisível” por trás de diversas soluções que o consumidor usa, mas sem saber que existe uma tecnologia especializada processando cada transação.

Ela também viabiliza integrações para quem quer trabalhar com soluções de stablecoin em fintech sem ter que lidar com toda a complexidade regulatória e tecnológica do setor.

Open Trade e a conexão com exportação e importação

Outra empresa que vem ganhando destaque é a Open Trade Exportação e Importação Ltda. Essa fintech brasileira está explorando o uso de stablecoins para facilitar operações de comércio exterior.

Imagine uma empresa exportadora que precisa receber pagamentos de clientes no exterior. Usando uma fintech de stablecoin, ela pode receber USDT ou USDC em minutos, com taxas menores que as do sistema bancário tradicional, e sem precisar esperar dias por compensação.

Além disso, a Open Trade estuda soluções para câmbio automatizado, integrando stablecoins ao mercado de importação e exportação, algo que pode trazer mais eficiência e previsibilidade para quem trabalha com prazos e margens apertadas.

Stablecoin e pagamentos: a nova fronteira das fintechs

Quando falamos de pagamentos em stablecoin pelas fintechs, o potencial é imenso. Algumas vantagens já são claras:

  • Rapidez: transações concluídas em minutos, mesmo entre países diferentes.
  • Baixo custo: taxas menores que as de cartões internacionais ou transferências Swift.
  • Integração fácil: APIs permitem que empresas adicionem pagamentos em stablecoin sem grandes mudanças em sua estrutura.
  • Acesso global: possibilidade de receber e enviar valores para qualquer parte do mundo.

No Brasil, startups como Bipa, HedoPay e DollarApp já permitem que usuários enviem, recebam e gastem stablecoins de forma simples. Isso democratiza o acesso a essa tecnologia e cria novas oportunidades para negócios digitais.

Como funciona a emissão e a segurança de uma stablecoin

O funcionamento de uma stablecoin se baseia em três pilares:

  1. Emissão lastreada: o emissor cria novos tokens apenas quando recebe o valor equivalente em moeda fiduciária.
  2. Reserva e custódia: esses valores ficam guardados em contas bancárias ou aplicados em ativos seguros, como títulos do Tesouro americano.
  3. Auditoria e transparência: empresas sérias publicam relatórios regulares para provar que mantêm reservas equivalentes à quantidade de stablecoins em circulação.

O ponto crítico é que o usuário precisa confiar no emissor. Se a empresa perder parte dessas reservas ou agir de má-fé, a paridade pode ser quebrada, causando prejuízos.

O papel da regulamentação no futuro das stablecoins

A regulamentação é um divisor de águas. Nos EUA, por exemplo, há um movimento para classificar emissores de stablecoins de forma semelhante a bancos, exigindo garantias e auditorias mais rigorosas.

No Brasil, o Banco Central já demonstra interesse em regulamentar criptoativos de forma mais clara, e isso pode incluir diretrizes específicas para stablecoins. Isso traria mais segurança para quem quer integrar soluções de stablecoin em fintechs no mercado local.

Quem está na vanguarda?

Além de Zero Hash e Open Trade, há outras empresas e iniciativas que merecem destaque:

  • Circle: emissora do USDC, uma das stablecoins mais usadas no mundo, recentemente listada na Nasdaq.
  • Bipa: brasileira focada em facilitar pagamentos em stablecoin para pessoas e empresas.
  • HedoPay: oferece cartões internacionais recarregáveis com stablecoins.
  • DollarApp: app que permite manter saldo em dólar digital e gastar globalmente.
  • Strike: plataforma que conecta stablecoins a sistemas de pagamento tradicionais, incluindo remessas internacionais.

Essas empresas mostram que ainda há muito espaço para inovação no setor. Desde contas digitais até plataformas de crédito, as fintechs de stablecoin podem criar produtos que se adaptem a diferentes perfis de clientes e mercados.

Desafios para o mercado

Apesar do grande potencial das stablecoins, o mercado ainda enfrenta desafios importantes. A confiança no emissor é um dos principais pontos, já que, sem reservas adequadas, a paridade com a moeda fiduciária pode ser perdida.

Além disso, existe o risco regulatório, pois mudanças na legislação podem impactar diretamente os modelos de negócio das fintechs que operam com essa tecnologia.

Outro obstáculo é a adoção pelo público, que ainda exige um trabalho de educação financeira para que usuários e empresas compreendam o uso seguro dessas moedas digitais.

Por fim, há a volatilidade indireta: mesmo mantendo valor estável, fatores como liquidez e demanda podem influenciar o preço no curto prazo.

Oportunidades para empreendedores e investidores

Para quem quer empreender ou investir no setor, as oportunidades incluem:

  • Criar contas PJ em stablecoin para empresas exportadoras.
  • Oferecer empréstimos lastreados em stablecoin com juros competitivos.
  • Desenvolver carteiras digitais que combinem stablecoins e moedas locais.
  • Criar plataformas de câmbio automatizado entre stablecoin e real.
  • Fornecer APIs para integração de pagamentos em stablecoin em e-commerces.

O mercado ainda está em fase de formação e, como vimos em outras revoluções financeiras, quem chega cedo pode conquistar posições de liderança.

O futuro das stablecoins no Brasil e no mundo

É difícil prever se as stablecoins vão substituir parte significativa da economia ou se permanecerão como uma ferramenta complementar. Mas uma coisa é certa: elas já resolveram problemas reais e estão ajudando pessoas e empresas a operar de forma mais rápida, barata e global.

Com fintechs de stablecoin internacional expandindo serviços e fintechs de stablecoin no Brasil adaptando soluções para a realidade local, o cenário é de crescimento e amadurecimento.

A tendência é que, nos próximos anos, o usuário final nem perceba que está usando uma stablecoin, assim como hoje muita gente faz pagamentos digitais sem pensar em todo o sistema bancário por trás.

As stablecoins são mais do que uma moda no mundo cripto: elas são uma ponte entre o sistema financeiro tradicional e a inovação digital. Empresas como Zero Hash e Open Trade Exportação e Importação Ltda mostram que a integração entre fintechs e stablecoins pode criar soluções práticas, seguras e globais.

O desafio agora é ampliar a adoção, garantir a confiança e explorar o potencial de um mercado que está apenas começando a mostrar do que é capaz.

Continue acompanhando o Melhor Investimento e fique por dentro das últimas novidades do mercado financeiro!

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. O que é uma stablecoin?

Stablecoin é uma criptomoeda projetada para manter valor estável, geralmente atrelada a moedas fiduciárias como o dólar, evitando a volatilidade típica de outros criptoativos.

2. Como as fintechs estão usando stablecoins no Brasil?

No Brasil, fintechs utilizam stablecoins para pagamentos internacionais, remessas, soluções de câmbio e operações de exportação e importação, oferecendo transações mais rápidas e baratas.

3. Quais são os principais riscos de investir em stablecoins?

Os principais riscos envolvem a confiança no emissor, possíveis mudanças regulatórias, adoção limitada pelo público e volatilidade indireta causada por liquidez e demanda.

Carolina Gandra

Jornalista do portal Melhor Investimento, especializada em criptomoedas, ações, tecnologia, mercado internacional e tendências financeiras. Transforma temas complexos como blockchain, inteligência artificial e estratégias de mercado em conteúdos acessíveis e envolventes. Com análises atuais e visão estratégica, ajuda leitores a decifrar o futuro dos investimentos e identificar oportunidades no mercado financeiro.